Capítulo 38

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Capítulo Reescrito ✓

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Enfim era manhã de sábado, e como planejado, Mew e Gulf estavam chegando na casa dos pais após longos minutos caminhando. Eles foram recebidos com muitos abraços e mais acusações de que eles teriam planejado nunca voltar. Dramas a parte, a família estava toda junta no jardim da frente com Mew conversando com as duas ômegas e Gulf com os dois alfas que removiam a cerca de madeira que separava os jardins na frente.

Logo Mew se despede da mãe e da tia avisando que estaria indo ajudar os alfas quando Gulf se ofereceu para despregar as tábuas e se armou com um martelo.

Heji e Hawa apenas observaram a pequena discussão entre Mew e Gulf quando o alfa tomou o martelo das mãos dele e o empurrou pelos ombros para sair de cena. Gulf chegou até a mãe e a tia que estavam na varanda da casa bufando e reclamando.

— O que foi meu amor? Por que está fazendo essa cara? — Heji pergunta.

— Seu filho! Eu também sou um homem, que história é essa de que eu não sei manusear um martelo?

Heji cobre a boca rindo.

— Você não é a pessoa mais atenta do mundo, eu não duvido que acabasse acertando o próprio dedo. — Hawa diz oferecendo um copo de suco pro filho.

Gulf aceita meio carrancudo e se acomoda entre as duas mulheres na varanda, apenas observando o trabalho tranquilo de despregar as tábuas e guarda-las uma em cima da outra.

Enquanto estão em silêncio ouvindo os sons do martelo, Gulf sente um friozinho na espinha quando se lembra do motivo que o levou até ali. Além de rever os pais, tinha uma questão importante que queria levantar, mas sem alarmar as duas mulheres já que ambas fariam um escândalo só pela possibilidade de que seja um sim.

— Hmm... Vocês duas tem um minuto lá dentro? — Gulf aponta a cozinha da casa.

Hawa apenas concorda e os três entram sem chamar a atenção dos alfas que estão discutindo entre si sobre o que fazer com as tábuas que restarem.

Na mesa de jantar que fica também na cozinha, os três estavam sentados esperando Gulf começar a falar, e o silêncio que reinava entre eles deixava Hawa e Heji desconfiadas do que Gulf teria a dizer que precisava de tanto tempo pensando. Se fosse alguma coisa relacionada ao que Gulf fez, as duas estariam mais do que prontas para ajudá-lo e dar todo o seu apoio.

Diferente de seus alfas, as duas mulheres garantem que teriam feito o mesmo e salvado o beta.

— Querido, houve algum problema? — Heji toca a mão do sobrinho demonstrando estar preocupada.

Gulf levanta os olhos ainda sem achar as palavras certas pra começar essa conversa.

Tudo parecia alarmante de mais em sua cabeça.

— Se você não começar a falar agora, eu vou achar que é algo muito sério. — Hawa avisa.

Gulf abre a boca, mas depois se cala de novo amassando o rosto no punho.

— Eu não sei bem como começar a falar sobre isso sem deixar vocês duas preocupadas. — Confessa suspirando.

Hawa e Heji se olham para então se voltarem a Gulf.

— Está tudo bem na sua casa? — Heji quem pergunta.

— Está precisando desabafar? — Hawa também queria saber.

Gulf se ajeita em seu assento e limpa a garganta desenhando círculos imaginários na mesa impecavelmente limpa.

— Não, nenhum problema em casa, mas... Vamos supor que um casal alfa-ômega tenham passado todos os cios juntos ao longo de seus 22 anos desde que se revelaram aos 16. — Hawa e Heji se olharam de novo sem entender porque Gulf começou a história dessa forma, com suposições quando claramente estava falando sobre Mew e ele. — E que em todas as vezes o alfa atou o ômega... Qual a chance desse ômega ficar grávido?

𝙈𝘦𝘶 𝘊𝘰𝘮𝙥𝙖𝙣𝘩𝘦𝘪𝘳𝘰  Onde histórias criam vida. Descubra agora