5. The Pool

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Bom diaaa

Aqui vai a att!

Boa leitura❤️

💎

Uma semana já havia se passado desde que chegaram à Sicília e tinham feito um progresso considerável até então, Harry estava mais elegante e gracioso, seu porte tinha melhorado e já começava a se parecer com o filho de um ricaço. Naquela manhã de sexta-feira, ele sorriu ao se aconchegar na espreguiçadeira, o sol do Mediterrâneo estava alto no céu azulzinho e sem nuvens, a água do mar reluzia abaixo do penhasco e a piscina diante dele era convidativa para um banho na água fresquinha e até Scar estava interessado, pois estava na borda e vez ou outra aproximava a patinha da água, querendo pegar uma folhinha que boiava ali. O dia estava agradável e Harry ainda nutria o desejo de descer para a praia, mas Louis tinha acordado bastante mau-humorado naquele dia e nem mesmo lhe desejou uma boa manhã ou tomaram café juntos. Ele só apareceu, fez um chá e sumiu. Sem ele, Harry não tinha como praticar e considerava que estava de folga.

Desde que chegou ali teve alguns avanços com Louis, não sexuais, ainda não haviam se tocado - mesmo que ambos quisessem muito - e se provocavam com bastante frequência. Naquele aspecto, nada tinha mudado. Os avanços que Harry considerava mais significativos foram em relação a Louis, o homem, aquela criatura misteriosa que habitava a mansão e vez ou outra saía da cobertura da varanda para um banho de piscina e que passava a maioria do tempo dentro de casa, nas sombras, sendo o principal consumidor da Marlboro. Ele ainda era uma incógnita para Harry, uma figura de poder muito atraente com seu porte dominante e bens de luxo, alguém que mexia muito consigo, mas também era muito fechado e solitário e aquilo o intrigava profundamente, queria saber os motivos. Louis foi casado, poderia ter filhos? E sua família, por que nunca falava deles? De onde vinha sua fortuna? Por que era tão frio e rabugento?

O cara era uma esfinge. Harry ainda tentava decifrá-lo, queria entender aquele homem misterioso com quem estava dividindo a casa temporariamente e querendo ou não estava se tornando um amigo pela convivência. Eram apenas os dois ali, era inevitável não criar um vínculo, e Harry ficava muitíssimo curioso para saber mais. Poderia ser tagarela, mas era bastante observador, e percebeu que Louis era um homem cansado, notava que a maioria dos seus sorrisos não chegavam aos olhos e que ele era muito rabugento, fechado em si mesmo, em sua vida solitária, e Harry supunha que aquilo era a consequência de alguma mágoa e que não queria falar do passado para não chegar ao momento em questão. Não queria tirar conclusões precipitadas, mas era a sua impressão depois de uma semana e, se no começo achava que ele era mau, agora já não pensava mais daquela forma.

Obviamente, sabia que Louis não era honesto e que fazia coisas apenas para mostrar que podia, que ele controlava tudo e estava no topo do mundo, ainda que fosse um topo solitário. Ele preenchia sua vida daquela forma, girando ao redor do poder, provando seu poder e em busca de mais, era ganancioso e não se contentava com o que já tinha, parecia que havia uma fome dentro dele, uma vontade devoradora de ser o maioral. Aquela faceta assustava Harry. Ok, ele sempre foi ambicioso e quis subir na vida de todo jeito, estava no esquema de roubar o diamante porque Louis lhe disse que ficaria milionário, e aquilo já lhe bastaria. Com milhões no bolso, poderia investir para manter ou multiplicar sua renda e continuar em um padrão de vida confortável, mas não pretendia ficar naquela coisa de mostrar que podia porque estava bem ciente que não podia nada.

Admitia que o poder o encantava e o atraía muito, ainda mais quando a personificação dele era um moreno de olhos azuis muito sexy, e era difícil resistir ao magnetismo de Louis ou de tudo que ele simbolizava, mas Harry tinha certeza de uma coisa: não queria se tornar ele. Não queria viver sozinho, ainda que em uma mansão na Sicília, não queria ser tão fechado ou ranzinza, ele só queria dinheiro, bastante dinheiro, e não viver em um ciclo vicioso que precisava provar a si mesmo seu próprio poder. O dinheiro lhe daria poder, era um fato, mas para que se prestar aquilo? Sabia que teria, e todos ao seu redor também, se mostrar não mudaria nada. Era um lado de Louis que não conseguia entender - na verdade, não entendia praticamente nada daquela criatura - e ficava assustado.

The Black Cat • Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora