Ceifador de Almas (Jikook)

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Estava sentado no sofá, meus olhos inquietos alternando entre Yoongi e Taehyung, que discutiam em voz baixa no centro da sala. Jackson, encostado na parede, parecia hipnotizado pela porta, como se esperasse que algo horrível acontecesse a qualquer momento. A tensão era quase sufocante, e eu sentia um arrepio subindo pela espinha.

Foi então que tudo mudou. Um vento gélido invadiu a sala, seguido por um ruído estranho e baixo que fez meus pelos se arrepiarem. Olhei para o canto mais distante e lá estava ele — Jimin. Ofegante, os cabelos brilhando em um vermelho vivo, como se fossem chamas. Havia algo diferente em sua aura; ela cintilava com uma força que eu nunca tinha visto antes, mas parecia instável, crepitando como faíscas prestes a explodir. Senti o coração apertar no peito ao ver o estado dele.

— Jimin! — Levantei-me de um pulo, mas hesitei. Havia algo nele que me deixava desconfiado, como se uma sombra maligna estivesse tentando tomá-lo. A escuridão ao redor dele parecia querer devorar tudo.

— Fiquem longe! — Jimin gritou, e o som de sua voz reverberou pela sala, carregando uma força sobrenatural. — Eu não consigo... controlar... — Ele caiu de joelhos, o poder se esvaindo de seu corpo em ondas que me atingiam como rajadas de vento.

Antes que eu pudesse reagir, a porta se abriu com um estrondo, e Hoseok entrou correndo, animado demais para perceber o que estava acontecendo.

— Gente, vocês não vão acreditar no que eu fiquei sabendo...! — Ele parou abruptamente ao ver Jimin daquele jeito. O ar ao redor dele tremulava, distorcido pelo excesso de energia. Hoseok empalideceu, deu um passo para trás e então desabou no chão, inconsciente.

— Hoseok! — Taehyung se lançou em direção ao amigo, ajoelhando-se ao lado dele e verificando o pulso. — Ele está bem, só desmaiou — murmurou para mim, a preocupação evidente em seu tom. Eu continuei parado, meus olhos grudados em Jimin, incapaz de me mover, de respirar direito.

Jackson finalmente deu um passo à frente, mas antes que pudesse chegar mais perto, a porta se abriu novamente, revelando um grupo de capangas. Seus olhos sem vida refletiam a mesma escuridão que envolvia Jimin. O instinto me fez recuar, mas Yoongi reagiu imediatamente, sacando suas lâminas e avançando sobre eles. Jackson não ficou atrás, e logo os sons de batalha tomaram conta do ambiente — lâminas cortando o ar, corpos colidindo, gritos abafados.

Enquanto a luta se desenrolava, eu me ajoelhei ao lado de Jimin, tocando o rosto dele com cuidado. Ele estava quente, como se queimasse por dentro.

— Jimin, estou aqui. Você precisa se acalmar, por favor... — Minha voz saiu trêmula, carregada de uma mistura de medo e desespero. Eu não sabia como ajudá-lo.

Ele ergueu o olhar para mim, os olhos vermelhos brilhando com uma intensidade que eu nunca tinha visto antes.

— Ele está vindo, Jungkook... Olawk está perto. Eu posso sentir... — As palavras dele saíram em um sussurro entrecortado, como se estivesse lutando contra algo que o consumia por dentro. Só de ouvir o nome de Olawk, senti a energia ao redor de Jimin ondular de forma ainda mais violenta.

Taehyung olhou para mim e depois para Jimin, a expressão dele cheia de urgência. — Yoongi e Jackson estão segurando os capangas, mas não sei por quanto tempo. Jimin, você precisa lutar contra isso! — Ele gritou, tentando romper a barreira que parecia separar Jimin do resto de nós.

A luta ao fundo se intensificou, com Yoongi e Jackson enfrentando os capangas de Olawk com tudo o que tinham. Yoongi se movia com precisão, cada golpe desferido com a intenção de incapacitar, enquanto Jackson usava sua força para abrir caminho e afastar os inimigos. Mas algo na atmosfera ficou mais denso, quase sufocante, e eu sabia que a verdadeira ameaça ainda estava por vir.