Cansada era eufemismo. Tom estava de volta, mas só depois de trinta e seis horas que conseguimos sentar juntos ou dormir. Ele tinha chegado das gravações do seu último filme e já foi direto para algumas reuniões e campanhas já agendadas com a Prada. E eu com minha barriga já eminente de 12 semanas e mais 3 crianças para cuidar estava tendo que me desdobrar além que ainda eu tinha alguns projetos engatilhados que precisavam da minha total atenção.
Deitei na cama gemendo de prazer, com as pernas apoiadas em travesseiros altos. Tom ofereceu massagem, mas só o queria deitado ao meu lado. Abraçados e extremamente mortos de cansados, nossos olhos mal abriam para reconhecer a presença um do outro. O monitor do bebê estava ligado com Bridget, James e Ethan dormindo no mesmo quarto. Os 3 se cansaram com o passeio no zoológico com Sam e Anna. Eles ofereceram para distraí-los enquanto estivéssemos fora.
– Amor, pega água pra mim? – pedi bocejando – Preciso tirar essa roupa e tomar um banho.
– Quer comer alguma coisa? O bebê quer algo?
– Não, só quero água e dormir. Não vou mais tomar banho porque estou com preguiça.
– Tem certeza?
– Eu queria ter forças para algo mais, porém, estou tão cansada. Deita aqui comigo. Não, vai pegar minha água e depois deita e me abraça.
Tom riu e foi tirar sua roupa, pegar minha água e esperou pacientemente enquanto bebia. Depois de pousar o copo na cabeceira da cama, ele puxou meus sapatos dos pés, minhas meias, saia e abriu os botões da minha blusa. Seria mais excitante se não tivesse quase adormecida quando ele tirou minhas roupas íntimas e jogou longe.
– Não me deixe cair – murmurei quando ele me pegou no colo e caminhou até o banheiro.
– Nunca bobinha. Você só está fedida e não quero dormir com um gambá – retrucou e eu mordi seu ombro com força
– Liga o chuveiro quente
– Aham. – resmungou ligando o chuveiro gelado e eu gritei – Calma, ele vai esquentar.
– Seu idiota, como você faz isso comigo e com o bebê? – gritei batendo no seu peito – Isso é saudade?
– Pare de fazer beicinho. – ronronou me empurrando contra a parede e ocupando minha boca da melhor forma possível. Eu estava louca de saudades dele, mas morta pra dormir. – Não se anime, Sra. Holland. Você vai pra cama.
– Que bom, nós dois sabemos que podemos cair se tentarmos fazer algo aqui.
– Aqui e nem na cama. Não quero perder minha mulher por exaustão. – brincou segurando meus seios com as duas mãos. – Olá amiguinhos, já estamos bem grandinhos para minha diversão.
– Deixa de ser bobo. Você nunca reclamou de exaustão antes. – provoquei me inclinando pra frente e tocando-o levemente. Ele estremeceu e me afastei.
– Eu preciso de você bem acordada e disposta, amor. Eu ainda amo fazê-la gritar, implorar por mais e desfalecer de prazer. Esse bebê foi feito dessa maneira.
– Estou tão feliz que esteja aqui.... – suspirei abraçando-o apertado. – Eu senti tanto a sua falta que achei que iria morrer
– Estou aqui meu amor, para aproveitarmos alguns dias que temos de descanso. Eu amo você
– Doce menino, pare de me agradar, não vou fazer sexo com você. – provoquei beijando-o levemente.
Tom riu, piscou e não falou nada e conhecendo-o como conhecia minha palma da mão, sabia que ele estava aprontando alguma coisa em sua mente perversa. Tomamos banho olhando um para o outro com sorrisos, deitamos na cama de frente um para o outro, ainda sem acreditar que finalmente estávamos ali, juntos e dessa vez sem nenhuma separação eminente.
Com as pernas emboladas, seus braços ao meu redor e minha cabeça no seu peito, adormeci me sentindo segura e feliz. Acordei de manhã cedo bastante enjoada e corri para o banheiro para esvaziar meu estômago, mas foi só ânsia. Irritada pelo enjôo, pelo sono e por tudo, escovei os dentes quase machucando minha gengiva.
– Tom, vá verificar as crianças? – pedi voltando a deitar na cama e ele levantou sonolento, caminhando em passos pesados e lentos. – Não demora.
– Sim mamãe. – resmungou com a voz rouca e fechei os olhos, me cobrindo novamente.
Senti a cama se movimentar e era Bridget deitando do meu lado e Tom colocando Ethan perto da irmã e James no meu colo. Eu entendi seu ato quando senti meu menininho bem quente. James normalmente parecia um sapo, sempre gelado e suado independente do clima. Seu rostinho tinha uma expressão murcha e os lábios formados em bico. Com a cabeça entre meus seios e as perninhas na minha cintura, ele ficou deitado esperando Tom voltar do banheiro com Tylenol.
– Vem com papai, garotão. – Tom o pegou no colo e sentou na cama para dar o remédio com a seringa. – É gostoso, filho. Não cospe. Não..... Não chora. Vem aqui. – disse baixinho pegando-o no colo e ninando de um lado a outro. – Vai passar. Você e seus irmãos estão felizes que papai esteja em casa, não estão? Oh, eu sei que estão, cadê o sorriso com os dentinhos mais bonitos do mundo?
Observá-los era uma coisa interessante. Os 3 tinham uma paixão por Tom que era inabalável. Ethan estava ao lado do pai, atento aos movimentos do irmão gêmeo, como se quisesse fazer qualquer coisa para que ele melhorasse logo, eles eram inseparáveis. Bridget jogou sua perninha em cima de mim e enfiou o rosto no travesseiro não querendo acordar ainda, mas ouvi seu murmúrio entre a bagunça de coberta. O clássico "mãe estou com fome" chegou bem claro aos meus ouvidos. Fiz cosquinha na sua barriga quando ela disse que queria comer panquecas com chocolate.
– Poxa mamãe, deixa de preguiça. – miou beijando meu rosto. – Levanta mamãe
Minha filha com fome me fez levantar da cama e colocar a calça do pijama. Peguei Bridget pela mão e Tom veio atrás de mim com os gêmeos para verificarmos o que tinha pra gente comer.
Depois que todos estavam devidamente alimentados e James já melhor da febre, resolvemos ir para a sala fazer uma sessão de cinema, com o tempo frio lá fora nós não iríamos nos arriscar no jardim.
– E aí papai, o que vamos assistir? – perguntei ajeitando os gêmeos nos meus braços
– A Era do Gelo 4 e Madagascar 3. Melhor que minha mente pode trabalhar sozinho, desculpe. – disse enquanto Bridget subia em seu colo se ajeitando
– Você é o melhor. – murmurei beijando-o levemente.
A tarde passou mais com uma guerra do que paz. Tom rolou no chão com os meninos, brincou com Bridget até todos estarem suados e com sono. O banho foi uma bagunça, ele molhou o banheiro inteiro que quase escorreguei. Fui expulsa do quarto e resolvi preparar o jantar das crianças.
Dormindo como anjinhos em seus devidos quartos por volta das 9 da noite, fui tomar meu banho caprichado, usar um hidratante novo porque meu marido merecia todo amor e cuidado da minha parte. Vesti minha camisola de seda branca esperando que ele arrancasse do meu corpo. Um sorriso sacana brotou em seus lábios quando me viu entrando no quarto, eu sabia que ele arrancaria. Caminhei em direção a ele que estava sentado na nossa cama para enfim começarmos a nossa noite, só eu e ele, como sempre seria.
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ONE'S TOMDAYA
RomanceAlgumas inspirações sobre o maior casal: Tom Holland e Zendaya