Nirvana.
O que é Nirvana?
Seria a libertação do Samsara? Seria um lugar, um plano dimensional além de tudo que conhecemos, onde a paz zen é eterna e imperturbável? Ou seria apenas um estado de espírito vindo após o estado meditativo mais profundo?
Fosse o que fosse.
Mas para Gouhin Nirvana define-se como tempo. E o tempo é... hora do almoço!
Depois de passar metade do dia no seu consultório recebendo uma horda de pacientes malucos, complexados, alucinados, paranoicos, com TOCs esquisitos, fobias extraordinárias e sabe-se lá o quê mais, Gouhin finalmente tem todo o prazer e a graça de almoçar em paz total. Ele nunca ligou de sair pra comer em algum lugar. Ele gosta quando seu consultório de terapia fica vazio e silencioso, e ele pode desfrutar de um bom chá de bambu e o bentou que preparou hoje de manhã.
Sentado em sua grande escrivaninha em forma de magatama preto, Gouhin admirou por mais alguns momentos o belo céu azul de primavera que tem nas grandes janelas de sua sala antes de virar-se na sua cadeira giratória, colocar o copo de chá na escrivaninha e abrir seu bentou.
Para o almoço de hoje, comida de panda! Que não parece tão diferente do termo “comida de coelho”. Nasu dengaku acompanhado de brócolis, cenoura e broto de bambu assados e deliciosas almôndegas veganas de toufu ao molho curry com coentro e cebolinha. E como é primavera, Gouhin estava com uma pá de docinhos com tema das flores de cerejeira estrategicamente metidos numa gaveta de sua escrivaninha, o que costumava ser o lugar de sua perdição quando não está malhando pesado.
Tão sereno e tranquilo, Gouhin pega seus hashi, murmura um “itadakimasu”, e pega o primeiro pedaço de nasu dengaku deliciosa pra meter tudinho na boca.
A porta da sala quase explode com tudo e Legoshi invade o território todo sorridente e desenfreado.
-Gouhinsan!-Legoshi grita todo eufórico e sorridente.
Resultado: Gouhin se engasga com a berinjela e começa a passa mal em cima da escrivaninha.
-Aconteceu com uma coisa fantástica comigo!-Legoshi chega todo sorridente e abanando o rabinho pra cima da escrivaninha.
-Comigo também!-Gouhin consegue dizer, todo ofegante e vermelho, ao conseguir cuspir no guardanapo o pedaço de berinjela.-Toda a minha vida passou diante dos meus olhos agora.
-Eu comi o Jack ontem!-Legoshi exclama num sorrisinho todo fofo e feliz, e a cauda inquieta de animação.
E pra quê?
Gouhin melhora instantaneamente, esquece que viu sua vida toda diante dos olhos e abre um sorriso todo safado ao enrolar seu guardanapo na mão.
-Ahh, é...?-diz ele com um sorriso que deixaria qualquer um vermelho.-E como é que foi?
-Foi ótimo!-Legoshi ri e desaba sentado na cadeira à frente de Gouhin.-Ontem logo que cheguei no dormitório, o Jack apareceu naquele roupãozinho lindo e sexy que sempre me deixou louco toda vez que ele saía do banho vestido nele. Ele se sentou do meu lado, começou a me alisar, começou a relembrar os tempos de infância em que dormíamos de conchinha na casa um do outro e tomávamos banho juntos.
-Hmmm, que safadeza...-Gouhin ri, mais tranquilo ao finalmente começar a comer seu bentou.
-Daí ele me perguntou se eu não queria brincar com ele.-Legoshi sorri como um completo Lobo Mau insanamente pervertido e deleitoso.-Eu disse que não ia conseguir foder o meu melhor amigo de infância, mas então o Jack me ajudou nisso quando tirou o roupãozinho lindo dele e ficou peladinho na minha frente. E puta que pariu!
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Os Quietinhos São Os Mais Terríveis...
FanficCerto dia, durante as férias de primavera na Escola Cherryton, Pina voltava da academia com ótimos planos de se jogar na cama pelo resto do dia. É claro, se ele não contasse com um carteiro leopardo das neves que veio correndo até ele perguntando po...