três

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É pôr do sol e estamos no calabouço. Estou ajoelhada nua de novo como ontem à noite, ouvindo Eric contar tudo o que aconteceu entre nós. Ele descreve quão doce e molhada e rendida minha boceta estava, e eu me sinto ficar ainda mais molhada com este anúncio, mesmo quando meu corpo fica vermelho de vergonha.

— Você a marcou? — Rafe pergunta.

 — Marquei. 

— E ela aceitou sua reivindicação?

 — Oh, sim, — diz ele, orgulho masculino inconfundível em sua voz. 

— Bom. 


Eu estremeço quando Rafe pressiona a bengala sob meu queixo e ergue meus olhos para os dele. — Escolha outro homem, — diz ele.

Estamos reduzidos a dois outros homens e Rafe. Eu penso no que Eric disse ontem à noite sobre como eu deveria escolher Rafe a seguir, porque ele ficará mais selvagem quanto mais nos aproximarmos do Sábado. Quero perguntar o que são, embora eu saiba. Mas isso é loucura. O que estou pensando não pode ser real. Eu tento manter minha negação, mas está ficando mais difícil.

 
A maneira como eles me morderam para me marcar e minha estranha resposta à mordida deles. É como se eles estivessem exercendo domínio, e eu estou finalizando. Não é uma escolha consciente da minha parte. Eu simplesmente fico subjugada sob seus dentes.
Depois, há a carne quase crua. A lua. A coisa estranha com os olhos deles...

 
— AGORA! — Rafe vocifera. — Escolha. 


Estremeço, percebendo que acabei de sair da zona. Não posso escolhê-lo. Eu sei que provavelmente é verdade que ele será muito selvagem se eu esperar, mas estou com tanto medo desse cara que simplesmente não posso. Olho para os dois homens restantes. Ambos estão me estudando de uma forma calma e avaliativa.

— Não importa. Apenas escolha por mim, — eu digo, derrotada. Não suporto ser forçada a escolher meu destino todas as noites, sem saber o que estou recebendo. Parece muito com a Roleta Russa, mesmo que eu saiba que Rafe é a bala.

Rafe me levanta do chão e me joga na mesa de couro onde eu estive na primeira noite.

 
— Não, Mestre, por favor... — Eu me esforço para me levantar, mas ele é mais rápido do que eu. Ele é mais rápido que qualquer humano. Gemo quando ele me amarra pelo estômago. Vai até à parede e pega um chicote de um dos ganchos.

 
Chamo a atenção de um dos dois homens restantes e imploro. — Você, por favor... você. — Ele entra e agarra o pulso do líder, antes que o chicote possa cair.

 
— Ela escolheu, — diz ele, baixinho. — É minha esta noite. 

Rafe olha para mim, mas finalmente olha para seu irmão e acena com a cabeça. Eu quase posso ler os pensamentos em sua mente. Eu sei que ele está esperando por seu momento comigo, e está chegando em breve. Todos os outros vão embora, e estou sozinha com o homem que acabou de me salvar do chicote. Ele tem olhos incrivelmente azuis e cabelos loiros de surfista. É todo magro, musculoso e com a elegância e graça de um predador.


O homem silenciosamente me liberta de minhas amarras e me carrega escada acima. Eu pressiono meu rosto em seu pescoço para não ter que olhar para os outros enquanto passamos por eles.

 
Seu quarto é rústico, mas diferente do de Cade. A cama parece esculpida à mão, como se ele mesmo pudesse tê-la feito. Existem tapetes multicoloridos firmemente tecidos por todo o chão. Ele não tem lareira nem varanda, mas tem um grande banheiro privativo.

Three Words (Concluida)Onde histórias criam vida. Descubra agora