Fake Boyfriend - Wonki

A busy day...

[ As falas em negrito e itálico são em japonês.

Dia atual: 13 de janeiro de 2023, faz uma semana que Jungwon e Riki se conheceram. ]

•• Apartamento de Jungwon – 12:30 ••

– Chegamos, pode parar aqui. – Jungwon avisou.

Riki parou em frente a um condomínio grande. – Caramba, você mora longe.

– Sim... – desceu da scooter, entregando o capacete. – Obrigado.

– Não foi nada. – sorriu.

– Eu te convidaria para subir, mas está uma bagunça.

– Você dormiu no meu quarto e não disse nada sobre as roupas jogadas no chão, nem dos mangás espalhados na escrivaninha. Tenho certeza que sua bagunça não chega perto da minha.

Jungwon sorriu sem graça. Ele não lembrava muito,  mas o quarto do japonês não parecia tão bagunçado quanto ele falava.

– Então, eu convido você para tomar um suco, já que você veio de longe no sol do meio-dia me deixar até em casa.

Riki desceu da scooter, guardando os capacetes na parte de trás. – E eu aceito.

• • •

Assim que entrou no apartamento, Riki viu algumas caixas espalhadas pela sala. – Você vai mudar daqui?

– Sim, vou para um apartamento mais longe, mas com o aluguel mais barato. – foi para a cozinha.

– Aqui é grande, imagino que o aluguel seja caro mesmo. – disse assim que o Yang voltou.

– Sim, e aumentou esse mês, por isso eu estou saindo. – entregou-lhe o copo.

– Hm... Sabe, você não precisa mais me pagar para fingir ser seu namorado.

– Não precisa ter pena de mim. Está tudo bem, eu posso continuar te pagando.

– Eu também vou me beneficiar com esse namoro falso, então não há motivos para continuar recebendo por isso. Vou me sentir mal se você continuar gastando dinheiro comigo.

– No dia da carne você não parecia estar se sentindo mal. – riu.

– Naquele dia você foi muito mal comigo. – bebeu o suco. – Meu chocolate estava mesmo ruim?

Jungwon negou com a cabeça. – Não, estava ótimo na verdade. – suspirou. – Desculpa por aquele dia, eu fiquei irritado com uma coisa e acho que descontei em você.

– O suco estava ótimo, e era de morango, meu favorito, por isso eu vou te perdoar. – riu.

– Obrigado, fique à vontade. – pegou o copo para lavar.

Quando voltou para a sala, Riki estava diante de uma de suas estantes de livros.

– Você lê bastante... – via os títulos. – Oh! Você gosta de Sherlock?

– Sim. – se aproximou. – Você também? Pensei que você só gostava dos filmes da Marvel e HQs.

– Eu sou um leitor preguiçoso... – riu abrindo o livro. – Eu li “Um estudo em Vermelho” em japonês.

– Sério?

– Sim, a minha irm- amiga tinha os dois primeiros volumes... – limpou a garganta. – Eu li e gostei muito.

Jungwon percebeu que ele tinha ficado um pouco nervoso, podia jurar que ele ia dizer “irmã", mas preferiu não fazer perguntas.

– Eu tenho a obra completa, se você quiser ler, eu posso te emprestar.

– Seria legal, obrigado. – fechou o livro. – Você quer ajuda com a mudança?

– Não, obrigado, isso seria abusar demais da sua bondade. Você deve ter outras coisas para fazer.

– Tudo bem, eu não tenho nada para fazer. Se estivesse em casa, estaria dormindo agora. – pegou uma caixa trazendo para perto da estante.

O Yang cruzou os braços o encarando, depois se deu por vencido. – Okay, se você diz. – pegou outra caixa.

– Você vai guarda-los por ordem alfabética ou como estão na estante?

– Pode ser como na estante. Obrigado.

• • •

Enquanto guardavam as coisas eles conversavam. Era um pouco estranho para Jungwon que alguém que ele conhecia há poucos dias conseguia entendê-lo tão bem. Eles estavam se tornando cada vez mais próximos. Após os livros, foi a vez de guardarem as roupas.

– É um livro que te deixa sem palavras no final. Você se pergunta por que aquilo tinha que acontecer... – Jungwon passava fita em uma caixa com roupas para a doação.

– Apesar de ser triste, gostei como você descreveu, talvez eu leia um dia. – fechava outra caixa. – Parece que terminamos.

– Sim. – Jungwon jogou metade de seu corpo na cama. – Você agilizou meu trabalho em 80%, obrigado. Fico te devendo uma.

– Não foi nada. – deitou no chão.

Jungwon pegou seu celular, olhando a hora. Faltavam quarenta minutos para o início de sua aula. – Ah... – deixou seu corpo escorregar para o chão.

– O que foi?

– Minha aula... Não falta muito para começar... – disse cansado. Levantou procurando por uma roupa e sua mochila. – Preciso sair agora para pegar o ônibus a tempo.

– Descansa mais um pouco, eu te levo até a faculdade.

– Não precisa, é sério, hoje você já me ajudou demais.

– É para isso que servem os amigos, não é? – sorriu.

Jungwon pensou por alguns segundos e voltou a se jogar na cama. Ele sempre era o primeiro aluno a chegar e tinha que ficar esperando pelos outros para a aula começar, chegar um dia tarde não iria fazer mal.

• 13:15 •

Jungwon terminou de arrumar o cabelo, guardou seu caderno na mochila e pegou seu celular. Ele viu uma mensagem de Jake perguntando se Riki ainda estava com ele.

– “Sim, ele vai me deixar na faculdade” – respondeu.

– Vamos? – Riki saiu do banheiro enxugando o rosto. – Quando você vai mudar de apartamento?

– Amanhã. Por que? Você quer me levar até lá?

– Só preciso saber a distância para te buscar quando tivermos que sair para algum lugar. – arrumou o cabelo, caminhando em direção à porta.

– É bem longe. Mais ou menos uma hora e quarenta minutos de ônibus. Mas de scooter deve ser mais rápido.

– Caramba. A cafeteria abre sete da manhã, você já acorda cedo aqui, vai ter que acordar mais cedo ainda.

– Sim, é quase na divisa com outra cidade. – trancou a porta ao sair. – Mas eu não posso fazer nada, tenho que ir para onde é mais barato.

• 14:30 •

Jungwon tinha terminado de apresentar um trabalho sobre literatura inglesa quando sentiu o celular vibrar no bolso. Com a desculpa de ir ao banheiro, ele foi atender.

– Riki? O que foi? Estou em aula.

– Jungwon, você tem algum problema comigo? – a voz dele parecia séria. – Você me acha infantil demais ou chato demais? Tem algo em mim que te deixa irritado?

O Yang ficou sem entender. Será que Jake tinha falado algo que gerou um mal entendido. – Anh, não. Mas por que você está perguntando isso?

– Depois eu te digo. Preciso fazer uma coisa agora. Tchau. – encerrou a ligação antes mesmo do Yang conseguir responder.

– Ah... Okay, isso foi estranho. – encarou a tela do celular tentando entender o porquê daquela ligação.

Ele voltou para a sala e tentou se concentrar na aula, mas as perguntas de Riki ficaram se repetindo em sua mente. E quanto mais elas se repetiam, mais ele tinha certeza de que tinha acontecido alguma coisa.

• 16:30 •

Assim que a aula terminou ele pegou sua mochila e foi direto para o apartamento de Jake. Precisava saber o que tinha acontecido.

Tocou a campainha e a porta foi aberta por Lily. – Oi Won, tudo bem? – deixou ele entrar.

– Tudo. O Jake está? – olhava ao redor.

– No quarto com o Riki e o Jay, e já faz um tempo... – ela parecia um pouco preocupada. – Eu fiz uma pizza, por favor, avise que se eles terminaram, podem vir comer. – voltou para a cozinha.

– Okay... – ele caminhou até a porta do quarto e suspirou fundo antes de bater. O que tinha acontecido? Por que Jay estava ali com eles logo depois daquela ligação estranha de Riki? Sem demorar mais, ele bateu na porta. Jay foi quem abriu, e ele não parecia contente.

– Oi, a Lily- a porta foi fechada de repente com força. – O que?

– Pare com isso. – dessa vez Riki abriu a porta deixando o Yang entrar. – Você é muito chato as vezes.

– Eu concordo com ele. – Jake comentou.

– Você precisa entender o meu lado. – Jay reclamou.

– Aconteceu alguma coisa? – Jungwon perguntou baixo.

– Nada sério, apenas meu irmão fazendo uma cena. – respondeu olhando para o mais velho.

– Eu sei o que dois garotos que namoram podem fazer quando estão sozinhos. – Jay reclamou em japonês.

– Ele é só um ano mais velho que eu, é um menor também. E olha pra ele, olha bem pra ele, é mais fácil eu fazer algo com ele do que o contrário. – respondeu irritado.

Jake e Jungwon se olhavam sem entender nada. – Você fala japonês? – o Shim perguntou baixo.

– Só sei falar “obrigado”. – respondeu.

– Eu não acredito que ouvi isso. – Jay passou a mão pelo rosto.

– Agora você é o irmão certinho e preocupado, mas me deixou sozinho no Japão quando eu mais-

– RIKI! – Jay gritou alto, assustando Jake e Jungwon. Ele estava irritado, sua respiração estava descompassada. – É melhor encerrarmos esse assunto por aqui, eu não quero brigar com você. – tentou se acalmar.

Riki cruzou os braços. – Eu também acho, e já estou avisando, Jungwon vai morar comigo. Fique à vontade para nos visitar quando quiser, você tem sua chave.

Jungwon encarou Riki perplexo. Será que ele tinha escutado bem? – O que você disse?!

– Você vai morar comigo. Te explico depois. – disse baixo.

Jay pareceu juntar todo o ar do mundo em seus pulmões e soltou em um longo e pesado suspiro. – Tudo bem. – soou quase como um rosnado.

– Tudo bem. – Riki sorriu. – Quem está com fome? – saiu do quarto puxando Jungwon.

Jake e Jay ainda trocaram algumas palavras e saíram logo depois. Jay sentou em uma das cadeiras, estava com a expressão fechada.

Riki sentou ao lado do irmão. – Você está parecendo um cachorro raivoso. – riu. – Não fica irritado, por favor. – abraçou o mais velho fazendo manha.

Jay suspirou. – Hm...

– Estamos todos de bem agora? – Lily colocou a pizza na mesa. – Apenas quem está feliz pode comer essa pizza, os rabugentos não. – ela enfiou a faca em um pedaço na frente de Jay.

– Lily, eu já disse que a sua pizza é a melhor? – Riki pegou uma fatia.

– Você diz isso na frente do seu irmão? – ela riu.

– Ele sabe que é verdade. Ele pode ser ótimo em fazer outras comidas, mas a pizza e o lámem dele são... horríveis. Desculpe irmão.

Jungwon se segurava para não rir. Pegou uma fatia de pizza e colocou na boca para impedir a risada.

– Adoro sua sinceridade, irmãozinho. – forçou um sorriso enquanto pegava uma fatia para si. – Lily, você pode me dar a sua receita?

– Eu vou pensar no seu caso. – ela pegou um pedaço.

• Apartamento de Riki – 17:00 •

– Como você conseguiu convencer o seu irmão? – Jungwon colocou a última caixa na sala, olhando ao redor. O apartamento era grande, tinha três quartos, um banheiro, cozinha e a sala.

– Ele só estava sendo dramático, então eu tive que ser mais dramático que ele... Joguei limão na ferida.

– Entendi. – riu. – E obrigado...

– Hm?

– Por me deixar ficar aqui... Mas estou curioso, aconteceu alguma coisa entre você e o Jake?

Riki negou com a cabeça. – Não, o Jake é um irmão que a vida me deu... É que as vezes ele quer passar um tempo sozinho com a Lily, mas os avós dela são terríveis. Eles não gostam do Jake e sempre reclamam quando ele vai na casa deles.

– O Jake é uma das pessoas mais legais que eu já conheci. O que eles têm para reclamar dele?

– Ela já me contou que quando Lily sai eles reclamam porque ele não terminou a faculdade, dizem que ele não é bom para ela, desprezam o trabalho dele...

Jungwon o encarou. Riki estava pensando no melhor para o amigo. Eles podiam implicar bastante, mas também se importavam muito um com o outro.

– Hm, e por não gostar de morar sozinho você me trouxe para ficar aqui... – concordava com a cabeça.

– Sim, por isso eu peguei um gatinho da rua. – riu sendo acompanhado por ele.

• • •

– Aquele primeiro quarto é do Jay, ele tem a chave. Você pode ficar com o do meio, era o meu. Agora eu durmo no último...

– O seu irmão tem a chave daqui? – viu o outro concordar. – E quais são as chances de eu acordar no meio da noite com ele me sufocando com um travesseiro?

Riki gargalhou e foi para seu quarto.

– Foi uma pergunta séria. – sorriu, caminhando para o quarto do meio.

O quarto era espaçoso e estava limpo, sem pôsteres na parede, tinha uma cama, uma escrivaninha, uma estante vazia, onde provavelmente ficavam os mangás de Riki, e um guarda-roupa médio.

– Você pode mudar o que quiser depois. – Riki apareceu na porta.

– Não, está ótimo. Onde mais eu poderia achar algo assim sem pagar nada?

Riki sorriu. – A sua chave. – jogou para ele. – Fique à vontade, de verdade. Se quiser pode assistir televisão até meia-noite, pode comer o que quiser, quantas vezes quiser. – riu. – E de manhã pode ir pro trabalho na scooter. Eu durmo até tarde.

– Você está sendo bom demais comigo... Estou começando a achar que estou sonhando ou que vou ser vendido para alguém. Eu já vi esse filme.

O japonês tentou, mas foi impossível não gargalhar. – Você é engraçado...

– É sério, ninguém faz tanto por alguém sem esperar algo em troca. – o encarou. – Quais são seus planos para mim? – riu.

– Você me descobriu, eu vou te vender para a yakuza. – brincou. – Estamos usando um ao outro nesse namoro falso, não é?

– Você tem razão...

– Você quer ajuda para arrumar o quarto?

– Eu agradeço, hoje você foi um anjo comigo, mas isso eu vou fazer sozinho. Pode ir descansar um pouco.

– Eu não estou cansado.

– Descanse antes de ir para o fliperama. Você nunca esteve lá com Jake e Sunoo juntos, vai precisar estar bem disposto.

– Okay, mas se eu dormir demais, pode me acordar. – saiu.

• 19:15 •

Jungwon andava de um lado para o outro na porta do quarto de Riki. Ele estava com vergonha de entrar e acorda-lo.

Suspirou. – Ele disse que eu podia... – abriu a porta. O rapaz estava jogado na cama, seu rosto estava coberto por um travesseiro.

Foi impossível não olhar ao redor. Era quase o mesmo quarto do apartamento de Jake, os pôsteres de filmes e bandas na parede, uma escrivaninha, uma estante com alguns mangás e livros, um guarda-roupa igual o que tinha no outro quarto.

Três coisas ali chamaram sua atenção, um violão que estava no canto do quarto e parecia velho, alguns desenhos na parede perto da escrivaninha e algumas polaroides que estavam no espelho do guarda-roupa. Nelas estavam Jay, Riki, Jake e tinha outra pessoa, que provavelmente era Heeseung.

Ele deixou a curiosidade tomar conta de si e se aproximou um pouco. Viu escrito embaixo da polaroid “JJHN 1.10.21”. Heeseung era um rapaz muito bonito, tinha olhos amendoados e redondos, os lábios finos e um sorriso encantador.

– Uau... – viu a polaroid mais algumas vezes. Tinham outras em que estavam apenas Riki e Heeseung, ele pôde perceber o quanto os dois eram próximos.

Seu celular tocou, o que acordou Riki. Ele desligou rápido e voltou para perto da porta. – Oi...

– Hm, Jungwon...? – sentou na cama. – Eu dormi demais?

– Só um pouquinho. Desculpe te acordar assim, foi o Sunoo, ele já ligou duas vezes.

Riki pegou seu celular. – Caramba, vamos nos atrasar. – levantou rápido indo para o banheiro.

• Fliperama 19:45 •

Quando Riki e Jungwon chegaram ao fliperama, Sunoo, Sunghoon, Jake e Lily estavam na lanchonete conversando enquanto esperavam por eles.

– Pensei que ia ter que buscar os pombinhos. – Jake brincou assim que eles chegaram.

– Desculpem o atraso, eu dormi demais. – Riki puxou duas cadeiras e as colocou lado a lado.

– Eu não acredito nisso... – Jungwon encarava Sunoo, ele agora não tinha mais os fios na cor rosa, agora eles estavam castanho-escuros. – Alguém chama a polícia porque esse moreno roubou meu coração. – disse arrancando risadas dos amigos.

– Por favor, me diz que não foi com uma cantada assim que você chegou no Riki. – Sunoo o encarava.

Os dois trocaram olhares. – Foi ele quem veio atrás de mim. – Jungwon respondeu.

– Não, não. – Riki negava com o indicador. – Você quem falou comigo primeiro. Foi na festa de hallowen do Jake. Ele chegou em mim e perguntou “gostosuras ou travessuras”, e eu perguntei se ele me aceitava porque eu era gostoso e travesso. – comentou arrancando gargalhada de todos.

Sunoo balançava a cabeça em negação. – Realmente, vocês dois foram feitos um para o outro.

Em meio as risadas Jungwon se aproximou um pouco dele e sussurrou. – Não exagere muito nas suas histórias, eu posso desmentir sem querer.

O japonês concordou e voltou sua atenção para a conversa que se iniciava entre os outros.

– Vocês estão com fome agora ou nós podemos jogar e depois comemos? – Sunoo levantou acompanhado do namorado.

• • •

Eles foram em vários jogos, Riki e Jake eram os mais competitivos, quase zeraram o mini basquete, mas deixaram o prêmio para um garotinho. Sunghoon tinha conseguido um panda para Sunoo em um jogo de força, e Jake pegou uma pelúcia na máquina para Lily.

– Eu sou péssimos nesses jogos. – Riki dizia triste, era o único que não tinha ganhado nada para seu parceiro.

– Você só precisa sair mais com o Wonie. – Sunoo comentou. – E a propósito, nós queremos falar sobre algo sério com vocês.

Riki e Jungwon trocaram olhares preocupados. – Aconteceu alguma coisa? – o Yang perguntou nervoso.

– Na verdade, foi o que não aconteceu. – comentou. – Vocês dois estão muito reprimidos.

– O que isso significa? – o Nishimura o encarava confuso.

– Estou querendo dizer que vocês não parecem namorados. – disse sério. – Mais cedo duas pessoas vieram perguntar se o Riki tinha namorada... E o Jungwon estava bem do lado dele.

O Yang olhava para Jake como se pedisse ajuda, mas o Shim parecia tão perdido quanto ele, apenas concordava com o que o outro falava.

– Vocês namoram, mas parecem apenas amigos aos olhos das outras pessoas, é isso que o Sun está querendo dizer. – Sunghoon disse sério.

– Sim, parece que vocês têm vergonha de mostrar que namoram.

– Isso não é verdade, estamos aqui. – Riki se defendeu. – Em um encontro de casais.

– Sim. – Jungwon concordou.

– Mas olhem só para vocês, afastados um do outro... Onde vocês já viram um casal assim?

– Anh, somos tímidos. – Jungwon respondeu.

– Ou estão com medo. – Sunghoon comentou, recebendo olhares confusos dos dois mais novos. – Com medo do que as pessoas podem falar de vocês.

– Eu não ligo para o que os outros pensam. – Riki tentou parecer convincente.

– Eu também não. – Jungwon segurou na mão dele, colocando-a em cima da mesa. – Viu?

– É assim que você diz que não liga para o que os outros pensam... – Sunoo puxou o namorado e o beijou. – Agora vocês.

Riki sentiu Jungwon apertar um pouco sua mão. – Aqui? Agora? – olhou ao redor, algumas pessoas olhavam curiosas para a mesa deles.

– Você disse que não ligava. – Jake comentou.

O Yang tinha um olhar irritado para ele. – E eu não ligo.

– Então beija ele. Não precisa ter vergonha. – Sunoo sorriu. – Beija, beija. – brincou baixo, mas Sunghoon, Jake e Lily se juntaram a ele.

Jungwon estava quase se levantando quando sentiu Riki segurar-lhe o queixo. Ele aproximou seu rosto do dele e beijou um pouco acima do canto se seus lábios.

Sunoo e Sunghoon estavam sentados de frente para eles, e o ângulo fazia parecer que Riki estava de fato beijando o Yang.

Após alguns segundos Riki o soltou e afastou seu rosto, virando para os amigos. – Pronto, felizes?

– Um pouco, vocês ainda precisam ter mais confiança. – Sunoo dizia animado.

Jungwon forçou um sorriso.

• Apartamento de Riki – 21:10 •

– Eu te assustei? – Riki perguntou ao abrir a porta.

– Hm? – Jungwon estava atrás dele. Os dois seguiram o caminho todo em silêncio.

– Na hora do “beijo"... – entrou dando espaço ele. – Desculpe, mas não teve como te avisar... Eu também nunca pensei que teria que fazer isso. – trancou a porta.

– Nem eu. – suspirou. – Ter um namoro falso parece tão fácil nos filmes.

– Sim... – concordou com a cabeça.

– Pelo menos agora eu sei que isso pode acontecer mais vezes. Estarei preparado.

– Eu também...

• • •

[ Então, eu disse que não sabia quando vinha o próximo, mas tive um surto de criatividade e aqui está.

Peço desculpas por arrastar a história, é que eu limito os capítulo a mais ou menos 3 mil e mais algumas palavras para não ficar uma leitura chata (não sei quanto cada um considera um capítulo grande)

Era isso. O que eu disse no capítulo passado vale para o próximo. Abraços. Desculpem se encontraram algum erro.

P.s. caso venha outro surto de criatividade, apareço aqui. ]