Capítulo Sete

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Uma semana se passou... Repleta de solidão e foco na investigação.

Nesse momento é outra madrugada qualquer, mais uma em que eu passei ocupada com o trabalho, conferindo as atividades frequentemente nas salas. Eu e Jiho estamos nos preparando mais e entendendo o tema melhor para escrever outra matéria, já que a primeira não teve atenção alguma. Quem sabe agora não vai?

Durante esse pouco tempo apenas observando escondida, pude ter acesso a esses conteúdos horríveis, sinceramente todos me causaram nojo e eu só queria ajudar as vítimas que ainda sofriam nas mãos desses malucos, pervertidos lunáticos. Não podia suportar ver aquelas mulheres destruídas fazendo tudo contra vontade...

Me sinto mal por não poder fazer algo.

[...]

— Como vão as coisas?— Senhor Hyundae pergunta sentando em sua cadeira.

Eu e Jiho sentamos também a sua frente.

— Intensas.— Lee Jiho fala com um pequeno sorriso, eu sabia que ele também andava pertubado com esse caso. Não posso dizer que também não estou.

Era impossível não está.

— Nós consseguimos evoluir bastante, mas tudo parece calmo até agora.— Senhor Kim concorda pensativo.

— Já estão trabalhando na escrita?

— Sim.— Lee fala.— Nós ficaremos mesmo com a primeira capa?— Senhor Kim concorda.

— Com sorte se trouxer repercussão, aparecerá no jornal.— Respiro fundo.— Dêem o seu máximo, conto com vocês.

— Vamos nos esforçar.— Falo me curvando, Jiho me acompanha ao levantar.

— Trabalhem duro pessoa! Estão liberados.— Nós saímos em silêncio após agradecer.

Jiho e eu suspiramos juntos e nos encaramos. Só nós entendiamos a pressão.

— Você acha que nós devemos entrar em contato com algum dos donos das salas, antes de montar a matéria?— Jiho me perguntou incerto e eu suspirei pensando.

— Acho que agora, não é o momento...— Entorto os lábios.— Talvez mais para frente.— Ele concorda parecendo aceitar.— Pode prejudicar a reportagem... Ou até nós mesmos.— Ele se arrepia.

— Morro de medo deles saberem que estamos lá no meio deles, ou até... Sei lá, roubarem nossos dados e nos stalkearem.— Ele ri nervoso enquanto caminhamos para o refeitório.— Será que vale a pena, Soo Yura?— Lhe encaro curiosa.— Assim... É muito arriscado, tudo isso.

— É sim!— Sorri pequeno tranquila.— Mas faz parte do nosso trabalho, sabíamos disso desde sempre quando começamos.— Minha memória vaga rapidamente. Vale a pena para mim, com todos os seus prós e contras. Eu aceito correr o perigo. Meu colega parece reflexivo enquanto se afasta para uma das máquinas de doces do ambiente. Respiro fundo deixando-o de lado.

— Um capuccino, por favor!— Falo sorrindo, entregando meu cartão ao atendende.

[...]

Só voltei para a empresa horas depois do almoço, ao cobrir uma reportagem que se passaria no centro de Seul pelo horário da noite. O dia estava mais quente que o normal hoje, e o caminho devolta com o ônibus cheio foi o pior, parecia que eu estava cozinhando praticamente.

Cheguei em casa exausta e o ponto chave do meu dia foi receber um pouco do creme de limão do domingo da senhorita Suan, outra vizinha de andar, muito querida. Eu não teria cabeça para trabalhar em algo nas altas horas da noite de hoje, me sinto tão cansada. Após tomar banho, eu assistia algum desenho comum da madrugada, enquanto comia meu jantar, um lámen, esperando o cansaço me vencer de vez.

Spring DayOnde histórias criam vida. Descubra agora