Capítulo VII

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Dois anos depois..

Christine se manteve fiel a suas palavras. Erik era seu melhor amigo, e com o passar dos anos eles ficaram mais próximos. Eles eram uma influência boa um para outro, pelo menos assim pensavam.. Anna e a cozinheira da casa, no entanto, discordavam.

Por exemplo, Cristine resolveu fazer uma "poção" na cozinha. Ambos tinham acabado de ler uma tradução francesa de Macbeth, uma leitura difícil para Christine de apenas doze anos entender. Mas para Erik, quase quatorze anos, entendeu sem problema e ele explicou a ela na hora estavam juntos lendo, e ficaram bastante inspirados com as irmãs rebeldes.

Eles estavam determinados a criar uma poção que pudesse fazê-los viver para sempre, para que nunca precisassem sair um do lado do outro, eles confiavam um no outro completamente. Apenas uma coisa era secreta entre eles.

O rosto de Erik.

O que estava por trás da máscara? Seu pai havia dito para não fazer isso. E sempre que ela chegava perto de perguntar, contornando a questão apenas mencionando a máscara, Erik congelava e pedia para ser dispensado, passava várias horas em seu quarto, ou mudava rapidamente de assunto, um aviso em seus olhos, Não querendo estragar a beleza entre eles. Ela nunca mais perguntou.

Além disso, ela pensou que dia que ele quisesse mostrar a ela.. ele o faria.

E ele não fez.

Porém, o fato de que ele não queira mostrar a ela fez seu interior apertar. Christine não podia negar que a medida que os meses se transformaram em anos, e conforme ela desabrochava lentamente em uma mulher, ela começou a sentir certas coisas por Erik que não sentia por mais ninguém. Tudo o que ela sabia com certeza era que quando ele sorria para ela, o mundo parecia que parava e ela não conseguia se concentrar em mais nada. E tudo que ela queria fazer era passar um tempo com ele. Tudo o que ela queria era que ele fosse feliz, para viver com ele para sempre.

Assim, a ideia naquela maldita poção.

Eles fizeram uma bagunça na cozinha, e fizeram uma estranha mistura de açúcar, manteiga e caldo de galinha, ah e penas azuis que ela encontrou, insistiu que era a chave para a poção da juventude. Eles não estavam planejando comer a poção. Mas a própria imaginação de fazer uma bebida mágica foi emocionante. Com Erik tudo era mágico, ouvi-lo tocar violino e piano, falar sobre viagens que seus livros faziam enquanto olhavam as estrelas juntos, estar ao lado dele era como viajar para outro mundo.

Christine achou maravilhoso.

A cozinheira não achou.

E muito menos Anna.

Elas reclamaram com Gustave, e quando ele perguntou de que era a ideia, ambos alegaram que era deles, Na verdade era só de Christine.. mas essa era natureza de Erik proteger ela. Ele preferia leva dez chicotadas ao vê-la ter a palma da mão atingida.

Os dois foram mandados para a cama sem jantar, já que acharam uma boa ideia desperdiçar comida. Christine apenas tentou ler em seu quarto, conformada pelo fato de saber que Erik estava fazendo o mesmo apenas algumas paredes à distância. Ela rezava para que ele conseguisse dormir aquela noite, pois não iriam terminar seu dia lendo juntos.

~

Naquela noite depois do incidente da poção, Erik apareceu na porta do quarto dela. Era a primeira vez que ele visitava sem um convite, ele era muito educado para aparecer sem ser convidado ao quarto dela. Christine olhou para a fonte do som e o encontrou espiando, ela se sentou e olhou para ele.

—Christine— ele sussurrou.

— Entre— Ela disse. A preocupação misturava-se com a alegria de ver seu amigo — Está tudo bem?—

O Começo do para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora