Capítulo 25- Detalhes amorosos

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O fim do jogo acabou em 73 do grupo da  Lisa contra 52 da grupo rival.

Lisa saiu da quadra antes da partida terminar oficialmente e penetrou no vestiário conversando com uma colega do seu grupo.

Rosé não queria mentir mais sentiu uma pontada de ciúmes que corroeu uma parte do seu miocárdio e também da sua personalidade calma. E ela sabia que isso significava que ela se rendeu diante a Lisa, sem controvérsias nem caminho para ressentimentos.

Lisa pareceu pressentir as emoções da sua garota e sorriu a ela, como se consolasse ela por meio do seu sorriso que aquela felicidade presente nos seus lábios erguidos era por causa dela.

Rosé não conseguiu reagir a tempo tal qual uma pedra arremessada no centro de uma lagoa serena e fazia imediatamente, círculos  de ondulações que se espalhava por longo de toda a água antes parada, até bater na margem e voltar de novo em um movimento ondulatório interminável.

Mas o jogo tinha acabado e até a Lua apareceu no céu e nada de uma sombra de uma garota de olhos castanhos escuros.

-Jennie unnie, Jisoo unnie, podem ir primeiro. Irei procurar pela Lisa.

Jennie olhou para sua irmã incrédula, não satisfeita com a resolução achada por ela. Queria participar do romance delas nem que para ser a madrinha ou a vilã da história. Mas Jisoo parecia saber do futuro e puxou a Jennie em direção a saída da quadra antes que ela pudesse dizer palavras antagônicas.

-Good luck chipmunkie!

Rosé se despediu dela sem entender suas palavras de despedida.

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A garota de olhos castanho-mel na cor de seu cabelo entrou no vestiário não antes de bater na porta, mas o local estava vazio com apenas uma das luzes acesa, e isso fazia ela sentir frio na barriga, nao por outros motivos mas por medo e lembrança daquela noite em que fora abandonada.

Mas diferentemente daquele dia, quem que ela encontrou era uma nova personagem preste a ser protagonista da sua história (se já nao era) e não aquela que amava ela de um jeito oppressor e que ela compreendeu ser chamado de relacionamento abusivo.

Ela olhou para a pessoa em que a luz concentrava, e se encontrou com a costa de linhas musculosas no nível certo; o sutiã de desporto não escondia a perfeição do seu corpo.
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Quando Lisa se virou, Rosé conseguiu saborear a visão nua do tanquinho da morena, cada ponto que formava as linhas que passavam pela região do abdômen incrementou  na sua corrente sanguínea uma hemoglobina.

Em um segundo os olhos da Lisa foi de um predador para uma presa. Aquela loba que comandava a alcateia se tornou dócil e carinhosa na frente da sua amada.

-Chaen unnie... estou super cansada...

Rosé sorriu branda para ela, prestes a descongelar ali mesmo para entrar no corpo dela e abraçar cada unidade que compunha a Lisa.

De ímpeto Rosé quis estar nos seus braços.

Lisa recuou:

-Estou com suor.

-Estou nem aí.

E adentrou se nós braços conhecidos da Lisa, que por mais que a boca rejeitasse a ação, o corpo acabou-lhe dizendo a verdadeira tentação.

Rosé saboreou novamente o cheiro exclusivo dela sob o luar que era um buraco no meio da escuridão, onde era depositado cada paixão que acumulava em relação a garota.

Antes, Rosé andava ao lado esquerdo da Lisa, pois talvez estaria mais perto do coração dela.

Agora, Rose não estava satisfeito só em estar próximo, queria entrar e deixar marcas dentro daquele músculo e vice versa.

Agora, quando Lisa a amava, ela não invejava mais ninguém.

-Por que mesmo com suor você tem cheiro de doce de leite?

-No mundo animal, o cheiro hormonal serve para atrair fêmeas para acasalar. A senhorita Park deve estar atraída por minha causa não é?

Rosé riu da idiotice da Lisa e ela continuou:

-Chaen, você sabe porque escolhi o número  onze?

Rosé balançou a cabeça negativamente.

-Adivinha quem faz aniversário no dia 11?

Rosé estava perplexa. Ela mirava os olhos da morena e seus longos cílios moviam conforme as batidas do coração até que em um descompasso percebeu que havia sido roubado um pulo cardíaco. Até a luz do luar que penetrava pelo vestiário na cabine semi-iluminada parecia queimar as suas bochechas.

-Você sabe quem está escrito no meu tênis?

Lisa não queria desviar do céu mais bonito que ela já viu na vida e esperou a loura fazer isso primeiro, e assim apontar para o tênis que estava na arquibancada da cabine.

-Derick Rose. Você me disse que adora ele.

-Já percebeu que o nome está com acento?

As sinapses dos neurônios se interligaram e um microssegundo, Rosé percebeu que o nome escrito no seu tênis referia-se a ela.

No interior da Rosé, eclodiu-se uma desenfreada soltura de fogos de artifícios. Daqueles que ela demoraria a vida para admirar e recolher os pó deixados ao longo do caminho.

-Rosé, eu queria que você fizesse parte da minha paixão. Por isso eu te coloquei em uma das coisas que eu mais gosto. Eu era uma floresta negra, densa e fechada, mas quando você veio como um vento, ela abriu-se, e tudo que continha dentro dela, experimentou o sabor branda do seu ar em movimento.

Ela respirou depois de verificar o rosto corada da Rosé.

-Eu tenho vários defeitos, sou explosiva, minha pessoa é corroída pela minha história, não sei demonstrar como outros minhas emoções, não sei amar se não fosse de um jeito constrangedor. Minha alma é repleto de mais diversas espécies de defeito, exceto uma, que é te amar inconsequentemente.

Ela pausou. Sua mão estava cheio de suor. Ela em si estava tremendo de medo.

-Você aceita esse meu coração trêmulo mas apaixonante só por voce?

Until I found you - ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora