𝐔𝐌𝐀 𝐆𝐑𝐈𝐍𝐆𝐀 𝐌𝐄𝐓𝐈𝐃𝐀 - 𝖱𝖺𝗉𝗁𝖺𝖾𝗅 𝖵𝖾𝗂𝗀𝖺

CAPÍTULO 13

  DESDE O DIA EM QUE SCARPA QUASE PEGOU EU E RAPHAEL NO FLAGRA, Veiga não apareceu mais no apartamento. Não contei para Gustavo que Marcos apareceu e deu um show de horror, eu não quero que ele descubra o meu passado com aquele monstro. E se depender de mim, ele nunca vai descobrir.

  Hoje eu começaria em uma butique um pouco famosa aqui em São Paulo, consegui ser criadora de design lá. E como já tinha alguns projetos prontos, ficarei montando os looks para vitrine e o marketing, o que acabou dando muito certo. As peças eram lindas, delicadas, detalhadas e únicas. Me encanto com roupas tão elegantes.

  — Oi, você deve ser a senhorita Furtado. Estou certa? — Uma voz doce me chamou a atenção, era uma linda moça de cabelos ondulados e pele clara.

  — Sim, sim! Sou Hadassa, Hadassa Furtado! — Cumprimentei a moça, sua simpatia me deixou ainda mais fascinada.

— Prazer, sou Júlia. Sou gerente da Rio&Star! Seja bem-vinda, espero ter uma ótima amizade com você! — Sorrio alegremente enquanto se apresentava. — Já te mostraram toda a butique?

— Ainda não, estava dando uma olhada nas peças daquela arara em específico. São cores chamativas para quem gosta de uma paleta mais simples e neutra. — Me referi as roupas estendidas perto da porta de entrada. — São modelos muito bonitos!

  — Ah, sim. São peças únicas, nossas roupas tem seus significados. Eles tendem a referência de cada sentimento. — Falou se aproximando da arara preenchida. — Está aqui, sua referência é ao amor. Já está se refere ao egoísmo. — Retirava os cabides exibindo as peças coloridas.

  — Me mostre todas que se refere a tristeza, levarei todas! Esse é o sentimento que estou sentindo ultimamente. — Brinquei recebendo um breve risada da Júlia.

  — Por que tanta tristeza, senhorita Furtado? Seus sonhos estão se realizando, querida!

   São Paulo  |  18:12 PM

Estava saindo da butique e acabei esbarrando em alguém, que por hora não tinha visto o rosto.

  — Perdão, eu não prestei atenção! Mil desculpas! — Fiquei surpresa em ver Raphael ali em minha frente com um sorriso, muito lindo por sinal. — Você?

  — Também senti saudades de você, meu amor! — Me surpreendi ainda mais quando o mesmo me puxou para perto e beijou meus lábios com calma. Foi preciso um choque de realidade para lembrar que eu estava em um local movimentado, com um jogador bem reconhecido aos beijos. Me afastei rapidamente e não pensei duas vezes em estapear o rosto do moreno. — Puta que pariu, essa foi forte! — Levou sua mão até sua bochecha avermelhada.

  — Tá maluco? E se alguém pega a gente nesse amasso todo. Pior, se o Scarpa pega a gente no flagra? — Olhei para os lados a fim de não encontrar ninguém conhecido ou até mesmo paparazzi. — Tá fazendo o que aqui?

  — Eu tava passando e vi você saindo da loja. Então, vim perguntar de você quer uma carona para casa senhorita Hadassa? — Ri com sua atitude totalmente gentil após levar um tapa.

  — Não, Senhor Veiga. Estou bem! — Assim que respondi, me afastei do mesmo adiantando meu passo para pegar um táxi.

  — Por que não? — Sua insistência estava começando a me irritar.

  — Se você continuar a insistir, vou te dar um chute bem nas suas partes baixas. — Parei de caminhar e pude prestar um pouco mais de atenção no mesmo, ele segurava um buquê não muito volumoso porém bonito e chamativo por ser rosas vermelhas. — Pra quem é isso aí? — Me referi as flores.

  — Seria para uma pessoa que eu ofereci carona, mas ela recusou. Então infelizmente terei que jogá-las. — Se direcionou a uma lixeira.

  — Espera! — Pensei brevemente, jogar flores tão lindas no lixo era um desperdício. — Eu aceito a carona. E as flores.

  O moreno sorriu alegremente pela mudança de ideia, com toda sua felicidade, entregou-me o buquê de forma romântica. O que me fez rir com sua atitude.

  — Vamo logo. — Soltei um breve risada nasal. — O Scarpa não pode saber disso, entendeu?

  — Entendido, senhorita Hadassa! — Segurou minha mão delicadamente e me guiou até seu carro.

  São Paulo | 10:20 AM

Minha cabeça doía com um som repetitivo que tocava sem parar, meu sono foi interrompido pela maldito. Meu celular tocava com o som infernal, a tela estava ligada e nela tinha o nome de Mabelly.

  — O que você quer? — Irritada, perguntei assim que atendi a ligação.

  — Mana, como você consegue ficar calma com esse babado rolando? — Seu desespero me deixou assustada.

  — Que babado, maluca? — Perguntei.

  — Choquei lançou bomba, e é do seu interesse! — Desliguei no mesmo instante e entrei no Instagram desesperadamente. — PUTA QUE ME PARIU!

  — O Scarpa vai me matar!

    — Espero que tenham gostado, comentem e deixe uma estrelinha. Não seja um(a) leitor(a) fantasma. Beijoss 💋💋