Capítulo 17- Na companhia do diabo e um anjo

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Último capítulo antecipado, espero que todos gostem e obrigado pela leitura de vocês.

Sammy/Posto de gasolina

Por impulso saquei a arma rapidamente e virei-me para trás, apontando a pistola no meio da testa do... Sheriff Ford, mas ele também está com a arma mirada, só que em meu peito, ambos serão tiros certeiros, que logo levará a morte súbita, seus olhos estão vermelhos e esgazeados, parece que a qualquer momento vão estourar, o cabelo dele está molhado, pingando gotas vermelhas e o seu rosto está impregnado de sangue até a ponta do nariz.

- Ford... vocês ainda vão ter o que merecem. Por terem destruído a minha família. - Aproximei o dedo lentamente do gatilho, sentindo todo o meu corpo estremecer, como se estivesse acontecendo pequenos tremores no chão.

- Não se preocupe, em breve você vai poder vê-las, caso acredite no céu ou... inferno, Ham! Não importa. - Ele disse respirando ofegante, sendo nítido que está completamente desvairado e exausto.

Assim que consegui uma brecha, eu efetuo um disparo em seu ombro esquerdo, ainda quero esse miserável vivo, mesmo tendo a vontade de estourar a cabeça dele sem piedade, logo agarrei a cintura de Ford, o derrubando contra o piso sólido, socando ele incontáveis vezes, não parando nem mesmo quando os hematomas foram surgindo e o sangue escorrendo por toda parte. Mas ele conseguiu se soltar e começou a chutar e chutar o meu estômago sem parar, fazendo-me chegar cada vez mais perto dos freezer, Ford está completamente fora de si, pude sentir o ódio que ele carrega dentro dele, então sem nenhum remorso o Sheriff puxou um taco de beisebol, que estava em uma cesta de ferro com inúmeros outros tacos.

Ele veio cambaleando até mim, apertando fortemente o objeto, me observando em silêncio, sorrindo como um maníaco sem escrúpulos, sua respiração infrene parecendo estar sem ar nos pulmões, mesmo isso não foi capaz de pará-lo, Ford ergueu os braços que segura o taco e o acertou violentamente contra mim, sem parar, já não aguento mais, sinto que vou desmaiar a qualquer momento. Logo em seguida ele se desfez do taco, arremessando longe de onde estamos e Ford agachou-se em minha frente, impactando agressivamente minha cabeça contra o freezer de vidro, suas mãos caminharam pelo meu corpo, indo diretamente para o pescoço, mas eu pude ver, consegui enxergar uma faca, posta num suporte preso em sua perna.

Numa última tentativa de esforço estico o braço, tentando alcançar o cabo da faca que está exposta, enquanto as mãos ásperas de Ford apertam violentamente o meu pescoço, já estou quase ficando sem forças, estar cara a cara com ele agora, já que encontro-me prestes a morrer, me faz pensar se tudo que fiz até agora realmente valeu a pena, tenho a sensação que será tudo em vão. Mas eu não posso deixar que ele me mate, pelo menos não agora, não antes de vê-los morrer na cadeira elétrica ou injeção letal, seria realmente satisfatório de se assistir, assim que minha mão foi capaz de alcançar o cabo da faca eu o agarro, puxando-o rapidamente do suporte e sem pensar duas vezes aprofundo a lâmina pontiaguda do objeto cortante, na garganta de Ford.

Logo arranquei a faca, ouvindo o som prazeroso do sangue desse miserável jorrando para fora, enquanto ele murmura de dor, caído sobre o piso que é tomado pelo próprio sangue podre, mas pra mim ainda não basta, então... com a mesma faca, eu perfuro profundamente seu abdômen, incontáveis vezes sem parar, mesmo sentindo os braços doloridos e o sangue dele que respinga em mim, ainda sim, eu não estou satisfeito. Mesmo num estado moribundo, prestes a morrer, ele me observou uma última vez em silêncio, enquanto vomita sangue pelos lábios, até que enfim morre como um covarde, tenho a certeza que nem mesmo a terra vai decompor essa carcaça apodrecida.

Eu já estava prestes a ceder para a dor e fraqueza que estou sentindo, mas o toque de um telefone fixo ressoou em meio ao ambiente, como música para os meus ouvidos, mesmo estando no limite me dirige a origem do som, que continua a tocar, ruídos estridentes de pequenos sinos, caminho me apoiando nas prateleiras, derrubando os objetos involuntariamente no chão e deixando rastros de sangue. Assim que vejo o telefone, próximo ao caixa, em uma mesa velha de madeira, prestes a cair, puxei o telefone do suporte, mas as teclas... elas parecem estar tão distantes e embaçadas, mal consigo vê-las, tudo parece estar girando a minha volta, é como um sonho que você não consegue acordar, talvez eu deva descansar um pouco, por que enfim acabou.

Horror Em Northville (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora