[Terminada]
Longfic | +18 | Distopia Cyberpunk
Estamos programados até a vida pós morte? Qual algoritmo vai indicar o caminho certo, quando todo o sistema foi tomado por máquinas? Até onde a inteligência artificial ditaria os sentimentos humanos?
Er...
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Agora a reunião tinha uma pessoa a mais.
Na garagem velha havia oito pessoas, mas sete delas estavam ou fitando o chão, ou a parede, ou o teto, muito envergonhadas para encarar a senhora Kim depois de terem vasculhado o máximo que conseguiram da mulher, mas apesar disso, ela estava com sua expressão tranquila de sempre. E, bom, só Kai sabia com detalhes sobre tudo que Taehyun e a senhora Kim haviam conversado no dia anterior, então os outros estavam ansiosos para aquele momento.
— É... — Taehyun começou, percebendo o clima tenso. — Primeiro eu queria dizer que a Hyejoo tava certa sobre a tia saber, mas como a gente tá junto aqui agora, então obviamente tá tudo bem. Ontem eu só expliquei melhor o que queremos fazer de verdade, e no fim deu tudo certo.
— E sobre o caixão? — Beomgyu perguntou, recebendo uma cotovelada de leve de Yeonjun ao seu lado, mas a senhora Kim apenas riu alto.
— O esqueleto que vocês encontraram lá é meu. — Ela começou, e todos ao redor prestaram muita atenção no que ela dizia à medida que explicava toda sua vida, da mesma forma que explicou ao Kang.
Assim que ela contou sobre ter tido o corpo substituído por uma máquina quase perfeita, todos entraram em choque, não só porque Taehyun realmente estava certo sobre a suposição, mas também porque ouvir tudo aquilo saindo do boca da mulher os fazia lembrar que a realidade era cruel e não teria pena deles caso dessem passos errados.
Ela podia não sentir dor física, mas a dor emocional ficava clara em sua voz, e eles conseguiam sentir todo o peso e culpa que ela carregava por trás das expressões serenas. E de fato, ela era muito parecida com Taehyun, principalmente ao falar sobre seus sonhos. Todos ali compreenderam o porquê ela aceitou ajudá-los sem objeções, e sabiam que se estivessem no lugar dela, também fariam o mesmo.
Era óbvio que a mulher queria derrubar a Torre de Babel tanto quanto qualquer um ali, e esperava que agora pudesse guiá-los a fazer isso de uma forma mais consciente.
— Como a senhora acha que podemos começar a planejar? — Foi Soobin que perguntou. — Eu passei anos lá, mas é um mistério saber como tudo ali realmente funciona. Tem vários prédios, andares e lugares que pouca gente deve saber da existência.
— Nós vamos precisar começar pelo sistema. — A mulher disse. — Não tem como chegar na estrutura sem passar pelo que deixa ele em pé de verdade.
— Tem como? — Chaewon olhou para ela. — A segurança deles é em tempo real, deve ser difícil até pra eles acessarem o sistema.
— Na verdade, a segurança da Torre de Babel se tornou independente e autônoma depois de tudo que aconteceu. — Explicou. — Apenas funciona internamente, e por isso é impossível de invadir. Foi criado um sistema que apenas eles conhecem e dominam, e a única forma de entrar nele é abrindo uma exceção nos algoritmos de proteção e fazendo com que se virem contra o comando principal.
