Nunca fui tão psicodélico na minha vida. Nunca mesmo. Meu modo de me entregar a uma mulher no começo do relacionamento era comum. Com todas acontecia a mesma coisa: "Oi", "Como vai?", um beijo demorado, uma trepada e pronto, me apaixonava. Não tinha como fugir dessa regra, ela era exatamente pontual nos meus dias de paixão, como uma prisão que me deixava um cara chato, dependente, ciumento, obsessivo. Nossa! Deveria ser horrível namorar comigo, e mesmo assim sempre fui namorador, talvez no fundo elas gostem de um idiota inseguro como eu. Mas a Júlia foi diferente, eu não conseguia descobrir do que ela gostava, e isso se tornou uma montanha russa com defeitos de funcionamento e assassina dentro de um parque de diversão, que foi meu coração, onde ela brincou.
Meu horário de trabalho era uma beleza, entrava tarde e saia cedo. Das 8 às 14, eu era um mero aprendiz - trabalhar e estudar - bom, assim que todos nós pensamos não é mesmo? Aquele curso de conduta de trabalho, ética e não sei o que era um porre, eu preferia beber cerveja no intervalo e estender ele até dar o horário, pois ninguém fiscalizava a presença mesmo.
As coisas estavam no eixo, ganhava pouco, mas dava pra sobreviver, o tempo de colégio estava acabando e logo viria a faculdade, eu estava ansioso só tinha um problema: eu não sabia o que ia estudar. Puta merda, o tempo corria e era época de escolher o que estudar, e eu não tinha ideia do que escolher. Minhas opções eram: Direito, T.I, Filosofia e Letras. Totalmente diferentes, e eu nunca entendi meus gostos, e nem queria, era a maior loucura, porém, a maior loucura estava na cabeça das garotas que vinham de longe trepar comigo. Sempre tive muita sorte, não posso negar.
Numa tarde no meio da semana, combinei com uma garota de ir para minha casa. Ela estava apaixonada por mim, mas não queria demonstrar, e eu dei de ombro, ela não era tão bonita assim para eu querer o seu amor. Encontramo-nos na tarde desse dia no shopping, andamos até um sofá e pronto, ficamos sentados por um tempão. Era muito estranha, a menina não abria a boca, era muito mandona e chata, tinha cara de bulldog, brava, e era todo tempo irritadinha. Eu odiei, mas continuei com ela, aliás, no próximo encontro seria na minha casa, e tudo ia ficar bem.
Alguns dias ou semanas se passaram e eu me encontrei com ela novamente no mesmo shopping, de lá fomos para minha casa. Ela não falava muito, parecia muda, e quando eu tentava beijá-la, parecia que não estava gostando, me dava um selinho e ficava no seu canto, era bem estranho. Eu não tinha muito que fazer, se ela queria ficar quieta eu deixaria. Sua expressão era de brava e me dava calafrios, eu tinha medo de fazer ou dizer algo que ela não gostasse, será que ela me bateria? Logo chegamos em casa e ela foi entrando naturalmente, não dizia nada, ia seguindo seus passos, e eu a levei até meu quarto, não tinha cerimônia alguma, fomos direto ao ponto.
Comecei tirando sua blusinha, ela não dizia nada, eu beijava-a e ela não correspondia, não me afastava, porém, não correspondia, era como se estivesse beijando a mim mesmo, sem atrito e sem química, esquisito pra caramba. Continuei, joguei sua blusa no chão e desci para seus seios, eram pequenos, mas redondinhos. Ela era branquinha, mas o bico dele era tão marrom que estranhei. Chupei e logo voltei para sua boca, parecia estar melhor. Peguei na sua bunda que não era lá essas coisas, mas dava pra apertar com vontade e sobrava carne na mão. Enchi a mão algumas vezes e tirei as suas calças. Sua calcinha era rosa, estava escuro no meu quarto, mas eu conseguia distinguir as cores.
A deitei na cama e toquei no meio das suas pernas, tirei os dedos subitamente, estava muito molhado, como uma torneira aberta jorrando água, estranhei novamente, nunca tinha visto ficar tão úmido assim, em tão pouco tempo, quase perdi a vontade, mas como um guerreiro que eu era, permaneci em ação. Fui por cima, e ela montou em mim, foi normal, continuamos e eu nem cheguei a suar. Virei-a de bruços e fui por trás, não sabia se ela ia deixar, mas penetrou com facilidade e eu segui em frente, era como se estivesse na frente, estava folgado e quente. Senti minhas coisas ficarem molhadas, mas não como a lubrificação habitual, era muito mais quente e espesso, continuei e não liguei. Trabalhei bastante e finalizei, não dei importância para se ela tivesse tido prazer, queria matar a minha vontade e nada mais do que aquilo. Era o efeito pós-júlia que eu estava começando a viver, na minha cabeça, eu não me apaixonaria nunca mais.
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O Amor Usa Batom Vermelho
RomansaEste é meu primeiro romance. Uma adaptação do livro “P.S. Amor”, onde acoplo os contos nele constituídos em uma cronologia lógica e atemporal ara dar sensação de tempo. Contando com o alto teor biográfico das cenas, o conteúdo passa a ter sua origin...