⚠️ Alerta de gatilho: O imagine abaixo contém fortes insinuações de baixa autoestima e pensamentos intrusivo/obsessivos. Se você não se sente bem lendo, ou se sente desconfortável com a leitura, pare imediatamente. A experiência de leitura deve ser algo agradável e marcante, se você se sente mal lendo, tenho outros cenários aqui. Pretendo escrever outro bem mais leve. Obrigada pela atenção, aproveitem a leitura. 🤍
É, você não sabia se ficava feliz ou triste.
Usopp tinha finalmente se libertado da paixão grotesca por Kaya, desde que a moça morreu nas mãos de Kuro. Usopp demorou um pouco para superar e, você como melhor amiga do garoto, esteve lá por ele. Sim, só uma mera amiga. Ou você achava que sim.
E ele agora estava arrumando suas coisas para partir com Luffy! Era coisa demais pra sua mente, abandono e incerteza neblinavam sua mente. Por que o garoto não via você?
— Ei, [nome], eu estive procurando você por toda Vila, por que você sumiu? – Usopp apareceu ao seu lado na árvore grande que você havia escalado pra ficar sozinha inesperadamente. Tão lindo ao seus olhos.
— Estive aqui o tempo todo, você que estava muito ocupado se aprumando para partir. – Você murmurou desdenhosa sentindo seus olhos marejarem mais uma vez. Se amaldiçoou por isso.
— Ué, você tava chorando? – Ele segurou seu rosto nas mãos calejadas com um semblante tão preocupado que doeu seu peito.
— Eu vou sentir tanto a sua falta quando você ir embora Usopp. – Você desatou a chorar abraçando o garoto magrelo em sua frente. Por que ele não via você? Você estava bem ali.
Usopp não sabia o que fazer, ele também sentiria falta da sua melhor amiga, que sempre ficou ao seu lado, que sempre apoiou ele, até em suas mentiras. Que sempre o amou, e que ele amou ainda mais.
— [Nome], quando eu me tornar um bravo guerreiro do mar, eu vou voltar pra você. Eu prometo [Nome], e todas as minhas mentiras vão se tornar verdadeiras. Eu vou voltar pra você. Por que eu te amo. – Seu coração pulsava como nunca, ele segurou seu rosto sorrindo abertamente como nunca antes e selou seus lábios com carinho.
Molhado e cheio de amor, vocês se beijaram naquela noite em que a lua não aparecia, mas as estrelas brilharam como nunca.…
Quanto tempo havia passado desde a partida de Usopp? Dois anos? Três? Quatro? Você não se lembrava, desistirá de contar. Ele não escrevia mais, pelo menos não para seu destino atual. Você havia se mudado, aceitado a mentira. Usopp não voltaria, não contaria suas histórias, nem se tornaria um bravo guerreiro do mar. Se não estivesse morto seria um cara de sorte.
Suspirou cansada, você viveu com a paixão durante anos, devia superar isso, Usopp sempre te viu como amiga, por que amaria você? Você que não tinha nada especial? Era tão insuficiente para si própria, por que seria suficiente pra ele? Por que? Por que? Por que?
Decidiu que andaria pela nova Vila. Havia se mudado para uma ilha bem afastada da última, e não conhecia ninguém. Caminhar seria bom para afastar os pensamentos que assombravam você todos os dias.
Você era uma colecionadora, mas colecionava toda bugiganga possível, e quando viu um brinquedo de mola, seus olhos brilharam, deu todo dinheiro que tinha ali, e enquanto agradecia o senhorzinho da vendinha, seus olhos capturaram a razão dos seus pensamentos num flash rápido e confuso, você se virou tão rápido que bateu de frente a um homem loiro alto, extremamente elegante.
— Ô senhorita, me desculpe por ser tão inconveniente e esbarrar em alguém tão linda como você. Peço perdão por um milhão de vezes e… – Você segurou a sacola e correu, não dando ouvidos ao homem galanteador, correu até o enorme nariz que havia capturado pela visão periférica. Sentia, sentia que ele estava ali.
Correu, esbarrou, ignorou, foi xingada, suas panturrilhas doíam, doíam, e você correu ainda mais, onde estava indo no final? Não queria saber, só queria encontrá-lo.
Sua visão estava embaçada, quando começou a chorar? Correu e correu até colidir com o fim da ilha, uma enorme queda pro mar. Olhou em volta, transtornada, sem fôlego, encontrou a vastidão azul deixou seus ombros caírem, ele nunca voltaria.
— [Nome]? – Ele voltou.
Você virou tão rápido, tão rápido que nem ele captou quando você pulou em seus braços, tampando a visão dele com o abraço.
— Usopp! É você, é você. – Sua voz embargada era confusa, seu choro alto era tão doloroso, ele estava tão crescido, tão forte, cheio de cicatrizes e tão bronzeado. Sua pele escura caía tão bem com a roupa casual amarela que ele usava.
— Estou aqui, estou de volta meu amor. – Ele abraçou-a com força agora, sentindo seus solavancos e riu, sentia falta de você. – Fui até nossa Vila e não encontrei você, por onde você andou? – Ele afastou você quando estava respirando melhor e conseguia conversar.
— Não tive esperanças que você voltaria, então me mudei porque tudo lá me lembrava de você, tive medo. – Sentou-se no chão, sentindo suas forças se esvaindo.
— Medo? – Ele se sentou ao seu lado, cruzando os braços, enfatizando os belos bíceps, bem marcados na blusa apertada.
— Medo de não ser suficiente para você voltar. Você teve uma vida fora da ilha, quantas mulheres você não teve? Aceitei que você não voltaria por mim. – Virou o rosto vermelho para longe do olhar observador dele. Deuses ele estava tão intimidador.
Você esperou a confirmação, esperou ele surtar e dizer que você era maluca. Mas nunca veio, o que veio foi a gargalhada contagiante do homem ao seu lado.
— Está certa, eu tive muitas oportunidades e não deixei nenhuma delas passar. – Sua expressão se fechou diante a afirmação. – Mas esse tempo todo longe de você só serviu pra provar o quanto eu te amo. E o como você fez falta. Todas as vezes que eu me machuquei e não tinha você pra brigar comigo sobre minha falta de responsabilidade, ou, todas as vezes que eu não sabia o que fazer e precisava dos seus conselhos, eu precisava de você, o tempo todo, e não tive. Só me mostrou o quanto eu te amo. Eu voltei, estou aqui, e quero você pra mim [Nome]. – Os braços abertos chamando você pra um abraço a fizeram lembrar da vez que ele foi embora. E como daquela vez, você segurou seu rosto masculino e forte, e beijou sua boca com tanta saudade e amor, que doía o peito.
E mais uma vez, como naquela noite brilhante, o sol dessa vez pareceu desaparecer para deixar vocês brilharem, brilharem com todo amor acumulado em seus corações.
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𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐎𝐍𝐄 𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄
FanfictionPedidos fechados. - É meu primeiro livro nesse estilo, então peço por favor que tenham paciência.