Capitulo 7- Obra do destino

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Novo dia.

Era terça-feira.

Em um colegial perdida em um canto da cidade ensolarado, o vaivém era especiosamente intenso. Isso porque era o dia de recomeço para alguns, distinção de caminho para futuro para os outros.

Via-se reencontros com abraço ou desapontamento pela divisão das salas.

Juventude era algo indescritível demais. Acreditamos que tudo era possível, pensávamos que nós éramos a mudança eterna para vida, considerávamos capazes de alterar tudo aquilo que considerávamos errado. E isso sempre foi certo, porque, por mais alta fosse a montanha, traçamos caminho para chegar ao topo; por mais grande seja o oceano, construímos caravelas para atravessa-lo.

-Você viu os post que lançaram?

-Nem me diga amiga!

-Com licença colega!

A menina se virou e deu de cara com uma garota de estatura mediana, feições felinas e exalava uma forma excêntrica de ser ao seu olhar: estava com óculos de Sol onde não tinha um raio solar.

-Pode me dar licença por favor? Quero dar uma olhada na sala que estou.

-Calma colega, não dá para esperar não? Está cega? Não está vendo que a gente estava conferindo também?

-Estavam é conversando, aliás nem sei porque a vaca de você invés de estar no pasto está aqui batendo papo em frente à esta porra.

Mais bate boca se sucederam depois. Ao final, quem puxou pela camiseta da Jennie, indicando que a briga já devia estar encerrado uma vez já ganhada, foi a Rosé.

-Nossa que bando de gente insuportável! Pela amor de Deus! Fui lá com mó educação pedindo para dar licença e começaram a me xingar! Será que o povo dessa escola é tudo desse jeito. Aliás..

-Calma Jennie unnie... calma..

-Até esqueci de ver minha sala.

-Eu vi para você.

-Que sala que estou.

-Na A.

-E você Rosie?

-Adivinha.

-Vamos rosé-Jennie abriu um sorriso para sua irmã mais nova- para de enrolação!

-Já respondi. A de adivinha!

-//-

O sinal bateu.

Um professor de meia idade, óculos quadrados, de cabelo quase grisalho,  entrou, se apresentou sorrindo, fazendo aparecer no seu rosto desgastado pelo tempo, suas covinhas.

-Bom dia. Alex.

A turma respondeu em tom uníssona um outro bom dia.

-Tem aluno novo por aí?

Jennie e Rosé e um garoto se levantaram.

A turma olhou curiosamente para os três, porque não era algo muito fácil de acontecer:ter alunos novas na terceira série do médio, e ainda por cima, de beleza indescritíveis.

-Aqui é Jackson.- Ele deu uma piscadela sem rumo certo fazendo a garotada delirar.

De olhos castanhos escuros, cabelo ligeiramente puxado para preto, estava de regata, deixando à mostra seu corpo perfeito.

-Gostosooo.

Um som ecoou no fundo da sala arrancando risada da sala.

-Meninas, alguém de vocês querem levantar para pedir um Instagram, está liberado tá ?- Alex brincou.

-Eu quero também professor, pode?

-Bambam fica na sua, está bem meu querido?!

-Homofóbico.

A sala riu de novo.

-Vai Bambam, vai e para de gracinha.

E lá foi ele mesmo.

Nestas circunstâncias Jennie já estava impaciente e Jisoo pareceu perceber isso.

-Ô silêncio turma que a gata está tentando se apresentar ô.

-Jennie Kim.

Foi um silêncio mortal depois desta. Mas Jisoo parecia mais afobada do que normal e começou a assobiar e levantou palmas da sala inteira.

-Gostos..

Jennie mirou a Jisoo fazendo-a estremecer e ela não teve mais coragem de continuar.

Bambam que sentava em frente à Jisoo apenas balbuciou alguma coisa que Jisoo conseguiu decifrar por leitura labial.

-Co- var-de .

E ela replicou de volta.

-Seu- cu.

Finalmente, Rosé se levantou para ir ao palco, loira, de cabelos castanho claro, olhar angelical que tentava esconder bastante inquietação por tudo que ainda ia encontrar, falou baixo mas suficiente para sua voz ecoar a sala inteira:

-Park Chaeyoung. Mas podem me chamar de Rosé.

Ela estava no palco da sala, onde dava para ver a sala inteira. Tentou se fazer de calma, tentou não expor a sua ressaca de domingo que perpetuou até hoje e enquanto escondia sua insegurança, varreu os olhos pela sala e encontrou uma garota no fundo da sala, com a cabeça apoiada nos braços e que por sua vez estava apoiada da carteira.

Parecia que ela a conhecia de algum lugar.

Jisoo cutucou a Lisa que estava ao seu lado adormecida para não se dizer morta, porque nem com aplausos nem com uivos, ela levantou a cabeça. O jogo do NY que fora assistir ontem, pesou-lha.

-Lis, tem uma garota aqui super do seu tipo.

Jisoo falou dando uma cotovelada nos braços que apoiavam a cabeça na mesa.

-Não vai ver não?

Lisa apenas disse impaciente cheio de sono.

-Não tenho interesse.

-//-

Until I found you - ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora