Ceifador de Almas (Jikook)

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O dia já estava começando com a música "Sex on Fire" tocando alto no meu quarto. A vibração contagiante da música preenchia o ambiente, aumentando ainda mais o meu bom humor ao acordar. Parecia que o dia prometia ser cheio de energias positivas.

Sabendo que Hoseok não sairia de casa hoje, de acordo com o que ele tinha dito anteriormente, senti uma certa tranquilidade.

Decido começar o dia tomando um banho refrescante para despertar completamente e me preparar para as aventuras que estavam por vir. O som animado da música me incentiva a cantarolar enquanto me arrumo, sentindo a empolgação fluir em cada fibra do meu ser.

Pronto e animado para o dia, desço as escadas e vou para a cozinha preparar um café da manhã especial. Quero surpreender Hoseok e retribuir sua boa energia com um momento delicioso juntos.

Enquanto preparo a comida, posso ouvir as batidas da música do andar de cima, indicando que Hoseok já está se animando também. Sorrio para mim mesmo.

Ele sempre foi bem vaidoso, às vezes me sinto meio morto de cuidados com a pele ao lado dele, mas isso não é motivo para eu estar animado, queria visitar meus pais, mas eles estavam em uma viagem comemorando seus anos juntos, então a visita teria que esperar, entretanto não há problema algum pois com isso irei á ONG, irei doar umas pinturas que fiz há um bom tempo.

Preciso pintar!

Separei as pinturas que iria doar, todas com um laço rosa indicando ser presente.

Adentrando o ateliê, meu coração se enche de entusiasmo ao me deparar com uma tela em branco apoiada no cavalete. Com os lábios segurando um pincel, sinto a seda macia das cerdas acariciando minha pele antes de mergulhá-las na tinta. Prendo meus cabelos em um coque despojado, revelando meus braços tatuados e acentuando meu estilo. Minha camisa escura, com os três primeiros botões abertos, empresta um ar de rebeldia à minha aparência.

Com um gesto calculado, começo a projetar uma arte na tela. Movimento o pincel com precisão, criando uma paisagem cinzenta, como se um eterno nevoeiro a pairasse. No meio dessa paisagem, surge um rosto meticulosamente desenhado, com traços bem definidos. No entanto, algo está diferente. Um pano cobre nariz e boca, enquanto um capuz envolve a cabeça, deixando apenas o olhar penetrante e misterioso à mostra.

Aquela imagem desperta uma sensação de familiaridade dentro de mim.

Decidido a pausar por enquanto, deixo a pintura no cavalete e caminho até a pia da cozinha para lavar minhas mãos. Assim que termino, pego as outras pinturas que estavam apoiadas na parede, as acomodo debaixo do braço e saio pela porta.

Entro na minha caminhonete, carinhosamente chamada de Jhonny, e coloco as pinturas no banco do passageiro. Ligo o motor e, enquanto a música suave de "Sunsetz" do Cigarettes After Sex preenche o ambiente, sigo por um trajeto não tão curto.

Enquanto os pneus da caminhonete rolam pela estrada, meu pensamento vagueia entre as árvores de eucalipto à beira do caminho e o dia nublado. A qualquer momento, sinto que a chuva tomará conta do cenário, ampliando a atmosfera misteriosa que paira no ar.

Às vezes eu queria uma companhia amorosa para andar em minha Jhonny e ouvir músicas, talvez até uma possível noite na carroceria...

Volto ao raciocínio lógico ao perceber que passei da ONG, viro a primeira esquina e faço a volta e paro Jhonny em frente. Desliguei a música e peguei os quadros no banco carona, recolhi as chaves, fechei a porta e atravessei a rua.

Entrei no grande local e me deparo novamente com a assistente bonita, se não me engano seu nome é Jasmine.

__Olá, gostaria de deixar esses quadros__digo para ela, enquanto essa me devora com o olhar.