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Tornou-se uma coisa normal para Rui levar você a algum lugar no seu dia de folga. Você não se importou desde que gostou muito da companhia dele. Você não tinha nada para fazer de qualquer maneira. Ele parecia gostar de visitar uma livraria em particular, onde vocês dois leriam enquanto tomavam uma bebida. Você imaginou que ele também sentia falta daquela velha livraria como você.
"Sabe... S/n, eu gosto muito de você.", Rui disse um dia de repente.
Vocês dois estavam em um barco, remando em torno de um grande lago que era popular entre famílias e casais jovens. Você estava apreciando a paisagem, e a declaração repentina causou um choque em você.
Você olhou para ele, de repente achando impossível olhar em seus suaves olhos cinza. Você desviou o olhar, concentrando-se na água azul ondulante.
"...Eu também gosto de você. Da sua companhia, quero dizer.", você disse nervosamente.
Rui riu baixinho.
"Estou extremamente feliz em ouvir isso. O que quero dizer é que gosto muito de você. Mais do que alguém sentiria por um conhecido ou amigo. Você entende o que quero dizer?"
Você achou um pouco difícil respirar.
"Eu não sei...", você disse, inseguro.
A mão macia de Rui agarrou a sua, esfregando o polegar em círculos por cima. Você notou que seus dedos eram elegantemente longos. Cada parte dele era tão bonita.
"Você vai me permitir te cortejar, S/n?"
Seus olhos se arregalaram com as palavras e você finalmente olhou para o rosto dele, imaginando se ele estava brincando. Seu rosto continuou sério, enquanto ele olhava para você com uma intensidade que te fazia sentir calor.
Você olhou para baixo, engolindo em seco. Você molhou os lábios nervosamente, tentando chegar a uma frase coerente.
"Rui... você e eu... somos muito... diferentes em status. Ser seu amigo já é mais do que eu mereço. Acho que não devemos ir além disso.", você disse baixinho.
"S/n, nosso status não tem nada a ver com isso. Nós dois gostamos um do outro, não é?", ele perguntou inclinando a cabeça, esperando sua resposta. Seu olhar suave nunca deixou seu rosto, observando cada expressão sua.
Você assentiu fracamente.
Rui sorriu suavemente.
"Então o que você diz?"
"... O que sua família vai pensar?" Você franziu as sobrancelhas com preocupação.
"Não se preocupe com a minha família. Vou garantir que você seja aceito.", ele disse gentilmente, apertando sua mão com a mão quente para confortá-la.
"Então?", Rui perguntou mais uma vez, esperando pacientemente pela sua resposta.
Você suspirou, sentindo-se derrotado.
"Tudo bem, eu suponho..." Suas palavras foram fracas.
Um sorriso deslumbrante floresceu no rosto de Rui, lembrando o próprio sol brilhante. Você suspirou de admiração por sua beleza deslumbrante, imaginando o que fez para merecer alguém como ele quando você era tão simples.
Você finalmente se permitiu ceder aos sentimentos que vinha reprimindo há meses. Você realmente se importava com ele mais do que poderia colocar em palavras.
Rui enfiou a mão no bolso do casaco, tirando o que parecia ser um deslumbrante anel azul esverdeado. Ele silenciosamente o colocou em seu dedo anelar.
Sua boca estava aberta, os olhos grudados na pedra brilhante que brilhava lindamente sob a luz do sol.
"Estou feliz.", disse ele, dando uma risada exuberante.
O Rui agora visitava frequentemente o teu apartamento, almoçava tarde (porque tinhas de trabalhar na padaria) e por vezes jantava contigo. Ele parecia amar tudo o que você cozinhava, tornando impossível para você descobrir qual era o prato favorito dele.
'Minha comida favorita é qualquer coisa que você faça com as mãos, S/n' sempre seria a resposta dele, para sua exasperação.
O Rui gostava de ler contigo sempre que tinha um pouco mais de tempo livre, preferindo deitar a cabeça no teu colo enquanto o fazia. Quem sabia que esse homem era tão direto? Você era tímido no começo, mas aos poucos encontrou coragem para passar os dedos pelos cabelos dele como desejou por tanto tempo. Ele não parecia se importar.
Rui era bastante carinhoso, mas ainda mantinha um nível de modéstia, dando-lhe beijos castos na testa todas as vezes como saudação.
Às vezes, você o pegava olhando para você enquanto ajudava a preparar as refeições, e ele dava um sorriso brilhante que nunca deixava de fazer você corar. Você se sentiu um pouco frustrado com esse fato, já que nunca o pegou corando.
Uma noite, você ouviu uma batida na porta. Isso era incomum, pois Rui havia saído algumas horas antes. Você se perguntou se ele esqueceu algo em seu apartamento enquanto caminhava até a porta.
Para sua surpresa, não era o familiar homem quieto, mas uma jovem bem vestida. Seu cabelo tinha um penteado intrincado e seu vestido branco perolado parecia brilhar na escuridão do corredor.
"Você é S/n S/s?", a mulher perguntou com voz fraca, escovando a franja cor de mel.
"Sim...? Posso saber quem você é?"
A mulher engoliu em seco e disse após um momento, "Eu preciso falar com você sobre algo importante. Podemos... falar lá dentro?"
"Hum, claro."
Você nunca permitiria que um completo estranho entrasse em seu apartamento, mas essa mulher parecia bastante doente, fazendo você se sentir um pouco confiante em sua segurança.
Quando vocês dois se sentaram, a mulher respirou fundo antes de dizer: "Respondendo à sua pergunta anterior... sou a noiva de Rui Zephyrin."
