Capítulo 10.

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Katerinne.

─ Lucca, tá tudo bem? ─ perguntei preocupada, ele me arrastava dando passos rápidos, quase não o acompanho.

 
Ele me leva até uma mesa perto da piscina, daqui dava pra observar de tudo um pouco. Os funcionários, crianças brincando, as mães correndo feito doidas com medo delas se machucarem, um casal de idosos trocando olhares apaixonados. Mas, não entendi o porquê de Lucca me trazer de forma tão apressada.

─ Eu tô bem, eu só... ahh, você me deixa confuso e frustrado. ─ confessou passando as duas mãos no rosto.

─ Não entendi.

─ Katerinne, eu esperei mensagens suas, alguma ligação, um recado por alguém. Qualquer coisa pra saber se você ainda tá afim de um encontro, mas não veio nada. Não queria explodir assim mas tô agoniado.

Ele esperou mensagens minhas? Nossa, agora me sinto mal.

─ Desculpe, aconteceu muita coisa. Não tô acostumada com alguém querendo saber notícias minhas então não te mandei nada.

─ Você é impossível! Que mulher difícil, meu Deus! ─ ele fala indignado, eu rio. Era novidade alguém se interessar tanto em mim.

─ Me desculpe, de verdade.

─ Só há um jeito de te desculpar. ─ falou ele sério.

─ Qual?

─ Assim...

Em segundos ele cola o corpo no meu e toca nossos narizes. Meu coração parecia que ia sair pela boca. Porra, ele vai me beijar. Seus olhos pediam permissão pra continuar e eu prontamente deixei, beijei caras por menos. Até mesmo os que me usaram, porque não deixar um lindo homem desse que pelas palavras me deseja me beijar? Eu estou disposta a muito mais, não irei mentir. Assim que nossos lábios se tocam eu senti uma satisfação enorme. Só senti isso uma vez antes, e foi quando logo comecei a ter relacionamentos. Dizem que a química é difícil de se encontrar. O beijo se aprofundou e assim que senti que devia parar eu parei, ele obedeceu e fez o mesmo. Fiquei com tanta vergonha que minha vontade era desviar o olhar, mas fui firme e o encarei. Dessa vez eu não fugiria.

─ Eu sabia que seria bom, mas foi incrível. Obrigado, Kate.

─ Obrigado? Tá doido, eu também gostei muito. Tô envergonhada, preciso ficar longe de você uns momentos. ─ dei uma risadinha nervosa, ele concordou meneando a cabeça mas o sorriso em seu rosto era grande.

Me virei e saí tentando processar tudo. Caramba, eu beijei um puta gato e ele gostou disso. Finalmente fui exaltada uma vez na vida. Não percebia que escancarava um sorriso até fechar minha expressão ao ver minha mãe. Ela vinha pisando duro e com cara de poucos amigos.

─ Quando finalmente te vejo agarrada com um homem me decepciono por você não saber escolher.

─ Bom dia, mamãe. Eu tô bem a propósito.

─ Que bom dia que nada, o que fazia com aquele aleijado?

Minha boca escancarou aberta. Aleijado? Olhei para trás e um muito surpreso Lucca olhava pra cena. Mas que situação constrangedora e idiota.

─ Mãe, pelo amor de Deus. Ele não é um aleijado, não é porque ele tem uma prótese que o torna menos homem, comeu chumbo no café da manhã? ─ disse indignada, eu não ia deixar barato dessa vez.

Lucca foi gentil comigo, nem mesmo notei que ele estava de shorts mostrando sua prótese. É algo que meus olhos acompanham, mas realmente não ligo pra esse tipo de coisa.

Um militar em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora