Dez: Longa Viagem

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Acordei e a primeira coisa que me ocorreu foi olhar para o relógio

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Acordei e a primeira coisa que me ocorreu foi olhar para o relógio. Eram 5:15 da manhã. Estava um friozinho, mas sabia que quando chegasse na floresta o tempo estaria pior. Optei por uma calça jeans, uma blusa de lã preta gola alta e um tênis. Precisava estar o mais confortável possível.

Não estava com fome, terminei de me aprontar às 6:30. Enchi um copo térmico com café e desci para o andar de baixo do prédio onde vivia.

— Bom dia, senhorita Kingston!

— Bom dia, Ramón! — Acenei para o porteiro. — Se alguém procurar por mim, diga que fui resolver umas coisas de trabalho.

— Anotado!

Me despedi indo buscar o meu carro no estacionamento. Cairia na estrada e não voltaria tão cedo pra cá.

Entrei no veículo, coloquei meu celular no suporte para que seguisse o GPS e numa área própria coloquei o copo de café. Enquanto dava partida, notava o momento em que alguém estacionava seu carro, um desconhecido por mim até o momento. Eu vivia aqui faziam uns três anos e por isso conhecia todos que entravam e saíam, provavelmente se tratava da pessoa nova que se mudou pra cá.

Terminei de sair do prédio e dei partida.

Enquanto ia dirigindo, as lembranças dos dias em que fiquei na cabana vinham a tona. Nesses cinco anos, não teve um dia que eu não pensasse em voltar e alguma coisa dentro de mim, impedia. Hoje isso aconteceria de uma forma ou outra, precisava provar não só para os outros, mas para mim principalmente que aquela mulher era real.

[...]

Estacionei o carro horas depois no mesmo lugar de quando acampei. Não podia avançar mais um pouco com o carro, pois a trajetória tinha que ser feito a pé. Depois de tudo que passei nesse lugar, não tinha como esquecer o caminho.

— Eu sabia.

Proferi em um fio de voz depois de andar um tempão para achar essa bendita Cabana. Sabia que aqui era real. Olho em volta antes de colocar os pés para dentro daquele lugar. Penso antes em bater e o faço.

Por incrível que pareça alguém me atende.

— No que posso ajudar? — Uma senhora de idade me encara sem entender.

Confesso que estava ainda mais perdida.

— Ahn, eu sou Melinda. — Apontei para mim mesma. — Vim porque preciso fazer umas perguntas.

A senhora fecha a porta na minha cara. Arqueio as sobrancelhas, e então ouço o som da porta sendo destrancada novamente. Ela abre e me dá passagem para dentro da cabana.

Dentro do local, tudo parecia diferente. Móveis, decoração, absolutamente tudo. Me sentei em um sofá acinzentado, sendo capaz de sentir até as molas dele.

— Vai enfrente, faça suas perguntas. — Seu tom era meio de ogra, se é que posso dizer.

— Bom, só quero saber se a senhora conhece uma mulher chamada Samantha Crawford.

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