Capítulo 13 - A paz não permanece

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Já havia se passado quase uma hora, desde que Brad nos deixou entrar em sua residência, por sorte a mulher de Brad, Mia trabalhou por dois anos como enfermeira em um hospital de Northville e conseguiu tratar da perna do meu amado Park, também fomos alimentados com sopas e carne fresca, não comia algo decente a dias. Sammy usou o telefone para ligar a polícia, estávamos apreensivos durante a ligação, mas o que os oficiais disseram apenas foi " não saiam desta casa até que as viaturas locais cheguem, se escondam", confesso que não me senti mais aliviado, ainda estou incerto e com medo, não sei por quanto tempo vou aguentar.

- Então... você também trabalha na polícia Sammy? - Perguntou Brad, segurando com a ponta dos dedos a alça de uma xícara de vidro, exalando certo cheiro adocicado e um vapor quente.

- Ah sim, eu morava em Northville com a minha família a três anos, num chalé antes do rio. - Disse Sammy, pegando os biscoitos farelentos de polvilho e os saboreando rapidamente em sua boca, provando do gosto açucarado e a textura crocante do biscoito, derretendo entre os dentes.

- Sério? Eu trabalho na polícia há quase dez anos e... nunca te vi pela região, agora eu estou de férias né.

- Eu trabalhava diretamente com o Sheriff de Northville.

- Entendi... mas enfim, essa merda que vocês estão fugindo, não vai sobrar pra gente não né? - Suspirou rapidamente, bebendo o último gole quente, daquele café amargo e extremamente forte.

- Não, a polícia já está a caminho.

- Nós estamos fugindo dos Cliffords e... está ficando cada vez mais difícil. - Comentou Jeon, com sua visão dispersa, apertando a ponta dos dedos continuamente, enquanto a perna esquerda está a tremer.

- Que? Os Cliffords ainda estão vivos? Merda! Por que vocês não falaram isso antes? - Mia levantou-se do sofá inquieta, com uma mão posta sobre a cabeça entre os fios de cabelo e a outra na cintura.

- acalme-se querida, vai ficar tudo bem, vou avisar pra sua mãe ficar com as crianças mais alguns dias, ok? - Brad segurou os braços da esposa, olhando-a de forma acolhedora e gentil, sorrindo sem transparecer os dentes e logo a abraçou, lhe dando um toque de lábios mútuos.

- Vocês... têm filhos?

- Sim, uma menina e um menino, Alícia e Scott. - Disse o homem, com um sorriso largo e abobado no rosto, enquanto conversa com Jeon.

- Ah... eu vou ver como Jimin e as crianças estão. - Suspirou rapidamente e num impulso para frente levantou-se do sofá, ajeitando a blusa de algodão com manga, que está usando, notando estar pouco larga em seu corpo.

- Jungkook, já faz algum tempo que o seu marido comeu, como ele está fraco deve se alimentar mais um pouco, me acompanhe até a cozinha por favor. - Mia sorriu de forma doce e gentil, logo caminhou em passos curtos no piso branco e frio, indo na direção da cozinha, sendo seguida pelo moreno parrudo.

- Obrigado por toda a ajuda Mia, seremos eternamente gratos.

- Eu fiz um juramento de salvar vidas, não importa as circunstâncias. - Deu um breve sorriso, enquanto estava esgueirando para alcançar uma cumbuca de vidro, no alto do armário, assim que a pegou destampou uma das panelas, podendo-se ver um caldo grosso alaranjado, pedaços generosos de carne, cubos de batata, cenouras em rodelas e beterraba, o vapor subiu e junto dele o aroma estonteante da sopa cresceu e com uma concha metálica, despejou o líquido quente na cumbuca de vidro, preenchendo parcialmente.

- Você... acha que o Jimin corre risco de perder o movimento daquela perna?

- Olha Jeon é difícil dizer, seria preciso um raio X para saber mais a fundo, ainda mais uma fratura exposta daquela forma, se a infecção piorar vai ser preciso tomar medidas drásticas. - Suspirou pesadamente, olhando o moreno apreensiva, lhe entregando a cumbuca com a sopa e uma colher de alumínio.

Horror Em Northville (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora