A aula estava quase terminando. As palavras de Robin e Vance flutuava em sua cabeça. Estava feliz, pois achava que progredio tentando entender sua paixão, ao mesmo tempo, a palavras de Vance o desanimaram. Eram amigos de certa forma e ver alguém que te entende o tratar o tratar com tanto desprezo doía.
Billy percebeu o olhar inquieto de Finney, ele teria que se explicar para seu amigo.
Na saída, Billy acompanha seu melhor amigo. Ele começa a tagarelar sobre seu novo enquanto levava sua bicicleta ao lado.
-Então o mão de vaca não me deu gorjeta e ainda me xingou. Pena eu não poder mandar o cara se foder- disse Billy.
O cacheado sabia melhor do que ninguém que seu amigo gostava de tagarelar por horas sobre seus empregos.
-... Ei! Tá me escutando- pergunta ele.
-Ahn sim- menti Finney.
-Está mentindo. Perguntei por que você está falando com o Vance Hooper.
Finney olhar para ele incrédulo.
-O que? Como sabe?
-As paredes tem ouvidos.
-Oh.
-E então vocês são amigos.
Ele encarou Finney. Sabia que não podia falar nada, o que Vance e Finney tiveram foi íntimo e depois daquela conversa, uma vergonhosa decepção.
-Não- respondeu o garoto com olhar triste- Não somos nada, apenas cruzamos no corredor.
-Que alívio- suspira Billy.
-Por quê? Não precisa se preocupar, ele não ia me machucar.
-Não falei só disso.
-E então o que...?
Billy olha para os lados para ver se tinha alguém.
-Bem, eu soube que ele sai com meninos mais jovens... ele é gay, entende?
-Hum...
Finney sabia onde seu amigo queria chegar. O único defeito que Finney odiava no seu amigo era o seu desprezo por gays. O cacheado sempre escondeu bem sua sexualidade para ninguém descobrir. Ele sabia que se Billy descobrise ia parar de falar com ele.
-Isso não é nojento- murmurou ele.
Finney fixou calado e ele continuou a tagarelar.
-Dizem que ele apanhava do pai desde pequeno por causa disso, até que já grande o pai não conseguia mais bater nele.
O mais baixo ficou surpreso. Ele começou a lembra de memórias de anos atrás em que Vance aparecia na escola com o olho roxo quase todos os dias.
Eram todas de brigas? Se perguntou ele. Impossível, mesmo para um briguento como Vance.
O cacheado sentiu uma onda de simpatia se formar no peito.
-Sendo assim, melhor você ficar longe dele, você bem o tipo dele- disse Billy.
-E se eu quiser ser amigo dele?- pergunta Finney.
Billy olha confuso.
-Por que diz isso? Você quer?
-Acho que sim.
-As pessoas vão te xingar de viado.
-E daí. Fodam-se elas.
Um momento de silêncio tenso se segue cortado apenas por uma pequena risada provocativa de Billy.
-Finney, você é gay?
Ele apertava os pulso para não tremer tanto, o cacheado não soube de onde tirou coragem para falar as seguintes palavras.
-Sou sim. E agora, William, vai deixar de ser meu amigo?
O rosto do seu amigo empalideceu, ele ficou sem palavras. Ele o encarou por muito tempo até ter uma resposta.
Ele agarrou Finney pelo colarinho deixando sua bicicleta cair no chão.
-Finney, você ficou doido?!- exclamou Billy.
-Por quê? Não pode simplesmente me tratar igual a todos os dias?
-Você tem noção do que o pai do Vance fazia com ele, o que pensa que Terence vai fazer com você se descobrir?
O cacheado ficou em silêncio, não tinha resposta para aquilo. O olhar de Billy estava com uma expressão preocupada ao mesmo tempo furiosa.
-Viu?! Você sabe o que o bêbado do seu pai vai fazer com você se descobrir- exclamou Billy- Você só não pode deixar de ser gay?
Uma raiva subiu o rosto de Finney, antes de perceber o que ia fazer ele já tinha feito, socou o rosto de Billy.
O soco acabou sendo mais forte do que pretendia. Billy estava perplexo com o que ele tinha feito, depois isso se transformou em raiva.
Billy o socou de volta. Billy era forte, aquilo ia deixar um hematoma.
Ele nunca o havia visto tão irritado.
-Vai se foder, Blake!
Ele pega sua bicicleta do chão e começa a pedalar para longe do seu amigo.Ele se ignoraram. Billy não o encarava Finney quando seus olhares se cruzavam em aula e Finney começou a evitar Billy em qualquer momento da escola.
Doía para Finney evitar falar com seu melhor amigo, se sentia culpado pelo soco que tinha dado, ao mesmo tempo, estava irritado com o que seu amigo havia dito.
Os dias se passaram, os dias se transformaram em semanas e nada deles voltarem a se falar. Nesse meio tempo ele começou uma amizade com Griffin Stagg, um garoto estranho da sua sala. No intervalo, ele estava comendo junto com sua irmã, Gwen, e uma amiga dela, Donna.
Gwen havia percebido que seu irmão estava triste nos últimos tempos.
-Ta bom, o que foi que houve?- disse ela batendo a mesa para dar ênfase à sua pergunta.
-O que? Nada- responde o cacheado.
-Tem sim Finn, você parece uma sacola murcha ultimamente.
-É impressão sua...
Finney tentava passar um ar de normalidade. Ele não queria preocupar sua irmã.
-Não pode mentir para mim, você sabe.
-Não estou mentindo.
-Então onde está o safado do Billy.
Finney sentiu uma pontada.
-Por aí.
Sua irmã suspira em derrota.
-Ok, a vida é sua, faça o que quiser.
-Por que ela tá tão estressada?- pergunta Griffin se juntando na mesa deles.
-Você sabe, complexo de irmã- responde Finney.
-Legal. Nunca tive uma irmã.
As respostas de Griffin eram tão fora do contexto das conversas que se fossem em outra situação ele teria rido.
Ele se levanta.
-Tenho que ir ao banheiro.
Era difícil fingir está tudo bem na frente de Gwen, especialmente porque toda a situação estava acabando com ele.
Ele entra no banheiro e vai até o mictório. Ele estava realmente cheio. A alma do garoto quase sai de seu corpo ao ver alguém surgir do nada parado ao seu lado.
-Porra! Que susto- exclamou ele.
Ele viu a cabeleira loira de Vance.
Ele parecia diferente.
-Quer conversar?- disse ele.
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Finney Em Questão
Teen FictionA vida do tímido Finney Blake está uma desastre. Ele está completamente apaixonado por seu colega de sala, Robin Arellano, a qual, o cacheado não consegue falar meia palavra por perto. Ao mesmo tempo, descobre que seu misterioso amigo virtual era n...