𝟐𝟑 - mais tarde

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Levantei para tomar café com um incrível bom humor. Estava disposta a dar bom dia até para os pássaros hoje.

Eu estava tão feliz, que ao sentar na mesa percebi que era a única naquele estado. Agora estávamos em oito, e as menina estavam todas tensas.

— Foram eliminadas? — perguntei dando falta de Amis, Helena e Isabele.

— Sim. — respondeu Iris.

Ficamos em silêncio por um tempo, até Amélia ter coragem de falar:

— Pensei que ficaria feliz em ser uma das últimas, mas é só... Desesperador.

Ninguém precisou dizer mais nada. Era nítido que todas compartilhavam do mesmo sentimento.

Em pensar que o príncipe atrasou a competição durante os meses que fiquei fora, e que as meninas tiveram que passar ainda mais tempo juntas com a falta de bailes ou outras provas mais difíceis.

Depois de tudo o que passei, a última coisa que eu deveria sentir agora era empatia. Mas eu sentia. Por todas elas.

Termino meu café, e vou até o escritório de Christopher. Não ligava muito se parecia inapropriado, ainda mais porque não avisei que iria, mas não me importava nenhum pouco pois eu queria muito vê-lo.

Depois da noite de ontem não teria porquê eu me importar com essas formalidades.

— Bom dia! — falei sorridente deixando apenas meu rosto evidente na porta.

Ele soltou seus papéis na mesa e abriu um enorme sorriso com a cena.

— Bom dia, meu amor. — ele abriu os braços num convite para eu ir até ele.

Christopher se levantou e abraçou minha cintura quando eu cheguei ao seu lado.

— O que faz aqui?

— Estava entediada, e não há nada que goste de fazer mais do que te perturbar.  — ele riu e me deu um beijo.

— Então só queria me ver?

— Sim, mas não precisa se achar.

— Tarde demais, já estou.

Christopher me deu outro beijo e assim se iniciou uma longa e calorosa cessão de beijos que eu torcia para não acabar nunca mais.

— Viu que eliminei mais três senhoritas esta manhã? — ele fala após nos separarmos.

— Vi sim. O clima na mesa de café estava péssimo.

— Odeio isso, mas não posso eliminar todas de uma vez. — se mostrou frustrado. — Meu pai ainda está processando tudo então o melhor é ir com calma.

— Entendo, concordo com você. — encarei os papéis em sua mesa. — Pelo visto tem bastante trabalho, vou indo para te deixar terminar.

Eu solto nossas mãos para caminhar até a porta, mas ele segura em meu braço e me puxa de volta, colando nossos corpos num abraço aconchegante.

— Fica só mais um pouco. — pediu com o rosto enterrado em meu pescoço.

Obviamente não resisti e ficamos abraçados por longos minutos, enquanto ele acariciava o topo de minha cabeça com delicadeza e eu fazia um leve carinho em suas costas.

— Tudo bem. — nos separou e me deu um beijinho na testa. — Está liberada.

— Bom trabalho, meu príncipe. — falei e me virei para sair rapidamente antes de conseguir ver a reação dele.

— Pode repetir? — parei já na porta.

— Claro. — me virei. — Bom trabalho.

— O resto. — falou rindo me olhando com cara de bobo.

𝐂𝐎𝐋𝐋𝐈𝐒𝐈𝐎𝐍 𝐎𝐅 𝐒𝐎𝐔𝐋𝐒 - 𝘊𝘩𝘳𝘪𝘴𝘵𝘰𝘱𝘩𝘦𝘳 𝘉𝘢𝘯𝘨Onde histórias criam vida. Descubra agora