Eu cresci ouvindo uma história, nessa história havia os vilões e os heróis. Como qualquer história por aí. Durante anos, eu acreditei e jurei lealdade às pessoas que me contaram, e à aqueles que eu achava serem os heróis. Mas depois que fiquei mais...
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▪︎Verena▪︎
Continuo andando apressada indo até meu quarto. Troco meu moleton pela minha roupa de combate e pogo minhas espadas e adagas, prendendo tudo ao meu corpo. Paro meus movimentos vendo a tela do meu celular acendendo com mensagens de Beatrix.
"Sala da Dawling agora!! Vamos soltar a Rosalind"
Era só o que que faltava. Conto ou não conto pra elas que não vão conseguir nada?
Termino de me arrumar e volto a andar rapido pelos corredores chegando ao escritorio. Sinto que as meninas e o Callum já estão lá.
- É bom que isso seja rápido porque eu não tenho tempo - Os três me olharam de cima a baixo estranhando o fato de eu estar toda armada.
- O que pensam que estão fazendo? - perguntou o assistente se irritando - Isso não era parte do plano -
- A Bloom está procurando informações sobre a Rosalind. Precisamos soltar ela agora! - Beatrix sorriu debochada o olhando com um brilho perigoso dos olhos - Os planos acabaram de mudar, Cally. -
O mesmo brilho se acendeu nos olhos de Viperine fazendo Callum engolir em seco.
- Quem faz as honras? - perguntou sorrindo de lado.
Meus olhos escurecem e eu ergo uma mão fazendo Callum sair do chão.
Deixo a raiva tomar conta de mim. As imagens de Saul machucado e sangrando, os últimos dias com ele infectado e sentindo dor inundam a minha mente. As mentiras. As pessoas morrendo. Arrependimento, medo e culpa. A saudade e a vontade de ter Cassian comigo. Tudo isso fervilhando dentro de mim, e eu desconto isso em Callum.
Ele começa a tossir algo vermelho. Sangue começa a escorrer de seus ouvidos, seus olhos, seu nariz e sua boca.
O cansaço dos últimos dias foi diminuindo, e percebi que comecei a absorver energia dele. Jogo ele na armadilha a desativando. Ele ficou pálido e paralizado, e sua respiração estava tão fraca que parecia ter parado.
Tento esconder das meninas o meu nervosismo e as lágrimas que começaram a se formar nos meus olhos. Pra minha sorte elas estavam tão focadas no homen caído que não notaram.
Prometi que nunca mais faria isso. Que merda está acontecendo comigo?
- Ele tá mesmo morto? - Viperire perguntou desconfiada ainda com um pequeno sorriso travesso no rosto - Tipo, já foi dessa pra melhor? -
- Claro que não - reviro meus olhos indo em direção a ele - Eu não vou sujar as minhas mãos com ele -
Arrasto seu corpo fazendo-o se sentar encostado na parede ao lado da passagem.
