CAPÍTULO 9

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   ESTAVA TOTALMENTE IRRITADA COM SCARPA, o homem me acusava instintivamente que eu teria pegado seu chocolate e o comida pela madrugada. Mas que moleque estressante.

— Já te disse dez vezes seguidas que não peguei aquela porra, cara! — Xinguei sem um pouco de paciência com o rapaz, que fazia bico e murmurava palavras inaudível, mas com certeza era palavrões. — Não vem me irritar, são oito da manhã agora. Já estou com muito problema na mente!

— Folgadissima você gatona, daqui a pouquinho te coloco para morar em um bueiro junto com os ratos! — Me retrucou, implicando comigo e mudando o rumo da discussão.

— Tão carinhoso, assim vou te confundir com a mamãe. — Gustavo ameaçou jogar seu chinelo em minha direção mas foi interrompido pela campainha.

— Quem ousa me visitar sem avisar? — Se direcionou para a porta.

— E eu sei? Você é o dono, apenas sou visita! — De forma fogosa, deitei no sofá preguiçosamente e em resposta apenas recebi um murmúrio me xingando, novidade.

— Pelo amor de Deus, vocês me viram ontem e já estão com saudades? Isso é amor em! — Assim que Scarpa abriu a porta se deparou com Raphael e o cara do bigode, Piquerez.

— Deixa de graça, seu boca de boteco. Bebeu tanto que não sabia nem o nome! — Adentrou o cômodo com algumas sacolas e as colocou na mesa que tinha à frente do sofá, Veiga sorriu descaradamente para mim. Sínico. — Olá Hadassinha, como vai?

— Para você é Hadassa, e meu bem estar não mudará nada na sua vida. — Lhe respondi grosseiramente, não acredito que depois de ter me chamado de gringa burra e mimada na minha cara, ainda vai bancar o miss simpatia. Sínico.

— Então está é a patricinha mimada que você mencionou Veiga?— Com um sotaque, o homem de fios negros se pronunciou com curiosidade enquanto cutucava o rapaz que parecia surpreso pela sua pergunta.

— Patricinha mimada? — Soltei uma risada incrédula. — Desde quando te dei intimidade para me chamar assim, seu jogador de time reserva? — Vi quando o rapaz iria me responder mas o interrompi. — Você não do bigode, o sonso do seu amigo!

Para alguém que é irmã do Scarpa, você é bem metida, Hadassinha. — Ditou enquanto ria debochadamente da minha cara, como se eu fosse uma idiota.

— Parou os dois, mal se conhecem e estão para se morderem aí. — Scarpa interrompeu a briga e o tal Piquerez apenas assistia a cena sem saber o que dizer. — Vocês dois não vieram para jogar? Então vamos jogar.

— Que seja! Vou terminar alguns rascunhos, qualquer coisa me grita que eu venho. — Sai da sala com os nervos a milhões, já não bastava o Gustavo mais cedo agora ele. Que dia, meu Deus.

Já se passavam das duas da tarde e as crianças ainda jogavam, como eles não cansam disso? Me locomovi até a cozinha para preparar algo para comer e simplesmente esbarro em alguém derrubando um copo de vidro.

— Puta que pariu, Scarpa vai me decapitar.

— Presta mais atenção, cara. Olha o estrago! — Me agachei para pegar os cacos de vidro, e percebi que o homem também se agachou para pegar, ele foi rápido em pegar todos os pedaços espelhados e colocar no lixo.

— Desculpa de verdade, não te vi. — O moreno demonstrou estar se sentindo culpado pelo o incidente.

— Está tudo bem, relaxa. Depois eu falo para o Scarpa que quebrou enquanto eu lavava. — Joguei o resto que havia sobrado no lixo, e lavei as mãos.

— E desculpa por te chamar de patricinha mimada, o Veiga me falou tão mal de ti que desconfiei. — Como é? Aquele ridículo foi fofocar mal de mim para todo mundo? Ele vai me pegar.

— Seu amigo é um pau pequeno, tomara que o Abel não coloque ele ao menos de reserva nesse próximo jogo! — O rapaz riu com minhas ofensas e me senti envergonhada por fazer a mesma coisa que Veiga.

— Não jogue praga, precisamos deste pau pequeno jogando. Ou vamos de arrasta para baixo no campeonato, Hadassa! — Gargalhou mais uma vez antes de sair.

— Até que você não é tão feio, Pique. — Falei para mim mesma, poderia usar isto de uma ótima forma.

São Paulo, 08:49 PM / Sexta-feira.

— Vamos Hadassa, você ficará com a Sarah em uma área vip. Não corre risco de você se perder ou algo do tipo, não tem tanta gente por lá. — Gustavo insistia em querer me arrastar para assistir sua partida contra um time que eu não sabia quem era. Eu tinha que enviar um último rascunho para a empresa que eu tentava conseguir um emprego.

— Você sabe que nem do Palmeiras eu gosto, né? Não faz sentido uma corithiana ir assistir um jogo do rival e torcer para o rival. — Torcia para o Corinthians desde que me conhecia por gente e nada nesse mundo iria me fazer mudar de time.

— Infelizmente tenho que conviver com uma sofredora em minha casa, mas não posso negar ajuda à uma pobre e humilde garota. — Gustavo grunhiu quando recebeu um tapa estralado em seu braço. — Que mão pesada, Hadassa!

— Já disse que não, e se eu for. Farei o favor de usar a majestosa blusa do timão! — Gargalhei quando o homem fez uma careta de reprovação.

— Nem ouse sair de casa com isso no corpo, pode ficar em casa!

— Agora eu irei só para o outro time golear vocês.

— Nunca nesse mundo, vai esperando sentadinha Hadassinha.

  — Estou um pouco sem tempo e um bloqueio criativo gigante

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— Estou um pouco sem tempo e um bloqueio criativo gigante. Mas aí está mais um capítulo, vão ler o novo livro que publiquei. Estarei fazendo pedidos também! Até a próxima, amores. ❤️

𝐔𝐌𝐀 𝐆𝐑𝐈𝐍𝐆𝐀 𝐌𝐄𝐓𝐈𝐃𝐀 - 𝖱𝖺𝗉𝗁𝖺𝖾𝗅 𝖵𝖾𝗂𝗀𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora