Capítulo 14 - Sangue suor e lágrimas

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Obs: Lembrando que eu não compactuo com as ações dos personagens deste livro e que a maioria são escritas na visão do personagem. Por tanto eu não sou a favor de suas ações, obrigado.

O levei até o chão, deitando a cabeça sobre minhas pernas trêmulas, seguro em sua mão manchada de sangue e com incontáveis cortes e rasgos, me sinto destruído por dentro, mal consigo olhá-lo de perto, inspiro e expiro até perder a conta, num ritmo acelerado.

— Calma pai… a gente, nós vamos buscar ajuda tá? Aguenta firme. — Disse desesperadamente, chegando a nem puxar o ar enquanto falava. 

— Não… meu filho, você deve proteger a sua família, eu já não aguento mais toda essa dor e… a sua mãe. — O mais velho agarrou o braço do filho em extrema dificuldade, com a mão que o resta, seu olho direito está coberto pelas lágrimas que escorrem na pele até o queixo, enquanto luta para dizer uma única palavra. — Nunca vou esquecer o que eles me obrigaram a fazer.

— Não se esforça muito pai, nós vamos te levar para o hospital. — Falou aos prantos,  deixando as lágrimas cair sobre o corpo do homem deitado em suas pernas, a voz desestabilizada é nítida.

— Eles… me obrigaram a abusar da sua mãe já morta, eu não queria, mas eles fizeram coisas horríveis. E depois… cortaram ela em pedaços, como se fosse uma simples fatia de carne. — diz de forma rouca, quase sem voz, chegando a tossir enquanto fala, as lágrimas deste pobre homem são só "simples" complementos para toda a dor que ele sente, não só fisicamente mas emocionalmente.

— Me perdoa pai… me perdoa, eu não consigo proteger as pessoas, que mais amo. Mas eu vou te ajudar, tá? — Mesmo tentando conter toda a sua tristeza, remorso e angústia, ela vem a tona, deixando-o chorar como se estivesse a beira da morte, tocou a face no abdômen do pai, enquanto o corpo pulsa de dentro para fora involuntariamente.

— Um daqueles vermes… tentaram abusar do Jae, mas um homem de pele mais escura não deixou. — Engoliu o pouco de saliva espessa em sua boca, que desce rasgando, como se fosse uma lâmina de barbear, o levando a regurgitar diversas vezes, mas não excretou nada além de saliva envolvida por sangue.

— Desgraçados! Eu vou matar cada um desses filhos da puta! — Reprimiu os punhos bruscamente, mudando o olhar totalmente, ficando mais agressivo e frio.

Então o gatilho da pistola foi ouvido e logo em seguida o extrondo potente de um disparo, gerando zumbidos agudos, semelhantes a aptos, a bala atirada foi cravada no meio da testa do pai de Jeon, que morreu em seus braços, com os olhos e boca abertos, enquanto o furo na cabeça escorre sangue sem parar, gotejando no piso, criando uma pequena poça com este líquido escuro e vermelho vibrante. 

— Seu desgraçado! O que você fez? — Levantou-se do chão num impulso e agarrou Sammy pela gola da camisa, fazendo-o derrubar o compartimento enferrujado, que carregava com si numa das mãos, ele ainda segura na mão a pistola, na qual usou para matar o pai deste pobre homem.

— Ele não iria sobreviver! Olha o estado dele, porra e você acha que ele ia querer viver depois de tudo que passou? — Disse de forma alterada, chegando a expelir minúsculas gotículas de salivas no rosto do moreno, que o prende contra a parede, agarrando seu pescoço agressivamente, Park chama pelo marido e Jae abraça fortemente a perna do pai, ele está completamente fora de si. — Você vai machucar o meu filho.

— O Seu filho? — Puxou rapidamente a pistola do policial e logo a apontou diretamente na cabeça, respirando de maneira ofegante. — E por que essa criança nunca chorou? Desde o chalé? Fala seu merda! 

Horror Em Northville (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora