Capítulo 15

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Essa sensação. O calor de nossos corpos. A chuva caindo do céu, os vidros embaçados. Não imaginei que iríamos acabar assim, não de tal forma.

Diferente da Eros, a Destiny tinha um design moderno por fora. Seu hall de entrada parecia mais com o de uma mansão. Uma pequena subida feita de pequenos tijolos cinza levava até as portas de vidro.

Haviam oito vidros que subia por quase dez metros de altura. Tanto na frente como ao lado esquerdo da entrada, formando um L. Acima dos vidros era o teto, feito em algum material preto com o letreiro da boate brilhando no topo.

De início parecia pequeno, mas quanto mais andávamos, mais grande o lugar se tornava. Após entrarmos, havia uma escada grande que descia por uns três metros, e ao nosso lado pequenas escadas que subiam para o andar superior, que segunda Dryca era a área vip de classe 1.

Hory nos guiava pela escada abaixo, nos trazendo até a área comum, onde a maioria ficava. Haviam sofás em L por toda parte, cada um com mesas no centro retangular. No final da reta após a escada estava o palco, onde os djs tocavam e abaixo dele onde as pessoas estavam curtindo.

As músicas que tocavam aqui eram completamente diferente da Eros. Enquanto lá a noite tocava músicas que proporcionavam o tesão nas pessoas, o desejo uma pelas outras, na Destiny era algo diferente.

As músicas soavam tranquilas. Com um tom especial com toque de... amor. Sim, as belas canções dela causavam clima de paixão e amor nas pessoas. Começava a entender a proposta das boates. Pelo menos da organização Triplicy.

Eros era uma boate com o intuito de desejo carnal, o puro sexo e fome das pessoas pelos corpos das outras. A Destiny tinha o mesmo objetivo de sexo também, mas agora sendo com desejo e vontade, com sentimento e paixão. O sexo que ambas as partes estão plenamente apaixonadas uma pela outra.

Isso poderia causar algo essa noite, é quase como se fosse magia, todos aqui sentem atração por alguém e a música e ambiente da boate que provocam isso. Imagino o que essa noite poderia proporcionar ao grupo, e espero que Hory se mantenho fiel ao sentimento dele.

Um fato interessante que Dryca me contou sobre as boates da Triplicy é que suas músicas são originais da boate. Ou seja, apenas cada boate tem e toca sua música. O que explicava o fato de cada uma causar um sentimento diferente.

Hory e Dryca observavam tudo da área máxima da boate. Uma área que estava muito além da VIP. Cada área havia seu próprio bar e estofados diferente, algo que servia para condizer ao preço que você pagava na sua área.

Sam e eu ficávamos na VIP comum, às bebidas eram ótimas e sinceramente eu não entendia o motivo de haver uma área mais cara pra ter apenas bebidas mais caras e itens mais, caros também.

— Eii! — Sam me interrompia, nossos olhos focavam uns nos outros, e no fundo a música e sons pareciam ficar em câmera lenta — Aqui é bem diferente da Eros né?

— Siim! Todo o clima é extremamente diferente.

Todos naquele exato momento estavam completamente parados. Em câmera lenta, meus olhos apenas viam aquele rosto lindo e macio dela. Meus ouvidos ouviam apenas os suspiros nossos e sua voz.

Lentamente nos aproximávamos, deixando nossos corpos quase colados um ao outro. Me lembrava que havíamos sido interrompidos antes de sair, e pensava se iríamos terminar, ou dar continuidade ao que fazíamos.

— Você pensa em terminar?

— Do que está falando? — Pergunto em dúvida.

— O que fazíamos no quarto bobão.

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