Seis: Cachoeira

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— Bom, já está tarde, acho melhor irmos dormir

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— Bom, já está tarde, acho melhor irmos dormir. —  Pediu um tempo depois.

— Tem razão.

— Pode ficar no meu quarto, o sofá é muito ruim e você precisa repousar.

Estava tão envolvida com aquele cenário, que até havia esquecido da minha fratura. Eu tentei dizer que não era necessário, não parecia certo tirar a Samantha do seu quarto, mas ela foi insistente. Acabei cedendo.

— Obrigada por tudo, Samantha. — Comprimi os lábios em um sorriso.

Ela retribuiu.

— Tenha uma boa noite, Melinda. — Me lançou uma piscadela.

— Boa noite.

Levantei e ela se esticou no sofá para se deitar. Fui até o seu quarto e me deitei na cama, encarando o teto por um tempo. Estava pensando na conversa que tivemos agora pouco, no fato dos meus amigos terem me deixado aqui e no tempo que levaria para mim voltar pra casa. Eram tantas informações que mesmo o meu corpo estando cansado, minha mente simplesmente não conseguia desligar.

Demorei horas até pegar no sono.

[...]

Acordei com uma leve dor de cabeça, meu pé latejava um pouco. Meu humor pela manhã já não era um dos melhores, agora então... Piorou! Sai da cama com um pouco de dificuldade e fui procurar pela dona da cabana.

— Samantha?

Senti um cheiro muito forte e agradável de café, encontrei ela de costas para o fogão.

— Tem café?! — Questionei recebendo um "jóia" seu, confesso que essa informação me animou um pouquinho. Enfiei o carão para ver a forma que ela fazia o café. Samantha franziu a testa sem entender toda aquela a proximidade.

— Algum problema?

— Não. — Balancei a cabeça em negação. — Só estou curiosa. Onde você arrumou esse café? — Notei um saquinho com uma porção de grãos.

A mulher arqueou uma das sobrancelhas.

— Numa árvore mágica perto do riacho... Tinha uma senhora cuidando dos grãos de café também, foi difícil roubar dela.

Arregalei os olhos, notei um sorriso surgindo entre seus lábios.

— Que ridícula!

— Pelo amor de Deus, Melinda! Vai me dizer que você estava acreditando? — Apoiou uma das mãos na cintura. — Quantos você tem?! — Começou a rir.

— Não sei... Vai saber.

Fiquei séria esperando sua crise de risada passar.

— Desculpa! Mas é que as vezes você age como se eu fosse um extraterrestre. Alguém de outro mundo só porque vivo no meio da natureza.

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