6.10 - O maldito vermelho

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Olá meus queridos, como estão? Espero que bem! Eu estou trazendo esse capítulo novo para vocês, mas fiquem sabendo que ele está cheio de coisas pesadas, então prepara o coração. A narração está no tempo psicologico, do qual é focado mais nos sentimentos dos personagens e não dá para ver o tempo passando. 

Então boa leitura! Daqui para frente vai ser só loucuraa. 

Os olhos castanhos de Miriam estavam focados no reflexo do espelho, indo mais fundo a cada momento, mesmo com a lâmpada amarela do teto balançando e rangendo ela não voltava à realidade

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Os olhos castanhos de Miriam estavam focados no reflexo do espelho, indo mais fundo a cada momento, mesmo com a lâmpada amarela do teto balançando e rangendo ela não voltava à realidade. Seu rosto cansado, olheiras, cabelo bagunçado e suas roupas sujas. Ela não aguentava mais aquele lugar, aqueles barulhos da boate, as falas de Emy, o olhar vazio de Jack, Dien a encarando como se quisesse dizer ou fazer algo, porém nada fazia. Miriam não suportava mais, não conseguia mais ficar em pé. Pernas fracas, como iria patinar de novo? Se é que iria conseguir fazer isso novamente. A assustou.

Ela se via com os patins, deslizando lentamente no gelo, seus olhos fechavam de cansaço, sacudia as mãos, os ombros e fazia movimentos giratórios com a cabeça. Miriam fitou as pernas vendo que o gelo a tomava lentamente, arregalou bem suas janelas castanhas querendo gritar e não conseguindo. Arrancou os patins, mas o gelo ainda estava subindo, seu corpo ficou paralisado, preso ao chão, congelando aos poucos. O azul subia por sua canela, coxa, chegou a cintura e ela ainda se sacudia, abria a boca para a voz sair, todavia nada saiu. Movia os braços, desesperada por ajuda e quando mirou sua frente lá estava Dien, a olhando sem mover um músculo para a tirar daquele estado.

Miriam viu seu tronco congelar, seus braços e mãos. Uma lágrima descia pela bochecha até que seu corpo virasse uma pedra de gelo, preso à pista de patinação. Dien a encarava, Miriam ainda sentia a dor, o frio, a agonia tão cortante por não conseguir se mover.

— Miriam!

Ela abriu os olhos, se abraçando e olhando para o lado, onde encontrou os olhos azuis de Dien.

— O que aconteceu? — Sussurrou de cenho franzido.

— Eu — observou o quarto em que estava presa, percebendo que só tinha sido um pesadelo. Voltou a mirar Dien. — Eu tive um pesadelo.

Dien se afastou, balançando a cabeça em positivo.

— Imaginei — esticou-se até a mesa de madeira da sala, pegando um copo de alumínio. — Quer água?

— Sim.

Com as mãos trêmulas segurou e bebeu o líquido em desespero, molhando um pouco da roupa. Dien que olhava aquela cena sentiu a culpa o invadindo, por isso desviou para os seus sapatos surrados.

— Tenho uma boa notícia — disse Dien.

Miriam apenas o encarou, baixando o copo até seu colo.

— Consegui ajuda de algumas pessoas para a tirar daqui — murmurou.

Os olhos dela se abriram bem e levantaria para pular se tivesse forças para isso.

— Está falando sério? — Falou rápido.

A Centelha CongelanteOnde histórias criam vida. Descubra agora