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Enquanto o carro ia rumo ao restaurante, eu ia pensando porque deixei meu avô tomar as rédias assim da minha vida. Na verdade eu sei, chantagem emocional.
Meu avô me criou desde pequeno, sempre cuidou de mim, com muito carinho e fez de tudo para eu ter um futuro brilhante, estudei por anos fora da Coreia e quando voltei, fui seu sucessor no grupo financeiro da nossa família.
Eu devo respeito e lealdade por tudo o que ele fez, porém essa ideia de casamento é completamente antiquado.

Dez encontros e então eu preciso escolher meu Omega? Isso não tem o menor sentido. Pior, eu vou ter que casar, algo que nem em sonho eu queria que sucedesse tão cedo.

— Senhor Kim, chegaremos em torno de dez minutos. — Meu motorista falou.

— Obrigado por avisar, Lee joon. — eu abri um pouco o meu blaiser.

— O senhor não está nada satisfeito com esses encontros, não é?

— Você leu minha mente, Lee joon. A verdade é que eu não deveria ter aceitado essa situação.

— Mas pense pelo lado bom, quem sabe o senhor não encontra alguém legal.

— Impossível Lee joon, eu já tive dois encontros e definitivamente não gostei de nenhuma Omega. Elas são lindas,mas beleza não é tudo.

— Concordo, conteúdo é o que importa.

— Exatamente. Infelizmente elas estão interessadas no meu dinheiro e não em mim.

— Como o senhor descobriu isso? — Lee joon me olhou pelo retrovisor interno e eu dei um sorriso travesso.

— Digamos que eu joguei verde para colher maduro. E elas caíram.

— Ah sim! Espero que esse encontro seja diferente e o senhor se divirta, pois está precisando. — percebi ele estacionar o carro em frente ao restaurante.

— Eu espero que esse encontro seja o mais breve possível. — A porta do carro foi aberta e eu sair.

— Bem vindo senhor Kim!  — o gerente do restaurante falou assim que eu sair do carro.

— Obrigado, meu acompanhante já chegou?

— Ainda não senhor.

Revirei os olhos e entrei no restaurante. Esse estabelecimento até que era agradável. Meu avô realmente pensou em tudo. Fez questão de  fechar cada restaurante em cada encontro, tudo para eu e o ômega nos sentir mais a vontade. Algo que eu tenho certeza que não vai ter da minha parte.

Me sentei na mesa e logo peguei meu celular, resolvi olhar meus emails e tinha várias coisas para responder. Como o ômega não tinha chegado, eu resolvi adiantar o serviço.

— O senhor deseja alguma coisa?

— Uma água por favor.

Continuei a olhar meu celular, o atendente trouxe a água e se retirou. Eu olhei para a porta do restaurante e depois para o horário. O Omega estava atrasado. Se esse omega não chegar em cinco minutos eu vou embora. Para mim, tempo é sagrado.

Bebí um pouco de água e respondi mais um email, foi quando eu senti um cheiro suave de baunilha. Levantei meu olhar para saber de onde vinha aquele cheiro e notei um rapaz, todo de preto, muito elegante vindo na minha direção. Eu não conseguia afastar meu olhar e aquele cheiro estava cada vez mais forte.
Assim que ele chegou na mesa, eu dei uma bela olhada no seu decote e ele chamou minha atenção com um resmungo, foi quando eu saír do transe.

— Desculpa, boa noite! — eu me levantei e logo puxei a cadeira para ele sentar. Aquele cheiro de baunilha era tão peculiar e inebriante.

— Boa noite, desculpa pelo atraso, eu estava nervoso no carro. — eu me sentei e olhei para ele com curiosidade.

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