Minha felicidade não cabe mais em mim, transparece no meu rosto bronzeado pelo sol do verão e pelo meu sorriso torto de quem chupou chupeta demais na infância. Eu me sinto vivo demais, descobri músicas novas, sabores novos, novos prazeres, parece até que eu desaprendi a escrever, porque a gente escreve tanto sobre dor na tentativa de superar ou de se prender nela, que esquece do lugar da felicidade, da sensação de ter um show de fogos de artifícios no peito, da vontade de correr, e rir e cantar alto no chuveiro se levar pra dançar no meio da casa e de se rodear daqueles amigos que já são família. A vida é um rio e eu cansei de nadar contra a corrente, cansei de evitar o sentimento, deixa vir sendo bom ou ruim, alegria ou tristeza, uma hora passa, outra hora volta, viver é irado, mas só se vive uma vez então eu vou aproveitar.
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A escrita dos corações partidos
Poetrysobre praias, perdas, amores e quartas-feiras um lugarzinho para guardar a poesia que não cabe no meu peito
