[Terminada]
Longfic | +18 | Distopia Cyberpunk
Estamos programados até a vida pós morte? Qual algoritmo vai indicar o caminho certo, quando todo o sistema foi tomado por máquinas? Até onde a inteligência artificial ditaria os sentimentos humanos?
Er...
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Foi a primeira vez que Yeonjun e Beomgyu juntaram as camas, afinal, Soobin só caberia entre eles dessa forma, e aquela noite não poderia ter terminado de outra forma: com os três andando até o outro quarto para que pudessem dormir juntos.
O médico estava com medo de acordar pela manhã e descobrir que tudo não havia passado do melhor sonho da sua vida. Ele ainda não acreditava que teve a sorte de poder senti-los do jeito que aconteceu, e melhor, ser sentido também. Porém, antes mesmo de abrir os olhos, ele sentiu a mão de Yeonjun no seu rosto (sendo provavelmente o que lhe acordou) e a perna de Beomgyu em cima das suas, e teve a certeza de que era real mesmo.
Todo carinho e inclusão que vinha recebendo significava o início de uma reciprocidade que agora podia praticamente sentir na própria pele, e ela estava queimando de uma forma que nunca havia acontecido. Soobin se sentia vivo em todos os sentidos dessa palavra. Era muito mais do que ele conseguia colocar em palavras, mas ele não sentia que precisava; não depois de ontem.
Por isso só sorriu enquanto abria os olhos de verdade, amando sentir os outros dois tão perto assim. Soobin tirou a mão de Yeonjun do seu rosto e a colocou em cima da sua barriga, fazendo com que ele o abraçasse inconscientemente, entretanto acabou batendo em Beomgyu, que se remexeu na cama e devolveu o toque.
Soobin riu soprado ao perceber que eles começaram uma pequena e sonolenta briga de mãos em cima de si até Yeonjun despertar e reclamar:
— Para com isso, Gyu, tá cedo.
— Você que começou. — Respondeu com preguiça.
— Eu nem sabia que ia pegar em você.
Beomgyu fez um "tsc", e entrelaçou seus dedos com os de Yeonjun, também abraçando mais Soobin.
— Perdi o sono. — Yeonjun disse. — Soobs, tá acordado?
— Há mais tempo que vocês. — O médico respondeu, e os outros dois riram.
— Foi mal... — Beomgyu riu fraco. — Ah, eu quero ficar assim até a hora do almoço.
— Pior que hoje a gente tem coisa pra fazer até de tarde. — Yeonjun fez bico. — E sobre vasculhar o escritório da tia Kim?
— Querem ir à noite? — Soobin sugeriu.
— Mesmo esquema da outra vez, né? — Beomgyu perguntou.
— Isso.
— Tá, mas agora só mais uns minutinhos assim. — Yeonjun disse. — Como vocês estão? Principalmente você, Soobs.
— Eu nunca estive tão bem na minha vida. — Soobin respondeu com certeza. — Nem parece real tá com vocês aqui, desse jeito.
— Eu também tô assim. — Beomgyu sorriu, e os três ainda ficaram nesse carinho preguiçoso até realmente precisarem levantar.
