Capítulo 9

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O cacheado levanta com fogo nas veias pronto para brigar com seu amigo.
-Quer brigar, William?! Pode vir!- gritou Finney.
O menor cerra os punhos e se prepara para o combate. O outro ri.
-Vou limpar o chão com sua cara, Finn- diz Billy.
O cacheado aprendeu com seu treinador em jogo toda vez que era o arremessador, 'a melhor defesa é um ataque inesperado'. Como ele era bem mais baixo que Billy, ele deu um passo a frente e socou logo abaixo do pomo de adão do maior. O outro tosse como se tivesse se engasgado e recua alguns passos.
-Esqueceu que tenho um 'Braço de Canhão'.
Finney aproveita e avança contra ele e tenta soca-lo no rosto. Só que inesperadamente, Billy soca o garoto no estômago.
Um sentimento de queimação atingiu o cacheado, como se a área atingida tivesse em chamas. Billy era muito forte, Finney não podia negar.
-E eu sou entregador, tenho tanta força no braço quanto você, idiota- gritou Billy.
Ambos ficam de guarda esperando o próximo ataque.
-Por que está fazendo isso, William?!- perguntou Finney em tom de grito.
-Porque?! Porque você escolheu ser gay, amigo. Você deixou as coisas muito mais difíceis- respondeu o maior.
-Eu?! É você quem tá agindo como um babaca!
-Sou tô assim porque me preocupo com você!
O menor avança contra seu amigo, consegue deferir um golpe no maxilar, Billy aproveita a proximidade e soca o nariz de Finney. Ele sentiu o cheiro metálico de sangue, o líquido caiu em seus lábios. Billy não estava em melhores condições que ele, seu lábio estava cortado e sua bochecha direita exibia um grande inchaço.
-Preocupado comigo? Se você fosse mesmo meu amigo me apoiaria!- grita Finney
-Eu não entendo...
Billy encara Finney com olhos suplicantes.
-Você ainda vai se machucar muito por escolher ser gay.
-Eu escolhi, filho da puta!- esbravejar Finney.
Ele tenta socar Billy, só que seu ataque é bloqueado. O maior tenta agarrar seu pescoço e dar um mata leão, porém Finney se solta só uma cotovelada no rim direito do outro.
-Mesmo não escolhendo... Porra, Finn! Precisava ficar sem falar comigo?-
O outro para e analisa a situação. Por trás de toda a raiva nos olhos de Billy, ele estava genuinamente triste.
-Eu não queria, estava com raiva de você, por isso queria descontar em você.
-Eu também estava com raiva, mas fiquei esperando que você falasse comigo.
Billy abaixo os punhos e Finney faz o mesmo.
-Se sabe que não importa o que aconteça eu sempre vou ser seu melhor amigo, né?
-Eu sei, mano.
Os dois dão um abraço de manos.
-Desculpa não ter te chamado pro filme ou para ser minha dupla.
-Tá desculpado, mas eu quero uma porção de Bolinho Chinês.
Eles se afastam.
-Vamos embora viado, alguém pode ver que a gente caiu no pau.
-Vamos, seu corno.

Naquela noite Finney chegou em casa. Seu rosto estava inchado e ensanguentado, mas não parecia abalado. O que diminuiu a reação de medo de Gwen e Terrence, que só ficaram assustados e perguntaram o que tinha acontecido.
O garoto inventou que foi brigou com um colega do time de baseball. Seu pai reprovou a atitude e mandou ele pro quarto depois do jantar. Umas oito da noite mandou mensagem para seu amigo Tiger Eye/Vance, falando que tinha brigado com seu melhor amigo e que tinha feito as pases.

Tiger Eye:
Levou muita porrada?

Finney:
Se tinha que ver como deixei a cara dele. Mas meu rosto tá enchido mesmo e o pior é que não tenho remédio nenhum aqui.

Vance ficou off-line.
O cacheado se deitou e tentou dormir, só que minutos depois escutou barulhos na janela do seu quarto. Ao abrir o olho teve que engolir o grito preso na sua garganta, mas mesmo assim caiu da cama.
A grande silhueta escuta estava na sua janela, mas vendo melhor era Vance Hooker. Ele gesticulava para ele abrir a janela. Ele obdesce.
-Jesus do Céu! O que faz aqui?- pergunta Finney.
-Tava pelas redondezas fazendo... ' trabalhos noturno'. E comprei esse remédio pra fazer, sempre uso nos meus machucados. Obrigado, De nada.
Ele entrega um pomada a Finney.
-Ah... muito obrigado, ami... digo, Vance.
Uma pausa em silêncio ou qualquer ação ação.
-Quer entrar- pergunta Finney.
-No seu quarto de noite? Nahh, vai que seu pai chega. Tô indo.
O loiro se vira para ir embora.
-Finn voce quer...-diz ele do nada.
-Sim?
Ele parecia querer falar algo, mas por fim, apenas fecha a boca.
-Nada.
-Boa Noite, Vance, muito obrigado.
O menino refletir sobre o que ele queria falar. Com certeza ele queria chamar ele para assaltar uma casa vazia a noite. Finney ficou feliz que estava virando amigo de Vance e na possibilidade de ter virado um ladrão.

A pomada acabou sendo melhor do que Finney esperava. O inchaço e a vermelhidão na pele sumiu. .esmo assim Dobin percebeu o corte no nariz.
-Finn, tudo bem?- perguntou.
-Sim, isso foi so um acidente domestico.
-Isso tá feio.
Ele encara seu nariz um pouco mais próximo do que ele podia suportar. Seu coração começou a acelerar. Assim perto ele pode trr um visumbre melhor de seus olhos.  Aqueles olhos castanhos dele eram lindo, achou que se encarasse tempo demais ia se perder neles
-Como aconteceu?- perguntou ele fazendo Finney volta ao pensamentos
-Eu só escorreguei e cai... em uma escada.
-Se tem que tomar cuidando andando em casa, pode bater a cara no punho do Billy- disse Robin.
O cacheado fica parado em choque enquanto Robin tinha um ar de deboche.
-Você viu?
-Sim, eu tava no segundo andar. Na verdade, muita gente dentro do prédio viu. Eu decidi não interromper, vocês dois pareciam estar resolvendo suas diferença.
-Eee William e eu nos conhecemos bem demais para lidarmos com nossos problemas de forma madura.
Ele riu.
-Tô vendo.
O professor entra na sala.
-Vai lá conversar com seu amigo- diz Robin dando um sorriso para o outro garoto.
Sim, Finney estava apaixonado pelo sorriso do mexicano, ele o deixava sem gravidade e corado como um tomate.
Assim que chegou em seu assento, Billy se inclinou para falar com ele.
-Soube que tem uma aluna nova?- perguntou seu amigo idiota.
-Não- responde o cacheado.
-Fico pensando se é bonita.
O maluco do Griffin sentava logo atrás de Finney, ele entrou na conversa.
-Soube que ela é morena e atlética- disse ele.
-Uma morena é tudo que pedi a Deus- disse Billy.
-Quando minha Deusa marombeira vai aparecer na minha vida?- murmurra Griffin fingindo carência ou pelo menos parece que fingiu carência.
-Vocês dois são tão lesados, garota bonita nenhuma vai querer vocês- debochou Finney.
-É verdade, somos feios que doi- disse Griffin.
-Queria não ser tão feioso- disse Billy.
O cacheado entra na brincadeira.
-Eu tenho até nojo de me olhar no espelho tanto quanto tenho de olhar vocês- brinca Finney.
Os três compartilhar uma risada de manos.
-Silêncio, turma- exclama o professor.
Todos na sala obedescem. Ele continua.
-Hoje como sabem, um novo aluno entrou no meio do ano transferido de fora de Denver.
-Droga, é um garoto- cochichou Billy.
-Quero que conheçam seu novo colega...
As palavras do professor vira um sussurro na mente de Finney ao ver o novo aluno entrar.
O coracao do garoto explodiu como um granada, seus olhos dilatam tanto que ele achou que iam implodir e se sua pele um dia teve cor, agora era apenas história.
O professor escreve o nome no quadro.
O novo garoto de olhar confiante, postura imponente e sorriso mais largo que qualquer político.
Estava lá na sua frente, após três anos.
-Esse é Bruce Yamada, sejam gentis com ele- apresentou o professor.
Seu primeiro amor, primeiro namorado e primeira decepção amorosa.
Finney abriu a boca.
-Oh merda.

Nota do Autor:
Sim, eu gosto de jogar m3rda no ventilador kkkkkkkk
E bora começar o próximo arco da fanfic.

Finney Em Questão Onde histórias criam vida. Descubra agora