Katerinne.
─ Mas eu vou lá fazer o quê? ─ olhei pra minha amiga questionando.
─ Me fazer companhia, ué. Trevor sai as onze em ponto e depois podemos almoçar.
─ Hum, não sei não. Chama a Mônica pra ir com você. ─ respondi enquanto tirava a poeira da parte de cima do meu guarda roupa.
─ Deus me livre, da última vez que levei ela morri de vergonha. A cada cinco segundos dava em cima de um soldado, ela foi assunto por três dias. ─ disse Clarice enquanto sentava em minha cama.
Eu ri.
─ E como sabe que eu não vou fazer o mesmo? ─ indaguei.
─ Ah para, você é assim doidinha mas tem noção das coisas. Vai, por favor. Fico te devendo. ─ ela fala fazendo biquinho. Que droga, sempre caio nessa.
─ Tá, eu vou, mas nada de ficar apresentando os amigos do Trevor.
─ Prometo! ─ ela responde empolgada.
E assim eu terminei a limpeza e meia hora depois estávamos indo pra base militar esperar Trevor. Trevor é o namorado da minha amiga Clarice, se conheceram no Tinder e depois do terceiro encontro ele a pediu em namoro e desde então os dois não se desgrudam. Eu evito andar com eles porque sempre me jogam um olhar de pena ou pra cima de alguém, e eu estou cansada disso.
Chegamos em frente a base bem na hora da saída. Tenho que admitir a maioria dos caras aqui parecem modelo, acho que o requisito pra se alistar deve ser bonito e construído feito uma parede. Eu os olho mas não travo meu olhar com nenhum deles, apesar de não ser uma cagona em flertes esses caras as vezes dão medo e me deixam com vergonha.
─ Oi, amor. Bem na hora. ─ olho para frente e observo Trevor entrar no carro e dar um beijinho em Clarice. ─ Oi, Kate. ─ ele me cumprimenta com um sorriso.
─ Oi, Trevor. ─ falo sorrindo de volta.
─ Se importam da gente passar no hospital dos veteranos? Preciso dar uma carona pra um amigo. ─ ele pergunta incomodado.
─ Claro que não, você se importa, Kate? ─ pergunta Clarice olhando pra mim e franzo o cenho. Que raios de pergunta é essa?
─ De jeito nenhum, aproveito e vejo como é lá dentro. Tenho uma curiosidade enorme. ─ me animo em instantes.
─ Você e todos os civis. ─ comenta Trevor dando uma risada e eu mostro a língua pra ele.
O lugar não era longe, chegamos em quinze minutos e fiquei maravilhada assim que entrei. Claro, é um hospital de veteranos e muito triste tudo que aconteceu com esses homens, mas eu achava fantástico o trabalho da equipe. Passamos por dois corredores até pararmos em um e entrarmos. Havia dois homens. Um estava em cadeira de rodas e tinha apenas um braço, outro estava parado em frente a ele conversando sobre alguma coisa. Trevor falou um nome e o que estava em pé se virou e nossa... que porra de homem bonito. Balancei a cabeça pra dissipar a névoa de pensamentos e fiquei observando calada, coisa rara já que falo mais que os cotovelos.
─ E aí, Lucca. Tá pronto? ─ pergunta Trevor entrando com toda aquela confiança de sempre.
─ Tô sim, tchau Benjamim. A gente marca aquela bebida o mais breve possível. ─ fala o bonitão se virando e apertando na mão do colega de cadeira de rodas.
─ Tchau, cara. E combinado. Tchau, meninas. ─ ele falou olhando pra Clarice e eu e deu uma piscadela. Eu ri e demos tchau a ele em uníssono.
Nós saímos da sala e caminhamos até lá fora, Lucca não me dirige a palavra mas me olha de um jeito estranho, me sinto inquieta. Clarice volta ao posto de motorista com Trevor ao seu lado e eu vou atrás junto com a parede; ops, com o Lucca. Fico olhando pela janela até que paramos em um restaurante e descemos para almoçar. Fico surpresa pela escolha deles de estabelecimento, acho que Clarice quer me agradar. Pegamos uma mesa boa e sentamos todos pegando o cardápio. Eu não sabia o que escolher mas Clarice teve iniciativa e pediu por todos nós.
─ Hum, vamos querer a feijoada, salada e os acompanhamentos, por favor. ─ disse ela ao garçom. Ele anota tudo e pergunta se queríamos algo pra beber. ─ Todos concordam com refrigerante ou vão querer outra coisa? ─ concordamos com tudo o que ela pediu e esperamos o pedido ficar pronto.
Eita que soltei o primeiro capítulo. Quanto mais rápido vocês comentar e votar mais rápido eu solto o segundo. Valendo!
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Um militar em minha vida
RomanceKaterinne é uma garota insegura e falante que não imaginava que o amor poderia bater a sua porta. Por ser gordinha, seus pensamentos a fazem ficar paranóica quanto a homens que se aproximam dela. O que a mesma não sabe é que Lucca - um militar realo...