⠀⠀⠀⠀ ⠀𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈 𝐔𝐌 𝐀𝐑𝐑𝐄𝐏𝐈𝐎 𝐏𝐄𝐑𝐂𝐎𝐑𝐑𝐄𝐑 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐄𝐒𝐏𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐃𝐎𝐑𝐒𝐀𝐋, ouvir a voz de alguém que tinha medo, pavor, após anos é aterrorizante. Ainda estava com receio de me encontrar com o senhor Phelipe. Meu pai sempre foi um homem difícil de lidar, parecia uma criança birrenta em certos momentos por querer tudo do seu jeito e isso ocasionava em variadas brigas, entre ele e eu. Uma vez precisei dormir na casa de uma amiga, pois ele jogou meus pertences na rua por eu me recusar a cursar direito criminal, ficamos dois meses contados sem nos falar. Só voltamos a conviver no mesmo ambiente quando minha mãe brigou com ele e comigo pelo os dois serem dois orgulhosos e egoístas, ditou em nossas caras dizendo que estávamos estragando o ambiente de paz trazendo tantas guerras atoa, e realmente estávamos, mas o homem nunca dava o braço a torcer. Ele só cedeu por sempre dar ouvidas a esposa, pois do contrário, estaríamos brigados dês de então.
Um crianção.
— Garota você tá' mais branca que a minha parede. O pai não vai te comer viva não, respira! — Gustavo abanou meu rosto com uma almofada, para que eu podesse me acalmar, minha respiração estava acelerada.
— Scarpa eu estou com medo, de verdade cara! — Com expressão de choro e desespero, abri meus olhos após um tempo com os mesmos fechados afim de me concentrar em concertar a velocidade do meu fôlego. Estava com as bochechas avermelhadas e a testa úmida pelo suor.
— Como é dramática, se não te conhecesse diria que você é atriz da Globo, sabia? — Jogou a almofada no meu colo se deitando no sofá despojadamente e despreocupado.
— Como é piadista. Já tentou entrar em um circo, palhaço risonho! — Devolveu o objeto ao rapaz da mesma forma que ele havia lhe entregado.
— Estou falando sério, Hadassa! Você está fazendo uma tempestade em um copo de água por causa disto. O pai só quer dialogar com você e saber o do por que voltou tão inesperadamente. — Por um momento eu entendi o que Scarpa queria falar, estava tirando o medo que me condenava naquele instante.
— Não é assim tão fácil, o pai me expulsou de casa como se eu fosse um saco de lixo, apenas por não ser uma bonequinha dele. Isso é um saco! — Passei a mão pelos fios capilares bagunçados e arrepiados. Minha atenção foi até a porta, a campainha foi tocada e o som dela foi escutada rapidamente. — Você está esperando alguém?
— Eu não! Você está? — Fez uma expressão se confusão quando respondi que não. O garoto se levantou para descobrir quem era e me senti como uma garota assustada como minutos atrás.
— Marcos? Oxe moleque, não estava em Londres? — Se já estava entrando em pânico antes, agora estava em pânico e ansiosa. Marcos foi alguém marcante na minha vida, não só na minha como de Gustavo, os dois eram melhores amigos quando pequenos e eu era apaixonada pelo mesmo, quando completei dezesseis anos Marcos confessou que tinha sentimentos por mim e eu fiz o mesmo, aproveitar o momento para dizer o que guardava a tempos. Com isso, eu e o rapaz começamos a namorar escondido de todos. No começo era tudo lindo e perfeito, ele era carinhoso, respeitoso, romântico e afins, até ele conhecer Raquelly. Essa garota começou a se introduzir no nosso relacionamento como se fosse a namorada de Marcos e eu parecia ser a intrusa da relação. Não demorou para que ele começasse a me deixar de lado e sempre estar com a Raquelly, até que eu descobri que ele havia ficado com a tal enquanto ainda estávamos juntos. Me senti horrível, terminei com o mesmo e passei meses arrasada com o acontecimento, quando comecei a me recuperar emocionalmente o tal voltou com a história de que estava bêbado e a garota se aproveitou dele, a última coisa que eu fiz foi acreditar em suas palavras, para me livrar do indivíduo comecei a sair com outros garotos da minha idade e os beijar na sua frente, por um tempo até deu certo mas depois ele começou a fazer o mesmo. Sabendo que ainda tinha poder sobre mim.
Ele sabia que eu ainda não havia me recuperado completamente e fez afim de me machucar, de início eu sentia um certo ciúmes mas não durou muito para que eu desenvolvesse pena do seu teatro. Só me livrei definitivamente do homem quando ele foi para Londres, para fazer sua faculdade de medicina onde ficou por longos 6 anos estudando, precisei fazer algumas sessões de terapia por adquirir medo de confiança em alguém e socializar. Agora em ver Marcos depois de anos, me fez voltar ao pesadelo de antes.
— É irmão, eu terminei a faculdade! — Disse alegre e avançou para abraçar o amigo, que retribuiu rapidamente, só assim foi possível o homem me notar ali sentada e paralisada.
— Hadassa, é você? Caraca como você mudou! — Se afastou de Scarpa e tentou se aproximar de mim, mas me levantei e me distanciei um pouco dali.
— Não chega perto de mim. Nunca mais pense em dirigir a palavra a mim! — Apenas peguei meu celular que estava no sofá e saí da casa o mais rápido possível. O choro já ocupou o lugar da minha fala, não queria ficar ali por mais tempo. Não iria aguentar escutar a voz daquele homem de novo.
— Pequeno, porém quero ficar atualizando sempre a fic. Beijinhos e até a próxima, não esqueça de deixar uma estrelinha e comentar!!💗
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𝐔𝐌𝐀 𝐆𝐑𝐈𝐍𝐆𝐀 𝐌𝐄𝐓𝐈𝐃𝐀 - 𝖱𝖺𝗉𝗁𝖺𝖾𝗅 𝖵𝖾𝗂𝗀𝖺
Romance⠀ ⠀𝐂𝐎𝐌 𝐒𝐄𝐔𝐒 19 𝐀𝐍𝐎𝐒, foi obrigada a morar com sua tia nos EUA, Nova Iorque, por seu comportamento hostil e desleixado. Seu pai, Phelipe Furtado Scarpa, decidiu lhe colocar em um internato para adolescentes rebeldes e deixá-la longe das "...