[Terminada]
Longfic | +18 | Distopia Cyberpunk
Estamos programados até a vida pós morte? Qual algoritmo vai indicar o caminho certo, quando todo o sistema foi tomado por máquinas? Até onde a inteligência artificial ditaria os sentimentos humanos?
Er...
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Faltavam dois dias para o roubo quando Hyejoo e Chaewon apareceram mais uma vez onde Taehyun e Kai estavam.
— Ah, oi. — Kai disse assim que abriu a porta. — Podem entrar.
— Não, não. Vocês vêm com a gente agora, coloquem roupas folgadas e procurem algo pra tapar o rosto. — Hyejoo respondeu.
Taehyun tinha acabado de sair do banheiro quando ouviu a conversa e perguntou na mesma hora:
— Como assim? A gente vai pra onde?
— Treinar com as armas e equipamentos. — Chaewon respondeu. — Kai sabe fazer isso há muito tempo, mas falta você.
— Armas? — Taehyun perguntou, surpreso. — Vou trocar de roupa, um instante. — E foi correndo até onde estava sua mochila.
— A gente deveria ter feito isso antes... — Kai disse mais baixo.
— Não faria muita diferença, na verdade. Ele não vai aprender a usar tudo hoje, mas é melhor ter um choque de realidade com a gente. — Hyejoo concluiu. — E eu também queria ter vindo antes, mas como vou levar vocês pro centro que a gente treinava, eu precisava reservar um horário que não tivesse ninguém lá. Infelizmente só consegui hoje.
Kai concordou, mas por dentro odiou saber que voltaria naquele lugar, ainda mais com aquele objetivo. Era perigoso estar lá de novo, ainda mais para ele que já tinha aguentado tantos momentos horríveis e corria muitos riscos, mas entendia a necessidade. Taehyun já conhecia toda a tecnologia da cidade, assim como funcionava a violência, principalmente a violência policial por andar pelos subúrbios de Seul, porém não era o suficiente.
Dessa forma, Kai foi trocar de roupa logo após Taehyun, não demorou para que os quatro estivessem no carro de Chaewon de máscara. O automóvel era branco e moderno, e o Kang ainda quis elogiá-lo, mas foi chamado atenção antes.
— Você parece animado, Taehyun. — Hyejoo disse, olhando para trás do banco de passageiro.
— Acho que é a saudade de lutar. — Respondeu, rindo fraco. — Eu me divertia com o Kai, mesmo sem tanto recurso.
— Não sei se você vai se divertir tanto hoje... — Chaewon falou, e o garoto olhou com curiosidade, mas preferiu esperar para ver.
Foram mais de trinta minutos no carro, e Taehyun notou que eles foram pelo Sul por reconhecer a estrada que passaram, mas Chaewon foi direto em uma entrada quase escondida no meio de uma grama curta e queimada. Passar por aquele meio fez Taehyun sentir ainda mais saudade de todo verde saudável da fazenda, onde até o ar era bem melhor de respirar. Só havia se passado uma semana, mas a diferença em seu corpo era gritante.
E o carro só parou quando chegaram na frente de um galpão fechado no meio do nada. Os quatro desceram sem cerimônias e seguiram até os fundos.
— Coloquem o capuz e abaixem a cabeça agora, a Chae vai dar um jeito nas câmeras. — Hyejoo pediu, e os outros dois o fizeram. — Lá dentro já tá tudo programado.
