Capítulo 27

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Kim

Kim caminhou lentamente até a geladeira, as pernas ainda tremendo com as réplicas daquele orgasmo. Ele abriu a porta e pegou duas garrafas de água fria, passando uma para o menino atordoado no chão da cozinha antes de beber da outra. Uma vez que sua garganta seca foi um pouco saciada, ele descansou a cabeça contra o móvel mais próximo e tentou recuperar o fôlego.

"Puta merda." Kim xingou baixinho para si mesmo porque que porra foi essa?!

Ele não tinha gozado com tanta força... bem, na verdade ele nunca tinha gozado com tanta força. Ele nem tinha certeza se tinha parado de vir. Suas pernas continuaram se pressionando, sem o seu consentimento, com a sensação fantasma da língua de Chay ainda sobre ele. Ele podia sentir a mancha saindo dele como se seu cu fosse uma torneira quebrada. Foi honestamente ridículo. Claro, ele não tinha sido comido com tanta frequência. Apenas uma vez, pelo que ele se lembra, e também terminou abruptamente porque Kim ficou desconfortável com o controle que a outra pessoa tinha sobre ele. Mas ainda conseguir um orgasmo tão forte de alguém lambendo (na verdade, lambendo ferozmente) sua bunda parecia absurdo. E, no entanto, aqui estava ele, ainda nadando em sua felicidade pós-orgástica por causa daquele garoto ali, sentado no chão, parecendo desorientado.

Kim supôs que ele deveria ir checá-lo, já que Chay não se movia há uns bons 20 minutos. Mas seu corpo ainda estava se recuperando da intensidade que experimentou e, honestamente, seu cérebro estava meio que maravilhado por esse garoto ter conseguido fazê-lo gozar apenas com o rimming. Ele gostaria de culpar seu cio por isso, mas nem uma vez, nem mesmo durante o cio, Kim jamais gozou sem nenhuma simulação em seu pau ou em sua próstata.

"Deus, Chay..." Kim bufou incrédulo quando ele finalmente se dirigiu ao menino. "... o que... você, hum, assistiu a um tutorial no YouTube sobre como comer bunda enquanto eu estava dormindo?"

"Uhhh... Não?"

O menino riu como se estivesse brincando e Kim se absteve de deixá-lo saber que ele estava falando sério. Ele colocou Chay de pé e o menino tropeçou um pouco, rindo ao cair nos braços de Kim. O próprio equilíbrio de Kim era um pouco instável, mas, felizmente, ele tinha força suficiente na parte superior do corpo para segurar seu bebê alfa até que ele encontrasse o equilíbrio. Ele manteve Chay em seus braços mesmo depois de ter recuperado a capacidade de ficar de pé sozinho. O menino parecia um pouco fora de si, todos os olhos vidrados e comportamento nebuloso e flexível. Ele não havia tocado em sua garrafa de água ou mesmo tentado limpar o queixo que ainda tinha os fluidos corporais de Kim pingando dele.

"Você está bem?" Kim perguntou enquanto se aconchegava no pescoço do garoto, sentindo-se extremamente afetuoso com ele.

Ele teve que esperar por uma resposta por uns bons 5 minutos porque Chay permaneceu solto e flutuando em seus braços.

"Ótimo. Sim... você está bem." Chay murmurou quando estava se sentindo um pouco mais lúcido. "Uh, como vai, umm... como vai você?"

"Eu... bem, uh..." Kim parou.

Ele estava prestes a dizer tudo bem, mas então percebeu que essa palavra não poderia nem começar a explicar como ele estava se sentindo no momento. Ele se afastou um pouco para olhar para seu bebê alfa, que estava inclinando a cabeça e olhando para ele de forma fofa, como se ele não tivesse mudado toda a percepção de prazer de Kim para... provavelmente para sempre. Ele balançou a cabeça em espanto ao observar o sorrisinho idiota do menino e seus olhos curiosos. Ele estendeu a mão para tocar os lábios vermelhos e maltratados de Chay, acariciando-os com o polegar. Sua outra mão foi embalar a cabeça do menino, seus dedos se enroscando no cabelo. Kim queria banhar seu bebê alfa com cada gesto de amor que ele pudesse pensar, o que não era muito considerando quem ele era, para mostrar a Chay o quanto Kim o apreciava.

I Don't Think It's Weird - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora