Capítulo 7

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-Então, você foi rejeitado? Só isso?!
Vance começa a rir em deboche.
-Para de rir- ordena Finney.
Vance limpa as lágrimas com seu polegar.
-Eu achando que todo aquele trauma que você me falava online era algo mais sério.
-Mas foi serio!- disse Finney vêemente- Ele gostava de mim, mas me rejeitou por pressão alheia.
-Eu sei, mas você tem que entender que nesse mundo á pessoas que vão sempre estar contra você. E esse garoto preferiu ouvir elas, então foi um livramento ele sair da sua vida.
Finney olhar para o chão cabisbaixo.
-Tenho medo dele me rejeitar. Eu sei que o mais provável é que ele seja hetero, mas tenho medo da reação quando ele descobrir que eu sou gay. Será que ele me olharia com nojo?
O garoto alimentava sentimentos por Robin tempo suficiente para saber que ele não suportaria um olhar de desprezo.
-Gostar de alguém não é errado. Se esse cuzao te olhar com desprezo, cuspa na cara dele.
O garoto começou a rir da resposta de Vance, ele começou a se acalmar um pouco, então ele se deu conta de algo.
-Vance, o que veio fazer no shopping?- pergunta Finney.
O deliquente parecia exitante em falar, mas por fim, acabou abrindo a boca.
-Compras.
-Compras- perguntou Finney desconfiado.
-Mais ou menos.
O outro expôs um sorriso largo e maldoso. Ele sabia que o outro veio para roubar das lojas.
-Tô indo. Tchau Tampinha e Robin.
O cacheado gela. Ele dá meia volta enquanto Vance ia "fazer compras" e lá estava ele.
Robin estava vestindo uma casaco preto e calças jeans surradas. Era estranho para Finney não ver o outro garoto nas tradicionais roupas de esporte.
-Oi- disse Robin meio desconfiado.
-O-oi- respondeu vergonhosamente o menino.
-Não sabia que você era amigo Vance Hooper.
O cacheado pensou no que Vance jurou fazer com ele se dissesse que eram amigos.
-Não somos. Ele só veio me perguntar algo sobre a loja de jogos.
-Entendi- ele ainda estava desconfiado- Então vamos?
O cacheado confirma com a cabeça.
Eles sentarão no fundo da sala de cinema. O filme era tudo o que esperavam, sangrento, assustador e muito clichê.
Finney estava todo esse tempo nervoso. Suas mãos pareciam que estava recém lavadas de tanto que suava, seu coração batia forte no seu peito que ele teve medo que Robin pudesse escutar e ele não conseguia encarar seu afeto com medo de prender seu olhar. Em certo momento no filme durante o ataque do assassino Robin começou a rir. Finney olhou para ele.
-O que foi- perguntou o cacheado.
-Esse filme- ele não parava de rir- Os personagens levam umas 10 facadas e não morrem. E o sangue...
-É bem falso mesmo.
Finney sorriu.
-Sim.
Mesmo no escuro, o garoto viu ele o encarando com olhar serio.
-Sangue de verdade, mais escuro e espesso. Esse parece tinta Guache.
Finney pensou no dia que Robin o protegeu daquele valentão.
-Você já deve ter tirado muito sangue dos seus inimigos, não é?
Ele continuava encarando Finney de forma séria e intensa.
-Só quando ofendem que é importante para mim.
-Importante...?
O coração de Finney parecia pegar fogo. Ele o considerava importante!
Então percebeu que seus lábios não estavam tão longes assim de Robin. Será que ele ia se aproximar e beijar o garoto? Ele sempre havia gostado dele? Ele queria muito beijar os carnudos lábios do mexicano.
-Sim, para mim todo meus amigos são importante. Não existe nada mais importante que a amizade, a não ser minha família.
-Ah- suspirou Finney.
Robin mantinha entretir rindo do filme, sem perceber a decepção no olhar de Finney.

Já era noite quando saíram do shopping, estavam caminhando para o ponto de ônibus.
-Eu gostei do filme- comenta Finney.
-Mesmo levando tanto susto?- pergunta Robin rindo.
-Mesmo levando tanto susto.
-Nao sei como se assustou com um filme tão previsível. E Finney, agora que tamos se falando queria te dar dois conselhos.
Ele parou, ele odiava quando uma fala é cortada pela metade, isso o deixava ansioso.
-Primeiro, como seu amigo lutador fico preocupado que valentões como Musy faça você de gato e sapato. Se tem que se impor, já pensou em praticar Karatê?
Finney soltou uma gargalhada.
-Eu já faço baseball, então não tenho tendo para mais nada.
-Certo, vou comprar um taco com prego e arrame, se algum bastardo tenta te roubar e só usar seu braço de canhão.
-E tem que ter escrito 'Boa Noite' nele.
Os dois não aguentaram e caíram na gargalhada. Só a imagem dele vestido como um vândalo batendo nas pessoas a noite o fez ter dor de barriga.
-Segunda coisa- disse Robin.
Finney estava limpando a lágrima dos seus olhos.
-Fique longe de Vance Hooper.
O cacheado franziu o cenho.
-Por que?
-Cara, não é querendo dizer quem você pode ou não pode ser amigo, mas aquele cara não é boa coisa, mas tô te dando um conselho de irmão.
-Certo...
Ele chegaram até o ponto de ônibus. Finney sentia algo no peito por causa do que Robin falou de Vance, algo que o encomendou.
Ele pega seu ônibus e vai para casa. Pela primeira vez sentiu algo por Robin que não era paixão.

Nota do Autor:

FELIZ ANIVERSÁRIO MASON!!!
Desejo sucesso em todos seus futuros projetos.
Segundo queria me desculpa por vocês pela demora de dois meses por capítulo novo, estava ocupado com os estudos, espero terminar essa fic ainda nessas férias. Até a próxima.

 Até a próxima

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