Capitulo 6 - Verdadeiros lúcidos

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Abril de 2014, eu trabalhava numa escola de alunos especiais e passei a manipular as mulheres para conseguir o que queria, tinha aprendido bem com minhas feridas. Tinha conhecido uma garota que era virgem, e aquilo me instigou a me relacionar com ela. E daquela vez tinha conseguido o que queria e foi numa noite quando eu parei para pensar no momento em que acordei com um estalido pulsante na cabeça, fazendo-me lembrar de como havia sido o dia anterior:

      "Ontem eu estava com uma virgem, nunca tínhamos nos visto, conversamos apenas por mensagens e poucas vezes, vejamos... Uma vez só. Chamei-a para vir me ver e já era noite de sexta-feira. Ela nunca tinha trocado mais do que duas palavras comigo. A garota tinha um cursinho para ir, porém deixou o seu compromisso, sua festa pós-curso e veio numa distância um tanto quanto longe para me ver... Á noite... sem nem me conhecer, e o que é mais lúdico, marcamos de ir a um hotel e ela era virgem..."

 

     Com minha expressão dura e drástica de reflexão profunda, fiquei por alguns instantes a refletir o porquê daquela inversão temperamental nas mulheres... Eu não obtive uma resposta exata, mas continuei a analisar a situação e a pensar no que havia acontecido na noite anterior, para conseguir comparar com aquele sábado que amanheceu esquisito... Com uma cena que não em era comum... Continuei a pensar:

     "Estava um frio de rachar os lábios e nos encontramos próximo ao terminal, o hotel ficaria logo ali. Quando avistei a pequena garota, morena, com os cabelos longos, um pouco encaracolados – ela diria com um pouco de vergonha na hora de vir embora, que ele era todo encaracolado e que ela não sabia o porquê ele estava daquele jeito – com os olhos grandes e vivos, a boca levemente desenhada, quase sem lábios, um aparelho fosforescente nos dentes superiores, e algumas espinhas ao redor do rosto. Se sua feição não fosse agradável, e preenchido num tom até fofo, eu diria que ela não era 'bonita', mas a garota era sim... Linda como a inocência das crianças, sem malícia alguma, com seus 1.55 cm, andava com aquelas pernas durinhas sem rumo com as mãos entrelaçadas ao meu braço dobrado no sentido oposto. Caminhamos trocando algumas palavras e risos por cinco minutos. Quando estávamos nos aproximando do bendito Hotel, eu contive meus passos e a puxei pelo braço levemente, mas com a firmeza de quem iria mudar a noite com uma pergunta. Perguntei-a se tinha mesmo 19 anos, e ela me confirmou espantada com minha desconfiança me provocando dizendo que eu era quem deveria ter 16 anos ou menos. Eu deixei passar sua tentativa belicosa e provocadora e continuei a caminhar pesadamente."

 

     É tão engraçado lembrar que eu dissera que iríamos ao Hotel, mas que era para fugir do frio e apenas isso, apenas fugir do frio, conversar mais, caso rolasse algo, um beijo e pronto, acabaria a noite ali, nos conhecendo:

      "Com as chaves na mão, subimos lentamente as escadas do Hotel. De vez em quando casais desciam as escadas de cabeça baixa, com um ar de vergonha alheia, e até mesmo reprovação por estarem ali, curtindo algumas horinhas... Pobres indivíduos, todos nós sabemos que é sempre bom ter momentos de prazer, ainda mais depois de uma semana longa de trabalho árduo. Compreendo que a carne esta numa constante necessidade de possuir outra e satisfazer os seus fleumáticos desejos insaciáveis, que no meu caso era severamente insaciável. Chegamos ao quarto certo e ao entrar ela começou a rir como se não acreditasse no que estava fazendo e logo me chamou de safado. Disse-me astutamente que tínhamos vindo para conversar, logo proferindo suas palavras eu a interrompi com um beijo cheio de energia e envolvi meus braços naquele pequeno corpo moreno. Ela tentava indiretamente se negar ao que estava acontecendo, mas ao mesmo tempo esfregava sutilmente seu corpo no meu, aumentando o calor entre nós. Minhas intenções eram contundentes e minhas mãos mais ainda. Deixei minha mão deslizar de sua nuca às costas, apertando sua bunda farta e um suspiro baixo ecoou no quarto. Foi difícil convencê-la de tirar a roupa, ela me dizia que era virgem muitas vezes, como se quisesse me mostrar claramente o que eu estava prestes a fazer e ela também. Na medida em que eu tentava arrancar suas peças de roupa e possuir aquele corpo incólume, ela me afastava, parecia estar desaprovando meus atos, e dizia que não sabia que seria daquele jeito, e que caso soubesse talvez nem tivesse vindo. Eu calei-a todas as vezes com beijos ofegantes de tirar seu fôlego, enquanto esmagava seu corpo contra o meu, e arranhava sua pele com meus carinhos fervorosos. No momento em que estava para começar, ela travou e quase chorando me dizia que não conseguia, e que sabia que se eu tentasse ela travaria novamente. Minha insistência era eterna e como se eu não estivesse ouvindo-a continuei cada vez mais devagar lhe penetrar. A noite estava tão intensa e úmida, que suando eu lhe vi entregando-se, e sentada ao meu colo enquanto eu me contorcia deitado na cama, ela pode descobrir a mulher que estava dentro de si, presa, imaculada, prestes a se libertar, vir ao mundo e amar."

 

     Eu garanto que fiz da noite dela um dia para nunca mais esquecer, fui seu príncipe e seu amante. Eu nunca soube o que se passou na mente dela enquanto estávamos nos amando e ela se descobrindo. No momento em que fomos embora, ela me parecia a mesma menininha que eu tinha encontrado, porém, ainda mais perdida. Ficarei na torcida para que se encontre, eu estarei no mesmo lugar, caso precisar, porém, ia seguir meu caminho, não conseguia me prender a ninguém mais depois da Júlia.

 

 

 

 

O Amor Usa Batom VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora