Capítulo 3

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A líder, imersa na complexidade do momento, foi interrompida por Sophie. Seus longos cabelos loiros naturais caíam suavemente sobre os ombros, e seus olhos azuis, tão profundos quanto o oceano, capturavam a atenção de todos. Ela trajava um vestido rosa com delicados detalhes roxos. Com confiança, apresentou vídeos que havia gravado, revelando alegações chocantes relacionadas ao presidente de sua própria chapa: Oliver. A aflição tomou conta dos olhares que se voltavam para a tela que reproduzia as imagens incriminadoras.

O momento era definitivamente carregado de suspense, deixando todos ansiosos por respostas. O vestido da garota parecia mais vibrante diante da gravidade da revelação, e a diretora, agora confrontada com a manipulação, enfrentava um dilema que prometia uma continuação impactante. O mar de olhos azuis de Sophie refletia a sua calma. Seus gestos eram poesia em meio ao caos, como se ela fosse a própria tranquilidade desafiando a tempestade.

— Como podemos ver nesses vídeos que apresentei, apesar de ser cúmplice, eu o disse que não era a coisa certa várias vezes e que não queria o ajudar, porém fui obrigada. — Deu uma pausa para recuperar o fôlego e continuou quando o avistou. — Ah sim, tô vendo ele na plateia. Não é verdade, Oliver? O que estou dizendo? Ou você quer mentir e até me sabotar de alguma forma como fez com todos de todas as chapas aqui? Principalmente com a de Pietro Albuquerque, viu, diretora? Pra provar que estou falando a verdade, podem conferir no banheiro. Ele está preso lá.

O esconderijo de Oliver na escuridão da multidão era uma tentativa de evitar o confronto direto com o olhar acusador que se espalhava pela sala.

Giovanna, em um longo vestido vermelho que fluía como uma cascata de paixão, além de um colar prata e brincos discretos dourados, caminhava ao lado de Graziela em direção à sua casa. Seu cabelo estava meticulosamente contido, delicadamente arrumado em um penteado que misturava elegância e simplicidade, como se cada mecha estivesse estrategicamente colocada para realçar sua beleza natural.
— Mãe, por que quisesse vir comigo? Eu tô surpresa. Convenhamos que a senhora é bem orgulhosa.
— Ah Giovanna, eu quero deixar tudo pra trás, sabe? Deixa disso, filha. Tá tudo bem.
— Não, mãe, desculpa, mas a senhora não pode afirmar por nós duas que está tudo bem. Eu não sou o tipo de pessoa que esconde as coisas e quando acontece algo ruim, finge que nada aconteceu e que está tudo bem.

Graziela, em um ardor carregado de significados, fixou seu olhar na filha. Não havia palavras entre elas, apenas opiniões ocultas que flutuavam nos arredores como uma dança sutil. Um gesto revelador aconteceu quando, sem falar uma única palavra sequer, estendeu a mão em direção ao retrovisor do carro. Seus dedos tocaram suavemente a superfície do espelho, desvendando não apenas o seu reflexo, mas também a história por trás daqueles traços da maquiagem e da moldura do cabelo.
— O que me diz? Estou aceitável, querida? — disse deslizando a mão suavemente ao redor da boca para ajustar o batom.
Giovanna, nem olhou em seus olhos, tentava se manter firme na direção. Não comentou, apenas concordou através da cabeça.

Pietro entrou no auditório ao lado de seus coordenadores, que haviam ido conferir se a porta do banheiro estava realmente trancada. Confuso, porém determinado, se dirigiu ao palco, para se juntar aos que eram de seu grupo. Oliver, visivelmente desconfortável, tentou se justificar, negando qualquer envolvimento nas acusações. Sophie, perspicaz como sempre, revelou a reviravolta que deixaria o auditório em suspenso.
— Previsível do jeito que você é, Marques, eu coloquei um gravador de voz na sua roupa no dia que foi confrontar o Pietro na casa dele. Segue o áudio agora.

Então exposto diante de todos, revelava a verdade nua e crua — Oliver admitindo a falsidade do nude e confessando ser o responsável pela montagem.
"Bom, de qualquer forma, eu estou louco para ver você e a sua chapa caindo aos pedaços. Mandei bem demais fazendo aquele nudes falso da sua irmã. Modéstia à parte, mas admita."

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