Doze: Razão ou Emoção?

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A mulher que eu costumava chamar de Samantha apareceu meia hora depois em ponto

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A mulher que eu costumava chamar de Samantha apareceu meia hora depois em ponto. E tenho que dizer, ela estava deslumbrante em um vestido preto de alcinha colado ao corpo, uma jaqueta jeans por cima e um tênis que se encaixa perfeitamente no look. Totalmente despojada e jovial. Enquanto me vestia com um macacão vermelho e o famoso salto scarpin que particularmente eu adorava.

Estávamos confortáveis, isso que importava. Não queria parecer exagerada, não queria fazer dessa noite um "encontro." Apenas um passeio entre "amigas."

— Você está muito bem. — Proferi com o tom de voz baixo. Um pouco tímida para ser sincera.

— Obrigada, Melinda. Você também está muito bonita essa noite.

Sorri involuntariamente.

— Hum, nós vamos no seu carro ou no meu?

— Pode ser no seu? Eu detesto dirigir, as vezes prefiro mil vezes andar a pé.

— Tem um restaurante há alguns quarteirões daqui, nós podemos ir caminhando se quiser.

— Eu adoraria!

E fomos.

Caminhávamos uma ao lado da outra. Samantha ia conversando com tanta espontaneidade que hora ou outra me pegava observando a forma que seus lábios usavam para formular cada frase.

A cada cinco palavras, três ela se pagava rindo. Sinceramente, me sentia muito bem ao seu lado.

— Licença, senhoritas! — Um homem exclamou atrás da gente, olhamos para trás e não notamos que ele passava de bicicleta.

Nós duas estávamos no meio da rua. A mulher a minha direita me pegou pela mão, me trazendo até a calçada.

— Desculpa! — Ela exclamou após acenar para o homem. — As vezes me pergunto como estou chegando a casa dos quarenta. — Diz em um tom brincalhão. — Sou muito distraída.

— Acho que a maioria de nós. — Sorri.

— Eu mais do que qualquer outra pessoa.

Olhei para baixo sentindo sua mão quentinha, sem perceber avançamos alguns passos de mãos dadas. Ela se afastou me pedindo desculpas. Suas bochechas chegaram a corar.

— Como você disse que se chamava o restaurante? — Tentou mudar de assunto.

— Eu não falei. — Dei uma risadinha. — O nome é The Diner.

— Quanta criatividade para um nome.

— Sim! Parece que eles escolheram o primeiro nome que viram pela frente.

Rimos.

Demorou uns quinze minutos para que chegássemos no restaurante. Assim que entramos um sininho pendurado na entrada tocou, anunciando a nossa chegada. Escolhemos uma mesa ao lado da janela, Samantha tinha a opção de sentar na cadeira da frente, mas ao invés disso ela se sentou ao meu lado.

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