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-Lisa...
Jisoo, Jennie e Lisa viraram a esquina e deparou com um carro branco.
Desceu um senhor no lugar de motorista que Jisoo logo reconheceu ser o Saeli, ela cresceu com a morena, impossível ela não reconhecer o rosto que sempre vinha contar notícias ruins senão horríveis para Lisa.
-Senhorita Lisa- Saeli acenou para Jisoo- senhorita Kim!
Logo se virou novamente para outra:
-O senhor Marco está no carro e quer conversar com você.
Ela, de relance, viu o vulto de um certo homem dentro do carro, imóvel e impassível, tal como era o temperamento deste homem.
-Sobre o que? É sobre as nota desse mês? Sobre a faculdade? Diga lhe que estou indo como antes, na média.
-Eu não sei o assunto da conversa, mas...
Lisa abriu a porta do carro emburrada e demasiadamente impaciente em deixar Jennie e Jisoo a espera:
-Me espere um pouquinho- disse ela antes de pôr o corpo completo dentro do carro e fechando a porta com a força do ódio e disse ao homem dentro do carro- Qual assunto desta vez? Não tenho o tempo do mundo para seu sermão.
Isso acendeu a fúria do seu pai:
-Lisa eu sou seu pai, eu mereço respeito.
Lisa deu uma risada de deboche:
-Quando você foi pai? - Marco ia dizer alguma coisa mas foi cortado pela fala fria da Lisa- quando eu estava doente de 40° ou quando nos dias dos pais outros me perguntavam onde estava você?
Marco engoliu um seco não sabendo como reagir a este corte profundo que deixou na vida da sua filha; amenizou a voz na tentativa de reaver essa situação, se virando em direção a Lisa que mal encarava ele:
-Lisa... eu...
-Não quero ouvir desculpa, sim, é por causa de mim que você trabalha sem parar mas e minha avó que precisava de você para assinar a entrada no hospital?
Marco ouviu as palavras da Lisa com remorso que ele não decompôs de forma certa e se transformou conforme soava as palavras da sua filha em uma fúria:
-Eu tenho escolha?!
-Pois saiba que era só voltar daquela puta viagem de negócio que não passava de uns mero capitais!
-Como que sua avó vai tratar sem dinheiro!
-Por isso Marco. Você sempre tratou os bens acima da sua família. Só por este contrato que não passava de dez mil você nem veio visitar a sua mãe.
-Eu...
Lisa riu da tentativa de seu pai, se podia chamá-lo assim, de achar uma desculpa para seus erros e que ele insistia de preencher com desculpas atrasadas.
-Ainda bem que a vovó não morreu naquela doença. Senão eu acho que eu nunca mais ia olhar essa sua cara.
-Lalisa Manobal! Olha com quem você está falando!
Lisa riu ainda mais do rosto irritado do Marco. Pegou o celular para ver o horário e chegou à conclusão que não passara mais de três minutos que estava com ele a sós que já não suportava sua presença.
-Eu não tenho tempo para brigar com você senhor Marco.
Lisa com seu temperamento excêntrico nunca foi de se curvar diante a modos duros das pessoas, por isso o jeito opressor que seu pai criava ela nãos assustava nem apavorava-a. Por isso também Marco tentou de outra forma:
-Volta para casa. Só desta vez. Pela sua mãe.
A senhora Bruschweiller também era uma mãe ausente. Como seu pai, era uma pessoa trabalhadora, e até demasiadamente. Ela estava sempre no trabalho e outras vezes no caminho para trabalho. Lisa nunca contou lhe seu dia na escola, nunca compartilhavam segredos sigilosas, e nunca aprendeu a compartilhar seus sentimentos então para outras pessoas.
Mas ela diferente do seu pai, vinha ver ela à noite, quando Lisa sozinha estava recaída na insônia. Vez ou outras, passava a mão sobre sua cabeça acariciando para depois deixar um beijo na sua testa.
Nestas ocasiões, Lisa segurava o choro: nem amor parental seus pais demonstravam a luz do dia.
Por isso, o que acabou restando da sua mãe, fora um agradecimento por dar-lhe lar em alguns instantes da vida.
E uma culpa, por deixar a sozinha neste mundo, de uma solidão tão vasta que quando um vento batia, se desviava do seu espírito.
-Obrigada. Não tenho tempo assim como vocês.
Vendo que todas as tentativas fracassaram diante da dureza da Lisa, Marco explodiu em fúria.
-Você não poderia ser como a Jisoo, sua ingrata?!
-Se eu não me engano eu devolvi todo o dinheiro gasto em mim nestes anos para você não?
Marco sentiu seu coração apertar, como presumo de um ataque cardíaco, mas não era, era apenas seu miocárdio dolorido por tanta água fria em cima da sua cabeça por uma pessoa que tanto ele amava mas não sabia amar.
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Until I found you - Chaelisa
Hayran KurguNum colégio qualquer, Lisa encontra uma loira bisbilhoteira. Só não sabia que daquele dia em diante, cairia aos seus pés, se rendendo a este paixão insólita... Um romance clichê