𝐔𝐌𝐀 𝐆𝐑𝐈𝐍𝐆𝐀 𝐌𝐄𝐓𝐈𝐃𝐀 - 𝖱𝖺𝗉𝗁𝖺𝖾𝗅 𝖵𝖾𝗂𝗀𝖺

CAPÍTULO 2

⠀  ⠀𝐓𝐔𝐃𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐒𝐄 𝐈𝐍𝐈𝐂𝐈𝐀, 𝐓𝐄𝐑𝐌𝐈𝐍𝐀. Isso é fato, menos os planos que se passavam na cabeça de Hadassa. Sua mente se passava 1 milhão de ideias ao mesmo tempo, a deixando perplexa e confusa, sua confiança em si mesma era mínima, coragem para começar a ser forte tão pouco, felicidade? Nem se fala. Sua vida está de cabeça para baixo e o coração destruído, tudo está acabado para ela. Nada mais há sentindo ou "graça". Com isso, seu comportamento mudou, desde seus 15 anos seu rebeldia foi percebida desde já, seu pai a cobrava, sua mãe apenas concordava com o grisalho e seu irmão era o único que ainda a defendia de unhas e dentes, um verdadeiro herói.

  Mas tudo que é bom dura pouco, Gustavo precisaria sair de casa algum dia e o pesadelo de Hadassa, aconteceu, Scarpa tinha que ficar mais perto do CT para terinar e onde morava com seus pais era realmente longe do clube. Comprou um apartamento mais próximo ao lugar que treinava e passou a morar lá, apenas visitava sua família nos feriados e final de semana, que era sua folga. A partir de aí, a garota não teria mais seu defensor e passou a lidar com as cobranças sozinha. Seu pai odiava quando a mesma o retrucava, mas Hadassa apenas revidava de sua forma e Phelipe repudiava seus atos de rebelião, até não suportar mais essas desavenças e a por em um internato.

— Sinto que minhas costas estão travadas, Céus. — Murmurou baixo para si mesma, enquanto se aconchegava na poltrona desconfortável, foram algumas horas de viagens longas e estava cansada, pois não dormiu.

  — "Senhores passageiros, informo que chegamos em seu destino. São Paulo. Permaneçam sentados, pois, já iremos pousar, nossa companhia agradece sua preferência em nos escolher." — Uma voz feminina foi ouvida, sendo pertencida a aeromoça. Hadassa já se sentiu aliviada, não aguentava mais ficar sentada em uma cadeira dura e escutar o homem que sentava ao seu lado roncar, enquanto tirava um cochilo.

    Já pisava em terras brasileira, sentindo o ar fresco de sua cidade, saudades de falar sua língua nativa. A garota pegou suas malas e saiu do aeroporto afim de achar algum táxi, pretendendo ir para a casa do irmão, para depois ir a casa de seus pais.
   O carro estacionou em frente ao condomínio, o motorista a ajudou a retirar as malas do veículo dando partida logo em seguida, Hadassa sentia que seu coração iria sair pela boca pela ansiedade que dominava seu corpo. Era a primeira vez após anos revendo seu irmão, bom, ela conversava com o mesmo por mensagens, mas eram conversas vagas sem muito interesse e que deixavam a garota um tanto que triste por não estar mais próxima ao seu irmão. Para a mesma era angustiante ter a única pessoa que era a mais próxima de si, estar tão distante. Agoniante.

  — Espero que ele ainda more aqui. — Murmurou para si caminhando com suas malas até o interfone. Sim, Hadassa não avisou para o homem que viria. Não avisou a ninguém, queria fazer surpresa e realmente está fazendo. — Olá moço, Tudo bem? Eu queria saber se o Gustavo Scarpa ainda mora nesse condomínio? — Se comunicou com o porteiro, o homem parecia ser super simpático e realmente era, foi totalmente educado e a ajudou. Scarpa ainda morava no mesmo apartamento e não foi muito difícil para Hadassa ter acesso aos aposentos do mesmo. Conseguiu subir e para sua sorte, a diarista estava em casa e a atendeu lhe ajudando com a bagagem.

    São Paulo , Quinta-feira , 11:07AM ⠀RESTAURANTE .

  Gustavo pagava a conta, enquanto Piquerez e Veiga o esperavam na mesa do restaurante que haviam almoçado. Hoje seria um dia de descanso antes do jogo decisivo para eles, Abel decidiu fazer os jogadores descansarem para ter mais energia durante a partida, se eles estivem mais exaustos que o normal o desempenho do jogo iria de água a baixo.

  — Sinto que minha barriga irá explodir, acho que exagerei na comida, colegas! — Joaquín ditou assim que Gustavo voltou para a mesa pegando seu pertences, e se direcionando a saída.

  — Nossa Joaco, a Vanessa vai arrebentar no seu treino. Não quero está na sua pele, cara! — Raphael se pronunciou com animação, enquanto soltava uma breve risada.

  — Vamos de jogar FIFA galera? Estou afim de ganhar alguém aqui. — Gustavo alfinetou Piquerez, pelo mesmo ter perdido a alguns dias atrás para o outro no FIFA.

  — Está se achando demais por causa de uma partida roubada, Scarpinha. Vou fazer tanto gols hoje, que você pedirá arrego para que eu pare! — Disse com convicção de que ganharia.

  — Eu dúvido!

  Hadassa terminava seu banho, estava super exausta pela longa viagem e queria deitar naquela cama confortável de lençóis fofos, era o que desejava, mas seus sonhos foram interrompidos pelo barulho que escutou com vozes graves e risadas altas. Ela já percebeu que era Scarpa, mas o mesmo não estava sozinho. Tratou de se vestir rapidamente e ir até a sala, dando de cara com seu irmão, Piquerez e mais um homem que a olhava com curiosidade e susto.

  — HADASSA? Garota, o que você 'tá fazendo aqui? Você não tava em Nova Iorque? — Scarpa gritou e após isso, lançou várias perguntas incrédulo de ver sua irmã a frente após anos sem olha-lá nos olhos.

  — Presente de Natal antecipado? — Forçou uma piada, junto de um sorriso sonso, mas não colou, seu irmão estava com um semblante de desconfiança e desconforto. O mesmo não esperava ver sua irmã no seu apartamento em plena véspera de jogo, um jogo importante.

  — Scarpa, eu e o Piquerez vamo' colocar uns treinos em dia. Depois a gente joga, moleque! — Veiga se pronunciou ainda encarando Hadassa, a mesma estava começando a sentir vergonha por está sendo tão observada por tanto tempo. Os dois homens saíram do cômodo deixando apenas os irmãos a sós, um encarando ao outro.

  — Você não respondeu minha pergunta, Hadassa. O que você está fazendo aqui? — Gustavo falou após um tempo apenas observando a garota em pé, a sua frente.

  — Eu voltei para o Brasil por que eu estou grávida, Scarpa!

     —  BOA NOITE PESSOAL, gostaram do capítulo de hoje? Desculpa a demora, tô bem ocupada essa semana 😕. Mas postei, até a próxima 💗