CAPÍTULO 8

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MINHA MENTE CONTINUA NO SONHO, Raphael parece ser um cara legal e minha mente está se importando com generosidade lá de baixo dele, que inferno. Fora que ele é amigo do Scarpa, ele sempre me alertou de nunca ficar com nenhum amigo seu, de fato, nunca tive interesse em todos eles mas este colega me chamou atenção de uma forma anormal. Apenas há um problema, aparentemente sua fama de pegador não me agradou. Mas se há fama, tem algo de bom nisto e eu vou descobrir.

Scarpa andava mais preocupado em ganhar o jogo e seu casamento, e eu em arrumar algum lugar para ficar e um emprego. Enquanto estava fora do Brasil, procurei algo que me interessasse e a moda me pegou de jeito, tenho um grande amor pela moda desde que me conheço por gente, mas nunca investi de fato nisso. Minha tia me incentivou a estudar e me aprofundar na indústria, e fiz, mas quando o curso acabou me senti insegura de continuar e não me empenhei de começar uma ótima carreira.

Em Nova Iorque tinha oportunidades, mas não tive coragem. Espero que eu consiga ao menos ser vendedora de roupas usadas, não que seja uma profissão ruim, muito pelo contrário é uma ótima profissão. Mas tenho medo de não conseguir nem este serviço.

— Onde eu coloquei aquele caderno, eu tinha a impressão de ter o colocado na mala. — Ditei para mim mesma indignada por não encontrar um antigo caderno de rascunhos, nele havia desenhos lindos de vestidos não feitos, bom ainda.

— O que tanto você caça nessa mala, criatura? — Gustavo se introduziu no quarto onde eu me hospedei, o mesmo se deitou no acolchoado coberto por um edredom branco e pesado. — Nossa, essa coberta é muito fofa cara. Vou ter que lhe retirar este luxo! — Brincou com a morena.

— Deixa de graça, palhaço. Você viu um caderno por aí? Pelo que eu me lembre não mexi nele enquanto estava aqui.

— Vi nada não, você não deixou na casa da tia não? — O homem se levantou curioso, encarando a mala.

— Não, foi o primeiro item que coloquei aqui! — Apontei para o objeto onde continha compartimentos e pertences meus. — Caramba, eu lembro de ter o colocado aqui.

São Paulo , Brasil | 09:43 PM

— Até que ela desenha bem. Não vejo a hora de te encontrar novamente, meu amor... — O desconhecido folheava calmamente o caderno que nele tinha alguns rascunhos de modelos.

— Oh Marcos, vamo mano a gente vai se atrasar. Tá todo mundo te esperando, cara!

— Eu estou indo, espera um minuto! — Guardou o caderno apressadamente em uma gaveta, o sorriso perverso em seus lábios era de arrepiar.

— Cacete Marcos, que demora seu porra. — Veiga indagou irritado com toda a demora do outro que resmunga pelo sermão que recebe do amigo. — Vem bufar perto de mim não, deu corno conformado!

— Fui corno porque tava com a sua tia! — Rebateu os xingamentos do outro de forma mais ofensiva.

— Olha o respeito! — Desferiu um soco de pouca força no braço de Marcos, recebendo uma risada como resposta. — Scarpa vai se encontrar com a gente lá no bar, ele vai levar a Sarah! — Avisou para os rapazes que estavam reunidos ao seu redor, que prestavam bastante atenção no que era avisado.

— Você sabe se a irmã dele vai? — Um dos caras pronunciou com malícia, mas seu interesse foi sumindo quando percebeu o semblante de irritação e decepção de Veiga, ao seu respeito.

— Não irei responder sua pergunta, seu idiota. Vamo cambada!

 Vamo cambada!

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𝐔𝐌𝐀 𝐆𝐑𝐈𝐍𝐆𝐀 𝐌𝐄𝐓𝐈𝐃𝐀 - 𝖱𝖺𝗉𝗁𝖺𝖾𝗅 𝖵𝖾𝗂𝗀𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora