Capítulo 2

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Porchay

Uma batida na porta de Chay o acordou de seu sono. Ele olhou para o laptop aberto à sua frente e para o teclado que estava usando como travesseiro e gemeu. Ele tinha tantas tarefas para terminar antes do prazo que, francamente, estava se aproximando dele na velocidade da luz e tudo o que ele conseguiu escrever até agora foi 'gghkghjbbnjlllll' e isso provavelmente também foi o resultado de sua cabeça cair no teclado. Outra batida forçou Chay a responder.

"Chegando!"

Ele abriu a porta para encontrar Mini Arm (como Tankhun o havia chamado) parado ali.

"Khun Porchay, você está sendo chamado para jantar."

"Ok, obrigado." Chay suspirou. "E apenas Chay está bem."

"Claro, Khun Chay."

"Não, isso não é..." Chay balançou a cabeça.

Discutir com esse guarda-costas era como discutir com uma pedra. Este foi o primeiro emprego do jovem e ele levou muito a sério todas as instruções que lhe foram dadas durante a orientação. Não importava quantas vezes todos na família lhe dissessem para relaxar, ele permanecia mais rígido que uma barra de ferro.

"Deixa para lá." Chay disse, fechando a porta.

Ele esfregou o rosto sentindo-se bastante irritado. Ele não sabia por que se sentia assim. Talvez tenha sido a pressão dos exames que se aproximam, afinal esta será sua primeira experiência de avaliação universitária. Ou talvez ele estivesse muito preocupado em não ter apresentado ainda, embora já tivesse 18, quase 19. Ou talvez seu humor tivesse algo a ver com o fato de que ele não tinha dormido direito na noite passada. Fosse o que fosse, estava deixando Chay inquieto. Ele pegou o laptop e o carregador e os levou para jantar, esperando conseguir fazer algumas partes de sua tarefa enquanto comia. Se Porsche e Kinn podiam trazer seu trabalho para o jantar, por que ele não poderia?

Assim que Chay entrou no corredor principal, ele sentiu o cheiro novamente. O cheiro amargo, misturado com doçura. Era inebriante e o deixou tonto por um minuto. Kim era conhecido por ter um efeito considerável sobre Chay, mas esse sentimento, quase desorientador, era novo. Ele não sabia se ficava feliz ou aborrecido por Kim, por qualquer motivo, não sentir necessidade de usar bloqueadores de cheiro quando visitava a casa principal.

Naturalmente, Chay seguiu o cheiro até a sala de jantar, onde Kim parecia estar se preparando para sair. Seu lobo ganiu e resmungou quando Kim se levantou de seu assento.

"Eu cuido disso. Apenas fique de olho nisso para mim e... mantenha-me informado." Kinn deu, o que parecia, instruções de despedida.

Em resposta, Kim assentiu e começou a sair. O lobo de Chay o importunava para fazer algo, dizer algo. Qualquer coisa para parar o ômega.

"Você não vai ficar?" Chay deixou escapar quando Kim passou por ele a caminho da porta.

Kim parou e ergueu uma sobrancelha. E Chay, como um idiota, corou apenas com isso.

"E por que eu faria isso?" Kim perguntou em um tom baixo que fez o corpo de Chay tremer.

"Para o jantar." Chay conseguiu sair. "Eu pensei que você ficaria para o jantar."

I Don't Think It's Weird - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora