Percy Jackson
Observei a entrada do Hospital San Andreas com extrema atenção. Já fazia exatas 3 semanas desde o retorno de Hestia e como consequência o sumiço de Porfírio.
O cara foi literalmente engolido pela terra, segundo Nix ele estava sob o domínio do pai dele, um grande covarde, assim como a maioria dos irmãos deles, infelizmente eu não me dava muito bem com o primordial do abismo. O que quer dizer que iria ter que aguardar o coelho sair da toca para ataca-lo.
Eu estava super frustado por isso, então resolvi me distrair em outra caçada. Um colega de escola me falou que seu avô tinha morrido de uma bactéria misteriosa do dia para noite no hospital San Andreas, um renomado hospital de câncer de Manhattan, ao verificar percebi que era um padrão que ocorria com os pacientes de uma certa enfermeira.
Cristina Brown, uma das enfermeiras mais velhas do hospital. Tinha sido a primeira de sua turma na faculdade de Nova York, exercendo sua profissão com louvor por vinte longos anos, sem advertências ou faltas injustificadas. Até perder sua mãe cinco anos atrás para o câncer de mama.
Passou um ano afastada e quando retornou misteriosamente seus pacientes começaram a morrer, mesmo que alguns tenham apresentado alguma melhora significativa. Pelo menos é o consta no relatório da sua primeira denúncia, feita há três anos por um dos filhos de um ex paciente de Cristina.
Meu alvo tinha acabado de chegar com seu Argos vermelho no estacionamento do hospital. Como sempre ela pegou sua bolsa do banco do passageiro, passou o batom cor de cereja e mandou um beijo para se mesma pelo retrovisor. Sempre no mesmo padrão, todos os dias.
Ela saiu do carro entrando no hospital apressadamente. Eu saí do meu carro a seguindo, eu precisava ter provas de que ela realmente assassinava seus pacientes antes de tomar alguma atitude, mesmo que até agora tudo apontasse que sim.
Entrei no hall do hospital tentando passar despercebido, o lugar era utilizado por algumas universidades para estudo, ou seja, possuía alguns atendimentos gratuitos o que era algo raro de ser ver na América. Logo o local vivia lotado de pessoas carentes e por isso era muito difícil ser localizado aqui.
A Sra. B trabalhava no terceiro andar do prédio, na ala de pacientes terminais, provavelmente ver sua mãe naquela ala alguns anos atrás mexeu com sua cabeça e agora talvez ela achasse que estava ajudando os pacientes. Eu poderia entender, mas não concordava com estas ações.
Os elevadores ficavam logo a frente, no meio do hall ficava uma grande bancada com três recepcionista que viviam extremamente atarefados. Bom para mim. Havia três segurança, cada um guardando uma porta do local, cinco câmeras de segurança ajudavam na fiscalização do local, quase o deixando sem ponto cego. Péssimo para mim.
Me encaminhei para o elevador desviando de um grupo de estudantes com pranchetas, seguindo uma médica com uma radiografia nas mãos. E de um grupo de crianças com cadeiras de roda que pareciam estar empolgadas com alguma coisa.
Apertei no botão metálico solicitando que o elevador descesse. Enquanto aguardava uma sensação que havia se tornando comum nos últimos dias me abateu, eu me sentia vigiado. Eu olhava em volta, mas não via ninguém e aquilo já estava me deixando inquieto.
Eu tomava extremo cuidado para não ser descoberto, afinal se eu fosse pego pelos meus crimes passaria o resto da vida na cadeia ou talvez entraria para o corredor da morte. Por isso eu sempre alterava o meu padrão. Entrei sozinho no elevador, mas ouvi alguém pedido para eu esperar. Segurei a porta com a mão direita e esperei até que uma garota loira vestida com roupa de palhaço entrasse na caixa metálica.
- Obrigada, você é muito gentil. - Ela disse enquanto tentava recuperar o fôlego da corrida. Ela era alguns centímetros mais baixa que eu, tinha olhos verdes penetrantes, mas ostentava um belo sorriso, não passava dos vinte anos.
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Entre Luz E Trevas
ПриключенияUma nova versão de uma história que escrevi anteriormente. Espero que gostem. Cuidado ao ler, a história contém conteúdos sensíveis.