ɴᴜʀ ᴍᴇɪɴs - Tom Kaulitz

Capítulo 3

Hoje era dia de show, estávamos nos bastidores nos arrumando, eu estava com uma calça justa de cintura baixa e uma regata de banda, botei também umas cintas decoradas e uma boina preta para completar. 

Quando todos os preparativos estavam completos, pegamos nossas coisas e fomos para o palco, Bill estava cantando enquanto eu e Tom acompanhávamos na guitarra. Eu estava me divertindo, pois tocar guitarra era o centro do meu mundo. No meio disso olho sorrindo para Tom quando encontro ele distraído com alguma coisa na plateia, acompanho seu olhar e vejo uma menina com os seios de fora se mostrando para o Tom enquanto ele sorri para ela, no mesmo instante faço careta e penso, 'quem aquela garota acha que é', mas logo esse pensamento some porque percebo que eu e Tom não temos nada e ele já deixou bem claro que não queria nada comigo, já que me evitou completamente desde aquela entrevista. Eu não vou mentir e dizer que não estava magoada mas encontrei conforto na música, assim como sempre faço quando estou triste.

Além disso Bill e os meninos concordavam que Tom estava sendo um babaca comigo e ficaram do meu lado, mas é claro que eu não deixei isso atrapalhar o grupo então fingi que não me importava, e isso até que funcionou com os meninos, mas não da pra se enganar né? Eu estava magoada sim e as ações do Tom me machucavam muito, eu pensei que ele gostava de mim também, mas parece que estava sendo uma iludida. 

Deixei isso de lado para não chorar no meio da performance, também não olhei mais para o Tom ou para a garota durante todo o show.

Após o término do espetáculo Bill teve a ideia de irmos para uma balada comemorarmos, eu estava morrendo e não queria ir de jeito nenhum, porém Bill me prometeu que poderia ficar de fora dos ensaios por dois dias então eu concordei. 

Chegando lá eu fui direto para o bar, como eu não precisaria ir para os ensaios meu objetivo da noite seria ficar muito bêbada para esquecer tudo que eu vi no show. Do nada o garçom me da um drink.

-Desculpa eu não pedi isso- O garçom olha pra mim e aponta para um homem sentado mais a minha direita e diz.

-Aquele moço comprou pra você-

Eu levanto o copo em um brinde e sorrio para o homem.

Algumas rodadas de bebidas depois, eu finalmente me sinto no clima para dançar, por isso levanto e vou para a pista de dança, me divirto sozinha até que sinto uma mão em minha cintura me embalando no ritmo da música, me viro e veja que é o mesmo cara que me pagou a bebida.

-Obrigada pela bebida, é uma das minhas favoritas- 

-De nada, quando eu te vi bebendo sozinha me encantei e não pude deixar de te pagar um drink- Eu dei uma risada e voltei a dançar com ele.

Sinto um olhar e me viro para ver Tom me encarando com uma cara fechada, eu não dei bola até por que não estava fazendo nada errado.

Depois de dançar algumas músicas sinto o efeito de tomar tantas bebidas bater.

-Com licença eu vou ao banheiro- Digo para meu parceiro de dança, já saindo de seu abraço.

-Claro, você não parece muito bem, precisa de ajuda para ir até o banheiro?- Na mesma hora balanço minha cabeça negando, estava pensando em ir embora e sabendo que se ele fosse não iria conseguir ir embora tão cedo. Mas ele não desiste e diz.

-Você provavelmente vai embora depois né?! Pode pelo menos me dar seu número?- Eu hesitei por um momento mas no final cedi e passei meu número para ele. 

Sai da pista de dança e cheguei ao banheiro cambaleando, não conseguia distinguir quais do banheiros era de meninas então entrei em qualquer um, e me arrependi no mesmo instante.

Em cima da pia do banheiro estava a menina que mostrou os peitos no show e por cima dela estava Tom, eles estavam quase se comendo, as mãos da meninas estavam dentro da camiseta de Tom e ele estava com a mão na bunda e no peito dela.

No mesmo instante eu solto um soluço e começo a chorar, Tom ouvindo o barulho olha para mim e faz uma cara de desespero. Saio correndo dali, batendo em todo mundo, quando estava na porta da saída tropeço em uma escada e caio, sinto minha testa raspando no chão e minhas mãos começam a sangrar.  

Escuto passos chegando perto de mim e vejo Bill e Georg me levantando do chão e falando alguma coisa, mas o zumbido dentro da minha cabeça era alto demais e o som de meus soluços não me deixavam ouvir nada.

Olho para Bill e digo uma coisa.

-Eu quero ir embora-