Capítulo 10

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Samantha

Ele realmente está dormindo ao meu lado, isso de fato é real, não acredito que acabamos nessa situação. As coisas que ele me falou eram verdade? Ele considera aquilo como um erro?

Não consigo acreditar de forma alguma que ele tenha sido sincero, assim como não acredito que concordei com o que ele estava falando. Mas fazer o que, coisa do momento, apenas aconteceu e tudo saiu sozinho, meu cérebro não foi capaz de falar a verdade dessa vez.

Faz um pouco mais de uma hora desde que nos deitamos para dormir, e ele realmente adormeceu ao meu lado. Ele é fofo assim, nunca havia reparado nele dessa forma. Sua respiração lente, seu peito enchendo de ar e secando ao sair por seu nariz.

Era maravilhoso que ele não roncava, mais um ponto positivo Heyden. Por alguns segundo observo ele, o vento que entrava pela pequena brecha na janela e na porta da varanda fazia com que seu cabelo balançasse suavemente, era lindo vê-lo assim.

Me levanto devagar da cama, evitando fazer barulho. Antes de sair vou até a porta da varanda e a fecho, deixo apenas a janela com o pequeno vão. Me aproximo dele e de forma suave beijo sua bochecha.

Aquilo fez meu corpo inteiro parar durante os segundo em que fiz. Meu medo era que ele acordasse exatamente no momento em que fosse o beijar, isso me deixaria extremamente constrangida.

Quando saio do quarto vou em direção a cozinha pegar algo para beber. Já era de manhã, o sol estava terminando de nascer, e só eu estava de pé. Esse primeiro dia havia sido bem agitado, muitas coisas aconteceram, o que me deixou feliz de ter tomado a decisão de vir para New York.

Ando até a bancada e começo a mexer na cafeteira que eles tinham no apartamento. Procuro pela capsulas nas gavetas e logo acho a minha mina de ouro.

Café é algo essencial e primordial para minha existência, passar um dia sem tomar uma única gota é como um viciado em drogas não conseguir usar seu vício durante o dia.

Coloco uma capsula de Chocollato Caramelo e espero produzir o que faria meu mais novo dia ser completamente estável. Em alguns minutinhos fica pronto e vou até a sacada da sala. O vento que passava por aquele local era muito bom e confortável, algo nem tão forte ao ponto de me sacudir para longe, mas nem tão fraco ao ponto de não haver. Era perfeito, apenas.

Me mantenho alguns minutos apreciando a vista dos prédios, dos carros bem abaixo de mim, e do som maravilhoso que tocava distante.

— De pé essa hora? — Sou interrompida pela voz de Hory.

Me viro para trás e o vejo mexendo na geladeira, e em seguida o ouço resmungar. Ando até o sofá a direita de mim e sento-me nele. Hory pega o notebook na mesa e traz consigo até o outro sofá.

Fico apenas fitando ele, vendo o que fazia com tanta pressa enquanto mexia no aparelho. Consigo ver um sorriso em seu rosto, e em sequência seu celular vibra e toca ao lado do notebook.

— O que acha de tomar um banho rápido e trocar de roupa? — Ele me pergunta logo após olhar seu celular.

— Por qual motivo? — Pergunto curiosa.

— Nosso apartamento precisa de algumas compras.

Ele vira a tela do seu aparelho me mostrando uma notificação de transferência recebida. Simplesmente me assusto com o valor que ele havia recebido, eram muitos zeros...

Olho para ele e o vejo negando com sua cabeça, sinal que era para não perguntar. Me levanto e vou até meu quarto, entro e vejo que ele ainda estava dormindo. Caminho até o banheiro e tomo um banho rápido. Escovo meus dentes antes de sair e depois vou até meu closet. Visto uma roupa mais simples, calça cargo jogger bege, com um top preto e uma jaqueta branca de tecido parecido com a calça. Calço um tênis e então saio dali.

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