Capítulo 3

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Quando eu pedi pra Bella ajeitar a casa, nem de longe imaginei que ela faria tudo isso.

Da pra ver que mesmo um pouco contrariada, a Ju amou tudo.

Cada detalhe, traz muito de nós dois.

Não sei o que eles fizeram pra gente jantar, mas o cheiro ta bão demais.

- Nossa filha já é muito amada Ju. – Vou até ela, beijo sua barriga e a puxo pela mão. – Vem, tem mais coisa na cozinha.

Ela vem toda saltitante, parece uma menina que ganhou um brinquedo novo.

Mas de repente ela para, solta minha mão e dá um grito.

- Eita peste.

Olho pra ela assustado.

Está parada no primeiro degrau que da acesso a cozinha, com as pernas presas, toda vermelha e olhando pra baixo.

- Oxe, que foi agora Juliette?!

Ela continua imóvel e nem sequer olha pra mim.

- Vida, o que foi?

Vou me aproximando e ela grita de novo.

- Nem pense em chegar perto de mim Rodolffo.

Balanço a cabeça confuso. Essa mulher ainda vai me deixar doido,trem!

- Juliette, da pra você me dizer o que está acontecendo. Até dois minutos atrás cê tava feliz, trem. Agora ta ai, toda bicuda comigo, e eu nem sei o que fiz.

Ela respira fundo e ainda sem olhar pra mim responde baixinho.

- Eu fiz xixi...

Não consigo me controlar e solto uma gargalhada alta.

- Hahahahaha. Ô trenzinho custoso viu, se não tivesse parado pra arengar comigo, não tinha acontecido isso.

Ela me olha brava e fala quase gritando de novo.

- Rodolffo, não me irrite mais, visse!

Ainda sem conseguir controlar a risada me aproximo e a pego no colo.

- Me coloca no chão agora Rodolffo.

Ela tenta me bater, mas desiste quando a aperto mais nos meus braços e peço pra ela se acalmar.

- Vida, para de ser boba. Cê ta grávida, e essas coisas acontecem.

- Mas eu to com vergonha Piruca. O que cê vai pensar de mim?

- Nada uai. – Olho para o chão e nem está sujo. – Ju, nem sujou o chão e ocê nem ta molhada, deve ter saído só um pouquinho.

Ela esconde o rosto nas mãos enquanto vou me encaminhando para a escada.

- Eu fiquei tão nervosa e agitada com a surpresa, que esqueci do xixi.

Vou subindo a escada devagar e respondo rindo.

- Pode deixar Jully, vou lembrar de contar desse momento pra todo mundo.

Ela volta a tentar me bater, e dessa vez até deixo ela me acertar algumas vezes.

- Piruca, sua sorte é que não posso te prender, viu. Porque se eu pudesse, cê tava era lascado.

Abaixo minha cabeça até o ouvido dela e respondo num sussurro.

- Cê pode me prender sempre que quiser, gata...

Ela se remexe no meu colo. Sei que tipo de pensamentos teve agora, e era isso mesmo que eu queria.

Sempre com Você - O CasamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora