CAPÍTULO 12

408 34 3
                                    



ERA VISÍVEL QUE MARCOS ESTAVA ASSUSTADO E SURPRESO, ele não esperava que Raphael aparecesse por ali. Muito menos eu.

— Eu te fiz uma pergunta, caralho. Responde, você tá maluco? Bebeu alguma coisa? — Raphael se aproximou do outro, o puxando pela camisa.

— Raphael solta ele, por favor! — Com minha voz embargada, pedi para que o deixasse em paz. Eu quero que aquele verme morra!

— Ele machucou você? Você tá bem? — O moreno direcionou seu olhar a mim, que ainda se mantinha no chão tentando recuperar as forças.

— Eu estou bem, solta ele. Deixa ele ir! — Me levantei aos poucos, me apoiando no sofá.

— Se eu te pegar perto dela de novo, você pode ter a certeza de que vai precisar de cadeira de rodas. Por que essas perninhas vão ser quebradas! — Veiga soltou o rapaz que deixou o pequeno caderno cair no chão, não demorou para que o mesmo saísse correndo dali. — Você tá bem? Ele tocou em você? Caralho Hadassa, o que aconteceu mano?

— Eu fiquei com tanto medo... — Me direcionei até o homem o abraçando fortemente, me senti protegida quando tive seus braços em volta de mim, recebendo todo o calor do seu corpo.

— Calma, ele não vai mais mexer contigo! — Seus dedos acariciaram meu cabelo meio bagunçado, era acolhedor ter seu abraço, por um instante experimentei o carinho do moreno.

— Obrigada Rapha, de verdade. Se você não tivesse aparecido, aquele maluco podia ter feito algo pior. — Me desvencilhei um pouco do mesmo, para admirar seu rosto. Sua barba recém tirada, seus lábios levemente avermelhados, seus olhos brilhantes. Aqueles olhos, aqueles olhos foram meu ponto fraco por um tempo. Seu cabelo arrumado, seu perfume. Estava balançada, ele me deixava maluca e confusa. Uma hora me xinga e depois me deseja, por que isso? Por que isso é tão bom?
Era minha vez de agir, não era o momento mas a oportunidade e dessa vez eu tinha que tomar a iniciativa. Trilhei minhas mãos até seu pescoço e pude sentir sua pele se arrepiar com o contato, aproximei meu rosto do seu selando as bocas sem esperar mais tempo.

Sua reação foi apenas ma apertar e me trazer para mais perto do seu corpo, sua destra acariciou minha bochecha com delicadeza, maestria. Eram toques suaves, seus lábios se chocavam aos meus em um movimento extasiante e delicioso, sua língua se aprofundou em minha boca para me sentir um pouco mais e conseguiu tal contato. A cada minuto o ósculo que havia se iniciado calmamente se tornava veloz e feroz, alguns dedos eram ousados e fios capilares estavam bagunçados, roupas amarrotadas e um sofá nada arrumado.

— Hadassa... Espera, a gente não pode fazer isso... Isso tá muito confuso, eu acabei de te salvar de um louco e a gente já está se pegando que nem dois coelhos no cio. — Veiga se retirou de cima de mim e sentou ao meu lado, me ajudando a me levantar. — Fora que tem seu irmão. Ele ia me estraçalhar todo se descobrisse que peguei a irmã dele, ia me enterrar vivo!

— Desculpa, eu me empolguei. — Me recompus, ajeitei os cabelos bagunçados, a roupa amarrotada. — Mas não vejo problema eu ficar com um amigo do Gustavo, até onde eu saiba... Ele não precisa saber e muito menos manda em mim! — Aos poucos fui matando a distância que Raphael tinha colocado, me aproximando de seu ouvido.

— Meu Deus, que tentação... — Não contive com o comentário do mesmo e soltei uma risada nasal, fazendo o ar quente que saiu do meu nariz deixar a pele de Veiga se arrepiar. — Hadassa não provoca, seu irmão deve está chegando e eu não quero problema com ele. E muito menos um lance de momento com uma garota mimadinha!

— Mimadinha? — Meu riso incrédulo se fez presente pela falta de noção em dizer algo tão estúpido quanto ele. — Depois você me pergunta por que eu te maltrato, seu troglodita! — Desferi tapas em corpo para descontar minha raiva naquele ridículo mal educado, o ódio me consumiu.

— Para Hadassa. Tem como parar? Sua mão é pesada. — Tentava me conter a todo custo, mas minha raiva estava lhe vencendo.

— Eu deveria dar um soco no meio da sua cara. Babaca! — Por um deslize, Raphael
segurou meus pulsos com certa firmeza e me admirou por breves segundos. — O que foi agora? Vai me insultar de que agora? Gringa metida? Esnobe? Delinquente? Infeli... — Veiga me calou selando seus lábios contra os meus com rapidez, adrenalina e êxtase. Era impossível relutar para sair dali, estava muito bom, estava envolvida naquele beijo viciante, mais viciante que qualquer droga já existente nesse mundo inteirinho.

Aos poucos suas mãos soltaram meus pulsos e rodearam minha cintura de forma brusca, me trazendo para si, para seu colo onde pude sentir um breve volume mas apenas ignorei. Nada mais me importava do que me acabar naqueles lábios doces e quentes de Raphael, que por hora, se aproveitava dedilhando todo o tronco quase desnudo, esses dedos trataram de retirar a larga e comprida camisa que me
cobria. Seus beijos desceram de encontro ao meu pescoço totalmente esbranquiçado, que tive seus minutos contados para ser marcado por suas mordidas, minha boca se propôs a soltar suspiros satisfeitos com os atos excitantes. Suas mãos caminharam em
união por toda a minha coluna parando no fecho do sutiã rendado de cor preta, antes mesmo que o rapaz tentasse o abrir a porta principal foi aberta, nos assustando. Raphael me jogou no chão, fazendo-me cair por cima de algumas almofadas jogadas por ali.

— Tá fazendo o que aqui? — Gustavo perguntou sem um pouco de paciência.

— Você me chamou para tomar uma cerveja, esqueceu seu bobão? — Jogou uma almofada que ainda tinha no sofá, em Scarpa.

— Puta merda, esqueci total. — Gustavo se aproximou do sofá fazendo eu e Veiga se assustar ainda mais. — SCARPA!

— Porra Veiga. Para que gritar, caralho? Tô praticamente do seu lado.

— Me deu uma câimbra do caralho no pé agora. Pega o gel de massagem, moleque! — O moreno inventou uma desculpa para que o outro se afastasse por um tempo. — Tá doendo muito. — Seu expressão sofredora me fez acreditar que ele realmente estava com o pé doendo.

— Já vou. Vai esticando esse pé! — Saiu caminhando rapidamente para seu quarto a procura do relaxador, o que me deu chances para sair dali.

— Sai daí. Ele não vai demorar muito para voltar! — Ditou em tom de alívio.

— Filho da puta desgraçado! Quase quebrou minha perna aqui. — Bati em seu braço totalmente irritada por sua atitude nada segura.

— Vai logo antes que ele volte... — Me surpreendi quando recebi vários selares rapidamente antes de me levantar e correr para o meu quarto.

Não consegui pregar o olho, e depois quê Scarpa veio até meu quarto me perguntar o do por que ter cacos de vidros na sala, virei a noite. Mas me senti protegida enquanto Raphael esteve aqui, quando estava nos braços dele sentindo seu cheiro, sentindo seus toques em meu corpo.

 Mas me senti protegida enquanto Raphael esteve aqui, quando estava nos braços dele sentindo seu cheiro, sentindo seus toques em meu corpo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


MAIS UM CAPÍTULO HEIN HEIN. Gostaram? Não esqueçam de comentar e dar uma estrelinha. Não seja um(a) leitor(a) fantasma, até o próximo capítulo. Beijossss! <3

𝐔𝐌𝐀 𝐆𝐑𝐈𝐍𝐆𝐀 𝐌𝐄𝐓𝐈𝐃𝐀 - 𝖱𝖺𝗉𝗁𝖺𝖾𝗅 𝖵𝖾𝗂𝗀𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora